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Educação baseada em Evidências

“A educação baseada em evidências pode ser a chave para diminuir a discrepância causada pela pandemia”, defende especialista 

A pandemia impactou profundamente diversos setores e levantou, inclusive, o debate sobre a importância da tomada de decisões baseada em evidências científicas. Enquanto muitas áreas como Medicina, Psicologia e Marketing estão mais receptivas ao uso de dados, a Educação ainda carece dessa cultura organizacional. Por outro lado, a Covid-19 impulsionou o ensino digital, o que pode ser crucial para incentivar essa transformação. 

“A educação baseada em evidências pode ser a chave para diminuir a discrepância causada pela pandemia. O foco no uso de dados aliado com a tecnologia como meio para potencializar esse trabalho será um grande passo para elevarmos o nível de aprendizagem com equidade”, afirma o doutor em educação Rafael Korman, primeiro educador certificado na América Latina no projeto Data Wise, que auxilia educadores em mais de 150 países a trabalharem com evidências de avaliação. 

Esse processo foi desenvolvido na Harvard Graduate School of Education e está apoiado nos hábitos mentais ACE (Ação, Colaboração e Evidências), ou seja, no compromisso compartilhado com ação, avaliação e ajustes, na colaboração intencional e no foco implacável em evidências.  

Dessa forma, os educadores podem discutir como melhorar o ensino e a aprendizagem a partir dos dados que têm, não só os que são gerados por softwares externos, mas principalmente de trabalhos diários dos alunos e das aulas dos professores. 

A proposta é que líderes educacionais utilizem padrões extraídos de relatórios escritos, depoimentos orais e comportamentos em sala de aula para identificar fatores para compreender como e por que um aluno tem desempenho forte ou fraco – e de saber, exatamente, no que a instituição precisa melhorar, sem depender de testes padronizados, sazonais e incompletos. 

Segundo Rafael Korman, existe uma lacuna sobre o trabalho com dados em educação que é, justamente, como fazer com que os educadores incorporem essa prática em sua cultura escolar sem que seja percebida como "mais um programa", "mais um software" ou "mais uma tarefa para nós fazermos em meio a tudo que já fazemos".  

“O desafio aqui parece estar em mostrar que não se trata de aprender a usar planilhas e mexer com softwares complexos (e não é), mas em uma forma colaborativa de trabalhar que beneficia tanto o grupo de professores quanto cada um dos estudantes”, comenta Korman, que também foi o revisor técnico da tradução do livro “Data Wise: Guia para o para o Uso de Evidências na Educação”, publicado pela editora Penso. 

Apesar das dificuldades citadas pelo especialista, é visível a preocupação de todo ecossistema em buscar soluções para promover melhores experiências educacionais para os alunos. 

Quem tem percebido claramente esse movimento é a +A Educação. A empresa cresceu 150% em número de clientes durante a Covid-19 e tornou-se uma importante parceira estratégica de tradicionais instituições de ensino superior nos seus processos de transformação digital, oferecendo soluções integradas de conteúdo, tecnologia e serviços, e sendo responsável pela gestão completa de seus programas online. Em 2019, a companhia atuava em 12 IES, agora fechará o ano presente em 30 universidades, como PUC Goiás, PUCPR, Universidade Caxias do Sul (UCS), Universidade do Vale do Itajaí (Univali), entre outras. 

Segundo a gerente acadêmica da +A Educação, Daiana Rocha, a plataforma SAGAH, que oferece conteúdo didático e interativo baseado em metodologias ativas para os professores criarem trilhas de aprendizagem contextualizadas ao perfil dos alunos, tem tido ótimos resultados com educação baseada em evidências. A equipe multidisciplinar analisa constantemente dashboards que retratam o comportamento de uso do conteúdo nas unidades de aprendizagem.  

“Antes produzíamos videoaulas com tempo médio de 8 a 10 minutos. Os dados nos mostraram que os alunos assistiam em média de 4 a 5 minutos e depois o fechavam. A partir disso, passamos a produzir vídeos com até 5 minutos, mais objetivos e com maior aplicabilidade em relação a realidade do aluno e aos conceitos mais complexos da aula. A partir disso tivemos um aumento significativo na taxa de conclusão dos vídeos nas unidades de aprendizagem”. 

Daiana também ressalta a importância das evidências na gestão de sala de aula. De acordo com a autora do livro “Aprendizagem Digital: curadoria, metodologias e ferramentas para o novo contexto educacional”publicado pela editora Penso, os dados combinados com sistemas inteligentes indicam, por exemplo, momentos específicos do período letivo no qual o aluno está demorando além do previsto para avançar, o que dispara um gatilho para que o docente atue individualmente com ele, verificando possíveis dificuldades de aprendizagem, ou até mesmo, por muitas vezes, aspectos motivacionais para seguir os estudos. 

Assim, o modelo EaD e suas respectivas tecnologias educacionais podem converter dados em informações valiosas para o acompanhamento contínuo dos alunos, sendo coparticipantes da mudança de paradigma da educação no Brasil. 

 

SOBRE A +A EDUCAÇÃO: 
+A Educação é o único ecossistema de educação do país que integra soluções em conteúdo, tecnologia e serviços com propósito de expandir os horizontes do conhecimento. Está presente em mais de mil instituições de ensino, contribuindo para impactar mais de 5 milhões de estudantes. Fundada em 1973 por Henrique Kiperman em Porto Alegre (RS), a empresa iniciou sua trajetória como uma livraria especializada em saúde e depois se tornou a editora referência em publicações científicas, técnicas e profissionais, tendo publicado mais de 4 mil livros. Além disso, a +A Educação investe em tecnologia para oferecer educação continuada para profissionais de saúde, e atua como parceira estratégica de instituições de ensino superior, hospitais e operadoras de saúde, sendo responsável pela gestão de seus programas online. 

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