Aprosoja/MS receberá demanda de agricultores com prejuízos e repassará ao Mapa
Em visita ao
Mato Grosso do Sul, no município de Naviraí, a Ministra da Agricultura Tereza
Cristina, se dispôs a avaliar caso a caso dos agricultores prejudicados com a
estiagem, que impactou o desenvolvimento das lavouras de soja. Os agricultores
deverão encaminhar seus relatos de dificuldades financeiras para a Aprosoja/MS
– Associação dos Produtores de Soja e Milho (coordtecnico@aprosojams.org.br),
que encaminhará com urgência ao Mapa, para avaliação, na busca por
alternativas.
“O impacto
não vai ser só na agricultura, será no comércio local, nos municípios que
deixam de ter a circulação de recursos, na pecuária. Quando o campo vai bem, a
cidade vai bem [...] precisamos que encaminhem todas as dificuldades, tem gente
que é arrendatário, outros estão na terceira frustração, outros já estão no
limite com o banco, é preciso entender o mais rapidamente possível, para que
possamos discutir. Resolver tudo, não vamos resolver, acho muito difícil, mas
acho que podemos tentar resolver a maior parte dessas coisas”, explicou a
Ministra a um grupo de mais de 50 agricultores da região Sul de MS.
Segundo o
presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, a Associação está dedicada desde o
primeiro dia útil do ano no levantamento das perdas, ocasionadas pela estiagem.
“Por meio do projeto SIGA, o Governo de MS, o Sistema Famasul e a Aprosoja/MS,
tem percorrido o máximo possível de propriedades rurais, identificando os
pontos críticos, que até o momento foram identificados ao Sul, Sul-fronteira,
Sudeste e Sudoeste. A ministra vir, in loco, conferir a situação, demonstra sua
vontade de amenizar os impactos, e vamos nos empenhar para que tenhamos
notícias melhores, para isso pedimos o apoio dos agricultores impactados para
que nos procurem, com os relatos de forma urgente, de modo a não impactar seus
investimentos já na safrinha que iniciará em breve”, destaca Dobashi.
O Secretário
da Semagro, Jaime Verruck, apontou para a necessidade de se debater a entrega
física da soja, para contratos particulares, firmados com antecedência. “Temos
que olhar muito o produtor na estrutura de fundo de caixa. Vamos sentar com as
cooperativas, e verificar questões sobre o problema da não entrega fixa, muitas
cooperativas a gente sabe que tem atitude correta, mas boa parte do estado não
vem fazendo isso, então precisamos também fazer uma discussão. Não há por que
aplicar uma multa, porque o produtor não vai ter como pagar. Sabemos que tem
uma relação contratual privada, mas vamos trazer o Ministério para fazer algum
tipo de discussão [...] nesse primeiro momento temos que trazer um esforço, uma
investigação, de ações de curto prazo para resolver aqueles que estão com
problemas”, relata.
Antes da reunião, que ocorreu na sede da Copasul, a ministra, acompanhada do presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, do secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Bastos; do subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Economia, Rogério Boueri; do chefe do Departamento de Crédito Rural e Proagro do Banco Central, Cláudio Filgueiras; e do diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Antônio Carlos Wagner Chiarello, sobrevoou e percorreu via terrestre, lavouras de Ponta Porã e Naviraí.
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