Eduardo Kobra doa dois grandes murais - "Ciência e Fé" e "Metamorfoses" - para o HC no aniversário de São Paulo
Um dos murais, finalizado ontem, "Ciência
e Fé", de 20 metros de altura por dez de largura, situado na rua Dr.
Eneias de Carvalho Aguiar, traz a mensagem clara e direta de que não há
contradição entre acreditar em Deus e também na Ciência. Com as cores que
caracterizam boa parte de suas obras, Kobra mostra as mãos de um médico, com o
jaleco e o estetoscópio, em posição de oração. Já o painel
"Metamorfoses", de 34 metros de altura por 7,5 de largura, em uma
imensa parede no Prédio dos Ambulatórios do Hospital das Clínicas de São Paulo,
mostra borboletas e deverá estar pronto até o final de janeiro. "Fiz
'Metamorfoses' pensando nas pessoas que estão doentes e precisam de esperança,
fé e transformação para superar esse momento difícil", conta o artista
urbano.
As obras de Eduardo
Kobra no HC de São Paulo manifestam apoio à Ciência e à Saúde, nesse momento de
recrudescimento da pandemia...Para
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Veja abaixo os links de fotos em alta resolução (crédito para drone.cyrillo) e
para vídeos (créditos para drone.cyrillo) que mostram a "Ciência e
Fé". Abaixo no release há também algumas fotos de outras obras realizadas
pelo artista durante a pandemia.
Crédito das fotos: drone.cyrillo
Um dos murais, finalizado ontem, “Ciência e Fé”, de 20 metros de altura
por dez de largura, situado na rua Dr. Eneias de Carvalho Aguiar, traz a
mensagem clara e direta de que não há contradição entre acreditar em Deus e
também na Ciência. Com as cores que caracterizam boa parte de suas obras, Kobra
mostra as mãos de um médico, com o jaleco e o estetoscópio, em posição de
oração. Já o painel “Metamorfoses”, de 34 metros de altura por 7,5 de largura,
em uma imensa parede no Prédio dos Ambulatórios do Hospital das Clínicas de São
Paulo, mostra borboletas e deverá estar pronto até o final de janeiro. “Fiz
‘Metamorfoses’ pensando nas pessoas que estão doentes e precisam de esperança,
fé e transformação para superar esse momento difícil”, conta o artista urbano.
O paulistano Eduardo Kobra fez dois grandes murais para doar ao Hospital das
Clínicas de São Paulo, no aniversário de São Paulo, 25 de janeiro. Desde o
início da pandemia, o artista reduziu o número de trabalhos e adiou 39 dos 40
convites que tinha para pintar no Exterior. No Brasil, a maioria das obras foi
relacionada à Pandemia. Através da arte, Kobra conscientiza sobre a necessidade
de se vacinar e do uso de máscaras e ajuda a levantar recursos para pessoas em
situação vulnerável.
Agora, mais uma vez Kobra direciona seu olhar para a Saúde. Um dos murais
(“Metamorfoses”) ocupa uma imensa parede que começa no Espaço de Convivência,
no primeiro andar do Prédio dos Ambulatórios do Hospital das Clínicas de São
Paulo (onde está situada a Hematologia e a Fundação Pró-Sangue, maior banco de
sangue da América Latina, com 10 mil doadores por mês) e se estende até o 8º e
último andar. A obra está em processo final de produção e deve estar finalizada
até o final de janeiro. De acordo com o Dr. Vanderson Rocha, presidente do
Pró-Sangue e diretor do Serviço de Hematologia do HCFMUSP, e que apresentou o
espaço para o muralista, passam diariamente pelo local de 10 a 15 mil pessoas.
