Brasil importou mais de US$ 5 milhões em óleo de canabidiol em 2021
Dados são da Logcomex, startup que provê
plataforma de inteligência para o comércio exterior, entre janeiro e novembro
Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex
O canabidiol é uma
substância com potencial terapêutico extraída da planta cannabis sativa, conhecida
como planta da maconha para uso medicinal, cujo composto é utilizado para o
tratamento de dezenas de doenças neurodegenerativas e psiquiátricas, como
esclerose múltipla, artrite, epilepsia, esquizofrenia e mal de Parkinson, por
exemplo. Também é utilizado para aliviar dores crônicas ou causadas por
cânceres.
No Brasil, a substância
pode ser vendida somente mediante aprovação da Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), que criou uma categoria específica para medicamentos
derivados da cannabis
que podem ser comercializados. Em 2021, vários
Em 2021, entre janeiro
e novembro, foram importados US$ 5.450.791,00, 40,5% a mais que os US$
3.877.654,00 do mesmo período do ano anterior. Os dados são de um levantamento
da Logcomex, empresa que oferece
soluções de big data e automação para o comércio exterior.
Entre os principais
países fornecedores de canabidiol para o Brasil, se destacam principalmente
os Estados Unidos e o Reino Unido. “O lado bom dessa história é
que, em países como os Estados Unidos e Europa, as entidades de controle
são bastante exigentes, o que é uma garantia também para nós, brasileiros”,
comenta Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex.
Como importar o
canabidiol?
Uma das principais
dúvidas de quem precisa da substância para fazer tratamentos médicos é como
importá-la, sendo pessoa física. Toda a documentação de importação é preciso
seguir determinados processos burocráticos impostos pela Anvisa. Primeiro é
necessário fazer o cadastro do paciente, que pode ser feito pela internet
no FormSUS, e-mail ou também pelos Correios.
Depois de aprovado, o pedido
de importação do canabidiol pode ser feito. A importação pode ser realizada por
bagagem acompanhada, remessa expressa ou também por registro de Licenciamento
de Importação.
Por fim, o desembaraço
aduaneiro, quando deve ser apresentada a documentação, prescrição profissional
do produto e o ofício de autorização excepcional emitido pela Anvisa nos postos
da agência nos aeroportos. “É a liberação pela alfândega para entrada ou saída
de mercadorias/serviços dentro do País”, esclarece o CEO da Logcomex.
Já as empresas que
tenham interesse em comercializar o produto precisam seguir os parâmetros
estipulados pela Anvisa, sendo necessário solicitar a regularização de produtos
de cannabis para
fins medicinais. Essa solicitação é necessária para fabricação, importação e
comercialização dos remédios à base da substância. Para isso, é necessário
solicitar o formulário de Regularização de Produtos de Cannabis, no site da
agência.
É preciso que a empresa
tenha um usuário e o CNPJ cadastrados no site do órgão. Os perfis possíveis
para exercício da atividade são: responsável técnico, representante legal,
usuário regulatório de petição e gestor de segurança, este último essencial
para que a empresa obtenha a autorização do órgão. Caso a solicitação seja
aceita, ela tem duração de 5 anos.
Para esclarecer dúvidas
sobre os requisitos exigidos para importação de produtos à base de cannabis, é
necessário ler RDC 335/2020 (RESOLUÇÃO
- RDC Nº 335, DE 24 DE JANEIRO DE 2020 - RESOLUÇÃO - RDC Nº 335, DE 24 DE
JANEIRO DE 2020 - DOU - Imprensa Nacional (in.gov.br)), Resolução de
Diretoria Colegiada da Anvisa que regulamenta todos os procedimentos.
Sobre a Logcomex
Fundada em 2016, pelos empreendedores Helmuth Hofstatter Filho e Carlos Souza, a Logcomex é uma startup que se propõe a organizar as informações do comércio global para transformar a maneira que as empresas fazem negócios. Oferecendo produtos de automação e Big Data para todos os elos do comércio exterior, a Logcomex atua em duas frentes: inteligência comercial (informações do mercado) e automação de tarefas (com organização e centralização de informações do cliente).
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