Inovação nas empresas: o que esperar do mercado de tecnologia em 2022?
Com o fim de 2021 se aproximando, especialistas e líderes do mercado iniciam suas apostas sobre as principais tendências tecnológicas que serão adotadas pelas empresas no ano seguinte. Não é novidade que a pandemia acelerou, e muito, o processo de digitalização das companhias brasileiras. No entanto, com a consequente mudança de comportamento dos consumidores, muitas inovações ainda estão por vir em 2022. Para se ter uma ideia, de acordo com uma recente pesquisa da IDC, o investimento em Transformação Digital seguirá crescendo a uma taxa anual de 15,5% até 2023. Com isto, ainda em 2022, 70% das empresas terão acelerado o uso de tecnologias digitais. Diante deste cenário promissor, quais inovações as organizações podem esperar para o próximo ano?
Primeiramente,
antes de qualquer projeção sobre o futuro, é fundamental analisarmos o passado.
Nos últimos anos, a computação
em nuvem trouxe uma série de novas tecnologias que impulsionaram a disrupção em
diversos segmentos da economia. Para 2022, essa velocidade de migração deve
aumentar. As companhias perceberam que a migração para a cloud pode ser
realizada de maneira rápida e simples, com o apoio de um time especializado. No
entanto, mesmo estando na nuvem, é preciso prezar pela proteção dos dados, uma vez que
o primeiro ciclo de monitoramento da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais) terá início a partir de janeiro de 2022.
Cybersecurity
mesh e data fabric
O conceito de
cybersecurity mesh ganhará força no próximo ano, potencializando a segurança
digital por meio de Inteligência Artificial. Com os recentes ataques
cibernéticos à nuvem de organizações em todo o mundo, as empresas perceberam
que não se trata apenas de restabelecer o banco de dados, mas sim, garantir que
não haverá vazamento das informações.
Além disso, o
mercado abordará fortemente o conceito de data fabric, que traz consigo a
capacidade de fazer com que os dados estejam disponíveis em qualquer lugar.
Isto, certamente, reduzirá o custo ao consumir grandes volumes de dados.
Todos esses
conceitos trazem à tona a discussão sobre a descentralização dos dados,
segurança e, também, como controlar esse grande volume de informações e reduzir
custos ao mesmo tempo.
Hiperautomação
e 5G
Esperamos que
as empresas invistam ainda mais em hiperautomação em 2022. Ao automatizar os
processos, é possível garantir melhor eficiência e mais competitividade,
proporcionando às empresas a possibilidade de serem super ágeis, conectando
seus sistemas de forma mais fácil, colaborando assim para decisões mais
assertivas na operação.
A chegada do
5G ao Brasil também estará em evidência no próximo ano. Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a quinta
geração de telefonia móvel deve chegar em breve ao país, inicialmente operando
em todas as capitais e no Distrito Federal, até julho de 2022.
Desta
forma, o 5G trará consigo interações 20 vezes mais rápidas. Além de impactar
positivamente a operação das empresas no país, a nova tecnologia será
importante para o meio ambiente, uma vez que irá proporcionar economia de
bateria por meio de sua performance, além de permitir que os dispositivos de
Internet das Coisas (IoT) possam se conectar à rede sem consumir muita energia.
Vale ressaltar
que observamos ao longo de 2021, o surgimento de comitês ESG, preocupados com o
futuro do país. Este tema também seguirá em pauta em 2022, uma vez que as
companhias ligadas às questões de sustentabilidade, certamente viverão um
grande desafio e a tecnologia será uma grande aliada neste sentido.
“Metaverso”
Quando falamos
em tecnologia e futuro, não podemos deixar de mencionar o “Metaverso”,
idealizado pelo Facebook, cujo objetivo é trazer o mundo persistente, no qual
se fazem negócios e se tem uma vida social, ao mundo virtual. Ou seja, a
experiência trazida pelo Metaverso deve transformar o consumo totalmente e,
desta forma, as empresas precisarão repensar todo o seu ambiente de TI, uma vez
que isto será consumido em outra dimensão. Diversos setores serão impactados.
No varejo, por exemplo, é possível imaginar o consumidor no ambiente virtual
experimentando uma roupa e testando como ela ficaria no corpo.
É evidente que
o digital é o novo campo de batalha para as organizações que precisam, cada vez
mais, marcar presença neste universo. É preciso olhar para o universo digital
com a característica do Metaverso, pensando em um local onde as empresas
disputam a atenção do cliente. Desta forma, o que sustenta a inovação é a
tecnologia, a eficiência e a maneira com a qual as empresas irão gerar vantagem
competitiva no mercado.
Roberto Arruda é CRO e Leonardo Costanza é Diretor de Inovação e Novos Negócios da Sky.One, empresa especializada no desenvolvimento de plataformas que automatizam e facilitam o uso da computação em nuvem.
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