Segundo
Kobra, o painel de 34 metros de altura por 7,5 de largura mostra borboletas que
saem da água, na base do mural, e vão até o alto do prédio. “Coloquei o nome
‘Metamorfoses’ pensando nas pessoas que estão doentes e precisam de esperança,
fé e transformação para superar esse momento difícil”, conta o artista urbano,
que prossegue: “Resolvi doar o painel pelo fato de o HC de São Paulo ser uma
instituição pública que atende a milhares de pessoas por dia. Pessoas físicas,
entidades e empresas apoiaram o projeto, como a Dionísio.Ag, que cuidou da
logística do painel. De alguma forma acho que a arte pode inspirar, atenuar o
sofrimento e dar ânimo para seguir adiante às milhares de pessoas que passam
por ali todos os dias”.
O muralista conta ainda que pintou
pedras preciosas nas asas de algumas das borboletas, como uma lembrança de que
cada vida é preciosa e que devemos sempre lutar para preservá-la.
O segundo mural, finalizado na tarde de ontem, segunda-feira, dia 24, fica à
rua Dr. Eneias de Carvalho Aguiar, 255, em São Paulo. Traz uma mensagem clara e
direta, na arte e no nome escolhido: “Ciência e Fé”. Com as cores que
caracterizam boa parte de suas obras, mostra as mãos de um médico, com o jaleco
e o estetoscópio, em posição de oração. “Esse painel pode ser visto por todas
as pessoas. Tem 20 metros de altura por 10 metros de largura. A obra mostra que
Ciência e Fé caminham lado a lado. Cada uma nos fornece algo que não se pode
obter a partir da outra. Acredito demais na Ciência e na Medicina e agradeço
aos médicos, enfermeiros e demais profissionais da Saúde que colocam suas vidas
à nossa disposição. Eu e a maioria dos brasileiros também colocamos nossa fé em
ação e o coração em Deus, para que ele abençoe nossas vidas, as vidas das
pessoas que amamos e também a Ciência, para que ela encontre a cura. Tanto a
Medicina quanto a Ciência nascem de uma única fonte: Deus! Então não existe
essa contradição, que tentam criar, entre as duas. Não há por que acreditar só
em uma ou na outra”.
O conhecido muralista brasileiro ressalta que ambos os murais foram doados. “É
um gesto em meu nome, mas também dos paulistanos e brasileiros em geral para o
Hospital das Clínicas de São Paulo, que faz um trabalho de excelência. Eu
mesmo, que tenho problemas graves de saúde, já fui atendido muitas vezes e acompanhei
de perto a determinação de todos ali. É uma honra, um privilégio enorme poder,
com o meu trabalho, retribuir tudo que esses profissionais fazem por nós com
sua incrível capacidade de se doar em benefício do próximo”.
Espaço humanizado
O
lugar de onde começa a obra “Metamorfoses”, de Eduardo Kobra, era até há pouco
um vão cinza no prédio dos ambulatórios (Pamb) do Hospital das Clínicas de São
Paulo. Conta o Dr. Vanderson Rocha: “estamos no térreo e o teto ficou no andar
da Hematologia. Um dia, quando eu e o arquiteto Luis Robles andávamos pelo HC,
achamos o prédio muito impessoal e frio e tivemos a ideia de criar um espaço
que trouxesse humanização e acolhimento dentro do Pamb. A Crefisa, a Fundação
Pró-Sangue e a Superintendência do Hospital das Clínicas de São Paulo apoiaram
essa ideia. Agora, com a arte magnífica que Eduardo Kobra produziu e doou, esse
espaço será ainda mais importante para os pacientes e seus familiares, assim
como para nossos funcionários. Esperamos também que sirva de inspiração
para que mais e mais pessoas contribuam com os projetos e cotidiano do
hospital. Provavelmente quem estiver no Espaço de Convivência para doar sangue,
por exemplo, e postar uma foto ou vídeo do mural ‘Metamorfoses’ nas Redes
Sociais, inspirará mais pessoas a também se doarem em prol de quem precisa”,
afirma o Dr. Vanderson Rocha. “É preciso estimular as doações. Durante a
pandemia tivemos uma redução de cerca de 20% de doadores”, completa.
O superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Antonio José Rodrigues
Pereira, destaca a importância dos murais de Kobra nesse período de pandemia.
