Economia prateada: como a geração 60+ impulsiona o empreendedorismo
Empreender está cada vez mais comum entre as
pessoas de 60 anos ou mais e a geração atua em setores que fogem do clichê
A expectativa de vida do brasileiro
aumenta a cada ano e o tempo dedicado ao trabalho também. A geração com 60 anos
ou mais movimenta as estatísticas relacionadas a emprego e, consequentemente, à
economia, atuando em áreas que surpreendem, incluindo forte presença no
empreendedorismo, de acordo com a Bluefields, aceleradora de startups.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro subiu dois
meses e 26 dias em 2020, passando de 76,6 anos em 2019 para 76,8 anos. Com isso,
é possível relacionar o aumento da expectativa de vida ao crescimento da
inserção dessas pessoas no mercado de trabalho.
Um mapeamento do SEBRAE aponta que mais
de 650 mil idosos atuam como empreendedores e cerca de 3,1% das pessoas que
empreendem no Brasil têm mais de 60 anos. “As pessoas estão envelhecendo melhor
e se aposentando mais tarde também e, consequentemente, usufruindo das
inovações. É importante que as empresas pensem nessas pessoas, mas mais
importante ainda são essas pessoas se envolverem na sociedade desenvolvendo
empreendimentos”, afirma Paulo Humaitá, CEO da Bluefields.
Além de estarem por trás de empresas, o
poder de compra dos seniores deve superar os R$30 trilhões no mundo, de acordo
com a pesquisa Consumer Generations. O envelhecimento tem impulsionado a
chamada "economia prateada" que movimenta, globalmente, cerca de
R$26,70 trilhões anuais.
Com a ampliação dos seniores no mercado
de trabalho, várias opções de negócios surgem fugindo dos clichês. Muito além
de saúde e seguros, a pesquisa “Tsunami Prateado” da Pipe.Social e Hype60+
mostra que setores como alimentação, vaidade e tecnologia estão surgindo entre
pessoas dessa geração. “É um erro pensarmos que pessoas com 60 anos ou mais não
busquem outros tipos de serviços além de saúde, por exemplo. Precisamos começar
a enxergar essa parcela da sociedade como pessoas inovadoras e que podem estar
presentes em qualquer tipo de negócio, inclusive startups”, avalia
Humaitá.
Além das opções de negócios que a
geração 60+ já atua, as startups do meio biodigital podem ser ótimas
alternativas. As startups biodigitais são o conjunto de empresas que atuam no
setor da alimentação, saúde e agronegócio. “As startups biodigitais estão
crescendo bastante no país e seria interessante vermos cada vez mais seniores
nessas áreas específicas da economia brasileira”, finaliza Paulo.
Sobre a Bluefields
Desde 2016 a Bluefields impulsiona
startups ao oferecer soluções para as diferentes etapas da jornada: validação,
aceleração de startups e inovação corporativa, especialmente nos setores da
Convergência Biodigital (agronegócio, saúde e alimentos),
Nanotecnologia e Educação. Com cerca de 200 startups aceleradas, possui
programas como o Sparks para empreendedores iniciantes, e o Biodigital Startups,
para empresas dos setores de agro, alimentos e saúde que desejam fazer inovação
aberta com startups. Ao acelerar, a Bluefields cumpre a missão de transformar
vidas através do empreendedorismo, porque afinal, as startups de hoje são as
grandes corporações do amanhã.
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