Graduação ou cursos de curta duração: o que é um diferencial em sua carreira na TI?
Por Luana Müller – coordenadora de
Engenharia de Software do Pravaler
Se deseja construir uma carreira
corporativa em TI, tenho um aviso para você: tenha em mente que, apenas uma
graduação superior nessa área, não é o que irá lhe garantir a entrada ou uma
boa posição no mercado de trabalho.
Essa recomendação pode soar estranha -
sobretudo vinda de alguém com mestrado e doutorado em tecnologia e que,
inclusive, já foi professora universitária na área. Mas, de alguns anos para
cá, venho observando que apenas a formação superior em tecnologia não é
definitiva para o sucesso profissional no mercado.
Os cursos de graduação nessa área
geralmente são bem completos, nos quais você terá a oportunidade de aprender
sobre programação back-end,
programação front-end,
bancos de dados, metodologia, análise, processos etc. Acontece que, no mercado
de trabalho, é pouco provável que você se depare com um cargo que exija todos
esses conhecimentos.
Em contrapartida, todas as vagas
pressupõem um certo nível de aprofundamento que a faculdade, por si só, não
traz. Se você optar por ser um desenvolvedor, por exemplo, o conhecimento que a
faculdade provê em programação não será suficiente.
"Luana, então eu não devo cursar
uma graduação e me dedicar apenas aos pontos que você mencionou?”. Calma! Você
deve cursar a graduação, pois é ela que te dará a base necessária para
transitar e dialogar com as diferentes áreas de conhecimentos envolvidas no
processo de desenvolvimento de um software. Porém, entenda que, além dos
conhecimentos oferecidos pela graduação, você deverá buscar formas de se
aprofundar em alguma área, através de cursos de curta duração.
Outro ponto interessante é que a área de
TI lhe dá a possibilidade de ingressar no mercado de trabalho sem ainda ter
concluído uma graduação em tecnologia, tornando a área mais democrática e
acessível, possibilitando ao profissional de TI conhecer a área e começar a
colher os frutos desta carreira muito rapidamente. E se levarmos em conta a
pressão social que é exigir que a gente decida o que quer fazer “pelo resto da
vida” aos 17 ou 18 anos, essa possibilidade é bem-vinda. A pessoa pode optar
por fazer um curso de alguns meses, já começar a trabalhar, desenvolver
projetos próprios e montar um portfólio. A partir daí, investir em um curso de
graduação, tendo a certeza de que essa é a profissão que deseja seguir.
No Pravaler, não usamos o diploma como
requisito decisório para a contratação em TI. Inclusive, temos uma parceria e
contratamos alunas recém-saídas da Laboratória, uma organização focada em
capacitar mulheres para a tecnologia a partir de cursos curtos de programação.
Ou seja, estou rodeada de exemplos práticos de pessoas qualificadas, que já
estão inseridas no mercado de TI, crescendo em suas carreiras, e que ainda não
concluíram seus cursos de graduação.
Porém, compreenda que TI é muito mais
sobre ter curiosidade e vontade de aprender do que sobre ter um diploma ou
certificados de cursos. Como se trata de um mercado que evolui muito rápido, é
o interesse pelo novo que mantém a roda do aprendizado girando.
Há poucos anos, por exemplo,
Inteligência Artificial, Aprendizado de Máquina ou Internet das Coisas eram
assuntos explorados apenas por quem trabalhava com tecnologia e inovação, e
como uma perspectiva de futuro. Acontece que esse futuro chegou bem antes do
previsto e, hoje, além de ser um assunto discutido por várias áreas de uma
companhia, toda a área de software já se baseia em Inteligência Artificial e
Aprendizado de Máquina para suas criações mais recentes, e cada vez mais temos
dispositivos conectados à Internet gerando dados que impulsionam o uso destas
tecnologias.
Portanto, se você quer construir uma
carreira em TI, tenha em mente que ela pode se iniciar através de uma
graduação, mas também há a possibilidade de ser por meio de cursos
práticos de curta duração, e que ambas as possibilidades, juntas, são o que
trarão o diferencial para sua carreira. Mas lembre-se: nunca, jamais, em
hipótese alguma pare de estudar.
Sobre Luana Müller
Apaixonada por tecnologia e por entender
como pode influenciar na vida das pessoas, a profissional é Bacharel em Sistemas
de Informação, Mestre em Ciência da Computação, Doutora em Ciência da
Computação. Já atuou como Desenvolvedora Back-end, Professora do ensino
superior e atualmente é Coordenadora de Engenharia de Software no Pravaler. Os
hobbies preferidos da pesquisadora das áreas de Interação humano-computador e
Computação centrada nos humanos são ler livros e desenhar.
Sobre o Pravaler
O Pravaler é a principal plataforma de soluções para o ecossistema de educação do Brasil. A companhia foi a primeira desse segmento fundada no País e está entre as mais importantes, segundo estudo publicado pela KPMG. Com processo de contratação de seus serviços 100% online e zero burocrático, o Pravaler tem como filosofia gerar oportunidades educacionais, potencializando o que há de melhor na sociedade. A empresa atua no mercado há quase 20 anos e tem entre seus principais acionistas o Banco Itaú. Em 2020 e 2021, foi listada entre as empresas que crescem mais rápido nas Américas pelo Financial Times. Com faturamento de 250 milhões e mais de 300 colaboradores apaixonados por educação, o Pravaler tem a meta ousada de ampliar o acesso à educação e beneficiar um milhão de alunos até 2025, contribuindo para a transformação da vida de muitas famílias.
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