“É com enorme prazer e profunda gratidão que recebemos estes dois presentes do
Kobra para o nosso complexo. Os profissionais da saúde do HC de São Paulo
foram, sem dúvida alguma, grandes guerreiros nestes últimos dois anos e ter
esse reconhecimento em forma de obra de arte, das mãos deste talentoso artista,
nos honra imensamente”, afirma. E acrescenta: “são obras que remetem à
resiliência dos nossos mais de 20 mil profissionais e, também, à ideia de que a
fé e a ciência não são exatamente dissociáveis. É a Ciência que nos permite ter
o conhecimento e as condições necessárias para salvar vidas, e é a fé que nos
dá motivação e forças para continuar mesmo diante das adversidades. Ambas se
complementam e foram fundamentais no enfrentamento à pandemia”.
Outras obras do artistas realizadas no contexto da Pandemia
Em
2021, o artista urbano fez o mural “Seja Luz”, mais uma obra com o tema da
pandemia do Covid-19. O mural de 30 metros de altura por sete metros de largura
fica na rua Oscar Freire, nos Jardins.
Segundo
o artista, que no mural pintou “O Pensador”, de Auguste Rodin (1840 a 1917),
dentro de uma lâmpada, esse trágico momento de pandemia deve levar a humanidade
a repensar valores. “Cada um precisa refletir sobre que tipo de entrega e
atitude deve ter para ser luz na escuridão”, diz o muralista. “Acima de tudo é preciso
ser luz na vida de alguém e fazer a diferença. É fundamental, mais que só ficar
nas palavras e nas Redes Sociais, ouvir o outro, pensar no outro e fazer o
bem”, afirma.
Em maio deste ano, Kobra lançou em São Paulo, na rua Henrique Schaumann, em
frente à Igreja do Calvário, o mural “Coexistência – Memorial da Fé por todas
as vítimas do Covid-19”, onde retrata crianças de cinco religiões –
Islamismo, Budismo, Cristianismo, Judaísmo e Hinduísmo. A obra traz uma
mensagem de fé e de esperança, ao mesmo tempo em que lembra as vítimas do
Covid-19 e destaca a importância da Ciência, simbolizada pelo fundamental uso
de máscaras.
Pouco antes, na primeira ação do
recém-criado Instituto Kobra, que tem como base a premissa de que a arte é um
instrumento de transformação, o artista paulistano transformou um cilindro de
oxigênio, em desuso, de 1m30, em uma obra de arte, exemplar único, chamada
“Respirar”. Kobra pintou o cilindro como se fosse um recipiente
transparente, com uma árvore plantada dentro. “A mensagem central é a
importância da vida. Que o sopro da minha arte ajude a levar um pouco de
oxigênio para os hospitais mais necessitados e, ao mesmo tempo, provoque a
reflexão sobre a importância de usar máscaras, lavar as mãos constantemente,
manter o isolamento social e, claro, de preservar a natureza, que é um
patrimônio de toda a humanidade”, disse.
A obra foi adquirida por 700 mil reais.
Os recursos obtidos com a venda da peça foram aplicados integralmente na
construção de duas usinas de oxigênio no Amazonas. Na prática, isso significou
que 20 leitos de UTI’s beneficiados 24h por dia, numa ação perene, que ficaram
como legado. Em um dia, a usina gera 480 horas de oxigênio. Em um mês, são
14.400 horas. “A título de comparação, um cilindro abastece um leito de UTI com
oxigênio por até 10 horas. Ou seja, para fazer uma entrega equivalente à usina,
seriam necessários mais de 1.400 cilindros por mês. Com 700 mil conseguiríamos
comprar 350 cilindros, o que equivaleria a 3.500 horas”, contou o muralista.
Em fevereiro de 2021, Kobra doou ao
Instituto Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dois painéis (um para
cada instituição) de um metro e oitenta por um metro e oitenta, que fez meses
antes, inspirado na esperança do desenvolvimento de vacinas para imunizar as
pessoas contra o Covid-19.
