Os desafios e oportunidades da carreira de Cyber Security
Por Jeferson D’Addario*
O Brasil é o
quinto maior alvo global de ataques hackers. O país fica atrás apenas de EUA,
Reino Unido, Alemanha e África do Sul. Somente no primeiro semestre de 2021,
foram identificados cerca de 9,1 milhões de ocorrências de ransomware, software
malicioso que restringe o acesso ao sistema infectado e que exige um resgate em
criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido. As informações são da
consultoria alemã Roland Berger.
Com a pandemia e o crescimento
exponencial dos ataques e ameaças cibernéticas, as empresas aumentaram seus
investimentos em cibersegurança, já que além do prejuízo financeiro e multas de
órgãos reguladores que um vírus pode causar, a reputação de uma companhia que
não tem segurança da informação pode ser afetada drasticamente causando perdas
irreversíveis, visto que as redes sociais e os clientes estão muito mais
sensíveis a estes temas.
Na Europa, por exemplo, as multas para
empresas que expuseram os dados pessoais de seus clientes devido a ataques
hackers podem chegar a mais de € 20 milhões. Já no Brasil, com as sanções
administrativas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor
em agosto de 2021, pode causar penas de até R$ 50 milhões, além da
possibilidade de eliminação, bloqueio e suspensão da coleta de dados do cliente
para as corporações que não estiverem em conformidade com a lei brasileira.
Diante desse cenário, o mercado para os
profissionais de cibersegurança, riscos, gestão da segurança da informação
entre outras carreiras em Governança, Riscos e Compliance (GRC) estão em alta,
e até 2030 demandarão muitos especialistas, visto que temos um mercado
trilionário ainda a ser explorado devido ao IoT e 5G no mundo.
Podemos fazer uma analogia, respeitosa,
dizendo que os profissionais de cibersegurança, são fuzileiros e/ou
especialistas, que tem que resolver atacando ou defendendo e para isso precisam
estar muito bem-preparados e equipados, já o gestor de segurança da informação
(GSI), é o estrategista, planeja e coordena a segurança das empresas e colabora
com as equipes de cibersegurança e a liderança.
O especialista em Forense, é o sniper, pois se prepara,
antecipa, fica furtivo até ser acionado, na qual atua com pouca margem de erro,
para resolver, proteger ou esclarecer incidentes; e os profissionais de
Governança são os planejadores, organizadores vão criar as condições
empresariais, orçamentárias e de conformidade para que toda a prontidão e
proteção do negócio ocorra permanentemente.
O ideal é combinar os vários tipos de
profissionais de GRC para somar as competências, habilidades e atitudes
formando um time pervasivo na organização. A segurança da informação se tornou
algo mais orgânico e necessário do RH ao marketing das empresas.
O profissional de Cyber Security é
responsável por identificar riscos e vulnerabilidades tecnológicas seja em
infraestrutura tradicional, na "nuvem" (cloud), em softwares,
parceiros, fornecedores ou até mesmo em dispositivos móveis. Além disso,
existem algumas funções como: estrategista, arquiteto, pentester, analistas,
consultores, analistas em hardening
entre outras funções, ou seja, dependendo do perfil, conhecimento
técnico, aptidão e interesse, a cibersegurança pode ser um desafio pessoal e
profissional muito empolgante, além de ser algo fundamental para os negócios
digitais existentes e em desenvolvimento. Atualmente, até equipes de marketing
digital e negócios precisam de analistas em segurança da informação.
Por conta disso, existe demanda para
profissionais mais experientes e para os estudantes no mercado brasileiro e
mundial. O mercado possui diversos cursos, treinamentos e certificações que
ajudam àqueles que têm interesse em se tornar um profissional da cibersegurança
ou de GRC.
Portanto, as perspectivas no mercado de
trabalho são muito positivas, principalmente com a implementação da tecnologia
5G, que aumentará os investimentos em Internet das Coisas (IoT) e Inteligência
Artificial (IA).
Precisamos ter em mente que quanto mais
tecnologias disponíveis, maiores serão as demandas por profissionais
especializadas em cibersegurança para garantir a segurança da informação de uma
empresa e que nenhum dos serviços oferecidos seja afetado por um ataque hacker.
*Jeferson D’Addario é CEO do Grupo
DARYUS, professor do Instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista (IDEPS) e
especialista em Continuidade de Negócios e Gestão de Riscos.
Sobre o Grupo DARYUS
Desde 2005 com o propósito de iluminar
mentes, potencializar pessoas e proteger negócios, por meio de educação e
serviços em gestão de riscos, o grupo DARYUS tornou-se referência em
consultoria, educação e eventos nos temas: Gestão de Riscos, Segurança de
Informação, Cibersegurança, Proteção de Dados (LGPD) e Governança de Tecnologia
da Informação (TI). O Grupo é composto por 4 unidades de negócios: 1) A DARYUS
Consultoria - especializada em Gestão de Riscos e Cibersegurança, 2) O IDESP -
instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista - que é líder na formação em GRC,
com mais de 30 mil profissionais formados desde 2006, e pioneira na criação dos
cursos de pós-graduação em segurança da informação, forense computacional,
cibersegurança e continuidade de negócios, 3) A DARYUS Eventos, que tem foco em
criar e gerenciar eventos que desenvolvam a comunidade de cibersegurança e
gestão de riscos no Brasil, e 4) A DARYUS StartLab, aceleradora de startups
focada em Riscos, TI e Cibersegurança.
Para saber mais visite: https://www.daryus.com.br/
Nenhum comentário