Hospital Márcio Cunha realiza primeira cirurgia de aneurisma de aorta endovascular com contraste de CO2 do Vale do Aço
Divulgação
O Hospital Márcio Cunha, administrado pela
Fundação São Francisco Xavier, no leste de Minas Gerais realizou, recentemente,
a primeira correção de aneurisma de aorta abdominal endovascular com contraste
de CO2. O procedimento é inédito em toda a região do Vale do Aço mineiro.
Coordenada pelo Dr. Luiz Ronaldo Godinho, angiologista, cirurgião vascular e
endovascular da FSFX, a cirurgia também contou com uma equipe de peso: os
cirurgiões vasculares Dr. Vinícius Godoy e Leonardo Augusto D´Avila e o
anestesista Dr. José Eduardo Alves de Assis.
Segundo explica o cirurgião Vascular Dr.
Luiz Ronaldo Godinho, a cirurgia de aneurisma de aorta abdominal é indicada a
pacientes que tenham uma dilatação de aneurisma acima de 5,5 cm e a técnica
mais moderna é a Endovascular que geralmente é realizada com o contraste
iodado. “O paciente tinha um aneurisma de 6 cm e, neste caso, é indicada a
cirurgia. Mas ele é alérgico a iodo. Então tivemos que utilizar um meio de
contraste diferente, que foi o CO2. O Hospital Márcio Cunha utilizou um
equipamento moderno, o injetor automático de CO2 para a realização desse
procedimento".
Dr. Luiz Ronaldo Godinho |
De acordo com Dr. Luiz Ronaldo o
contraste de CO2 também é indicado a pacientes renais crônicos. “O contraste
iodado afeta os rins. O paciente pode entrar em falência renal. Essa é uma
técnica que vai beneficiar esse grupo de pessoas, as que possuem alergia ao
iodo e aquelas que sofrem de doença renal”.
O aposentado Carlos Lúcio foi o primeiro a
realizar o contraste de C02 no Hospital Márcio Cunha para o tratamento de um
aneurisma de aorta por técnica endovascular. O aposentado descobriu que
era alérgico quando foi fazer um exame de rins há um tempo. “Na época eu passei
muito mal quando realizei esse exame. Os médicos detectaram que eu tinha
alergia a iodo”.
Com 74 anos, o aposentado vem há muitos
anos em acompanhamento clínico deste aneurisma de aorta abdominal. Ele conta
que foi fazer exames para uma coisa e descobriu outra. “Foi muita sorte eu
descobrir esse aneurisma mais cedo. Passei a fazer acompanhamento desde então
no Hospital Márcio Cunha até quando chegou a hora de fazer a cirurgia. O meu
aneurisma era muito perigoso. Tudo correu muito bem. Tenho só a agradecer a
Deus e a equipe do hospital”.
O cirurgião Vascular explica que o aneurisma de aorta abdominal é uma doença silenciosa. “A maioria das pessoas com a doença não apresenta nenhum sintoma. Muitas vezes, os aneurismas crescem lentamente e passam despercebidos. Muitos nunca chegam ao ponto de ruptura mas outros apresentam morte súbita. Segundo o médico, é uma doença que afeta mais pessoas idosas e o principal é fazermos a prevenção realizando uma ultrassonografia do abdômen.
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