Últimas

Como a revolução no-code está impactando as empresas

Ederson Dé Manoel*

Como o desenvolvimento de ferramentas no-code não exige conhecimento técnico de seus criadores, elas se tornaram imprescindíveis para os negócios de milhões de empresas, principalmente no último ano.

 

Para quem ainda não conhece essa tecnologia, as plataformas no-code são ambientes de desenvolvimento de sites, aplicativos mobile, automações e aplicações fáceis de se usar. Elas permitem que profissionais sem conhecimento técnico em programação crie qualquer coisa, mantendo os padrões de qualidade e políticas de segurança da informação.

 

É importante diferenciar os termos. No-code não é a mesma coisa que low-code. Enquanto as ferramentas no-code não exigem nenhuma experiência de programação dos usuários, as low-code são feitas para minimizar a programação “manual” e, com isso, ajudar desenvolvedores a criar ou integrar apps rapidamente.

 

Um mundo de possibilidades

De acordo com pesquisa da empresa norte-americana de consultoria Gartner, o mercado global de no-code e low-code alcançou um valor de US$ 13,8 bilhões até o fim de 2021 (um aumento de 22,6% com relação a 2020).

 

As plataformas no-code usam um ambiente de desenvolvimento visual, em geral com funcionalidades de “drag-and-drop” (clicar com o mouse, arrastar e soltar para posicionar peças). Esse ambiente facilita a criação de programas para quem não tem conhecimento técnico específico.

 

Os no-codes contribuem para o estabelecimento de uma ponte entre as equipes de negócios e de TI. Eles podem ser interligados a diferentes sistemas, proporcionando que os grupos de trabalho aumentem as funcionalidades de seus procedimentos rotineiros. Concomitantemente, mantém-se em conformidade com as políticas de segurança de TI da empresa. 

 

Com templates, bibliotecas e a interface customizável das plataformas no-code, os usuários podem criar aplicativos, integrar sistemas, e até orquestrar sistemas de gestão de processos de negócio. Tudo isso com a possibilidade de usar automações para facilitar ainda mais o trabalho.

 

Prós e contras do no-code

 

Empresas que usam no-code têm várias vantagens, como eficiência, baixo custo, desenvolvimento rápido, segurança e redução de erros, porém, nem tudo são flores. Elas podem enfrentar desafios, como o “Shadow it”, ou seja, ferramentas no-code que não são sancionadas pela equipe de TI e que não podem ser ampliadas) pode criar dificuldades para as operações. Os processos no-code também oferecem limitações de customização.

 

No-code para empreendedores

Um dos públicos com maior interesse nos recursos no-code são os empreendedores, que desejam validar suas ideias, lançando-as de maneira rápida e barata. Para lançar rapidamente um projeto, um empreendedor precisa contratar um desenvolvedor para escrever código, o que não é barato. E, para diminuir custos, ele precisaria aprender a codificar e fazer ele mesmo seu app ou site, o que não seria muito fácil ou rápido.

 

As plataformas no-code resolvem esse impasse, pois elas possibilitam que os empreendedores que não são codificadores criem coisas que somente codificadores experientes poderiam fazer. Algo que era inimaginável a até pouco tempo atrás. 

 

Para os empreendedores, os dispositivos no-code tiram do caminho o tempo necessário para comunicar uma proposta e seus requisitos aos designers e desenvolvedores, permitindo que eles transformem esse esboço em um protótipo totalmente funcional, respeitando todos os detalhes necessários do processo. Assim, são reduzidos os custos, o tempo e os riscos para implementar um produto ou serviço no mercado. Por essa e outras razões, o aprendizado do no-code se tornará cada dia mais imprescindível na vida de profissionais de marketing, CEOs de startups, empreendedores, designers e até desenvolvedores, sem distinção de nível de conhecimento.


A revolução no-code chegou.

 


*Ederson Dé Manoel é especialista em data marketing, growth hacking e gestão de experimentos de marketing científico. Indicado ao Prêmio de Melhor Profissional de Marketing 2021 pela ABCCOM. Pós-graduado em Marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), já atendeu clientes como Google, Corinthians, Vogue, Netshoes, Faber Castell, Cerveja Proibida, Caixa, entre outros.

Nenhum comentário