Com obras inspiradas em memes, Gabriel Almeida é finalista do Prêmio Dasartes 2022
Artista plástico representado pela LONA Galeria é selecionado para prêmio que teve recorde de inscrições
“Essa indicação é extremamente significativa para o meu processo. Ser selecionado num contexto de concurso sempre dá uma satisfação imensa para qualquer um que se inscreva, um super estímulo para continuar a investigação da forma mais autêntica possível. E isso vai se refletir nos meus próximos passos como artista. Ao mesmo tempo em que saber do número recorde de inscritos traz esse prazer de legitimação, também escancara um cenário no qual existe tanta gente incrível produzindo e ainda (ou pior ainda) com tão pouco estímulo”, analisa o finalista.
Gabriel inspira-se em memes e imagens virais da Internet para criar pinturas que dão dramaticidade ao que era compartilhado em contexto apenas cômico, abordando a potência dessas figuras no contexto das relações humanas, políticas, afetivas e subjetivas. “Nesse momento estou entrando na reta final do Mestrado em Artes na UNESP. A pesquisa acadêmica funciona como uma instância reflexiva/teórica do meu trabalho artístico. Eu me debruço sobre minha produção artística e o impacto que as imagens da Internet têm sobre o que tenho feito”, conta. “Esse percurso teórico-prático está sendo muito rico, e, somado à parceria com a LONA, vai desembocar na produção de um livro/catálogo fac-símile do caderno produzido para a exposição Caderno de Artista, através do incentivo pela Lei Aldir Blanc do estado de Goiás, onde atualmente eu resido. E as pinturas seguem sendo produzidas a todo vapor”.
A indicação ao Prêmio Dasartes vem em um momento de reabertura gradual de exposições e eventos artísticos, devido à pandemia de COVID-19 que se arrasta desde 2020. De acordo com o artista, a LONA Galeria foi fundamental para visibilidade e incentivo nessa fase complicada para o setor. “A LONA tem sido parceira em meu processo desde 2019, foram muitas exposições realizadas juntos. Nesse período de pandemia se manteve plenamente ativa, propondo mostras presenciais por agendamento acompanhadas de tour virtual, que são acessíveis até hoje pelo site da galeria. Esse fôlego foi muito importante para a continuidade da produção em tempos tão difíceis”, relata. “A partir da provocação de Duilio Ferronato, como a de fornecer um caderno para cada artista convidado (e que derivou na exposição incrível Caderno de Artista), por exemplo, surgiram muitos novos materiais e ideias. Isso tudo dá cada vez mais consistência para o meu corpo de trabalho. Consequentemente, ele ganha mais espaços e é visto por mais pessoas”.
O vencedor do Prêmio Dasartes 2022 Para Novos Artistas ganhará uma matéria na edição de fevereiro da revista Dasartes, além de ser convidado a participar em uma das versões futuras da exposição Circular-Arte na Praça Adolpho Bloch, em São Paulo.
Sobre Gabriel Almeida | Gabriel Almeida nasceu em 1988 na zona leste da cidade de São Paulo. Graduou-se em Artes Plásticas pela ECA-USP em 2013 e atualmente cursa o mestrado pelo PPGArtes UNESP. Desde o final da graduação, ele concilia as artes plásticas com o ofício de tatuador. A partir de 2018, passa a dedicar-se à pintura de forma mais intensa, com maior dinâmica de pesquisa e prática de ateliê. Começa, então, a série de obras intitulada Iminências Tragicômicas, que ressignifica imagens virais brasileiras da Internet, que lhe rendeu a medalha de ouro no 16º Salão de Ubatuba, em 2019. No mesmo ano, passa a ser representado pela LONA Galeria, parceria que o incluiu em diversas exposições, como Dá Pra Levar (2019), Apropriações (2020) e Caderno de Artista (2021).
Sobre a LONA Galeria | A LONA Galeria abriu suas portas na Barra Funda em março de 2019, em uma parceria entre o curador Duílio Ferronato e o artista Higo Joseph. Com foco em artistas que estão iniciando a carreira e em ascensão com potencial artístico e de mercado, a galeria apresenta exposições individuais e coletivas produzidas por meio de curadores parceiros. Conta com dois espaços: a galeria, em um sobrado no bairro da barra funda, e o anexo, localizado no primeiro andar de um edifício histórico no centro de São Paulo. Tem como missão a inserção de artistas emergentes no circuito e um primeiro contato com o mercado e instituições de arte, como também o incentivo a novos colecionadores.
Muito bacana
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