A Mão de Deus
Em novembro de 2020, o artista urbano
entregou o mural “A Mão de Deus” na região do Minhocão, em São Paulo. O
trabalho tem 33 metros de altura por sete metros de largura, na empena de um
prédio situado à rua Traipu. De acordo com o artista, é a mais
autobiográfica de todas as suas obras e, ao mesmo tempo, é uma obra que fala de
todos. “O mural é inspirado em um momento muito difícil para mim, que começou a
ser superado quando senti a mão de Deus. Foi algo que me ajudou e que me ampara
até hoje”, diz.
Kobra afirma que o mural, é particular, mas também universal. “Serve para todas
as pessoas, de qualquer fé, que passam por dificuldades como depressão,
solidão, dificuldades econômicas, bebidas e drogas”. E complementa: “espero que
nesses tempos de pandemia e mesmo depois que tudo isso terminar, o mural também
inspire as pessoas a resgatarem a bondade e serem mais acolhedoras e solidárias
uma com as outras”.
Também ao final de 2020, como uma ode à vida durante a pandemia, Kobra pintou
na altura do km 44 da rodovia Presidente Castelo Branco, em São Paulo, o mural
“A Linha da Vida”, de 600 metros quadrados. A obra traz oito personagens.
Começa com uma criança e termina com uma senhora de cerca de 80 anos de idade.
Ainda em 2020, Kobra utilizou seu talento para uma campanha que ajudava
famílias desassistidas, com situação de vulnerabilidade ainda mais agravada
pela pandemia do Covid-19. Fez o painel “Coexistência” (que em maio de 2021 virou mural, como
está acima no release), onde mostrava crianças de cinco religiões –
budismo, cristianismo, islamismo judaísmo e hinduísmo – em oração e vestindo
máscaras. Uma Serigrafia da obra foi sorteada entre as pessoas que fizeram
doações. Com o valor arrecadado, R$ 450 mil, foram produzidos e distribuídos 20
mil kits.
Pouco depois, com o leilão da tela “Ao Líbano com Carinho”, conseguiu
arrecadar 50 mil dólares para as vítimas da explosão ocorrida na zona portuária
de Beirute, capital libanesa. “A obra mostra duas mãos, que simbolizam as mãos
da humanidade, levantando o cedro do Líbano, que é um símbolo de paz, de
fraternidade, de união e respeito”, disse o artista, que utilizou a bandeira do
Líbano como a base para a pintura. “O vermelho representa o sangue derramado
pelas pessoas que se feriram ou morreram nas lutas para livrar o país das
forças externas; o branco representa a permanente busca pela paz e a
beleza das montanhas cobertas pela neve; e o cedro, árvore presente em boa
parte do país, é um símbolo de força e eternidade”, explicou o artista.
Instituto Kobra: a arte como instrumento
de transformação social
Nasceu em 2021, o
Instituto Kobra, entidade que acredita na arte como instrumento de
transformação social de adolescentes e jovens em estado de vulnerabilidade no
Brasil. Fundada e presidida pelo artista Eduardo Kobra, a instituição parte da
própria biografia de seu criador para fundamentar a importância e o papel da
cultura como agente transformador de vidas e realidades.
O Instituto Kobra deverá promover ações, prioritariamente em comunidades
periféricas, levando manifestações artísticas — não só das artes plásticas e do
grafite, mas também da música, do teatro e da literatura — àqueles que costumam
ter menos acesso a museus e centros culturais.
Uma experiência embrionária foi o projeto Galeria Circular, realizado em 2019.
Transformado em galeria itinerante de arte, um ônibus adaptado percorreu 12
bairros da região metropolitana de São Paulo apresentando 14 obras de Kobra que
estiveram ou ainda estão expostas em diversos locais pelo mundo. O artista
idealizou e participou de todos os dias do projeto, interagindo muito com o
público.
O Instituto Kobra surge também para funcionar como um espaço para promoção de
causas por meio da arte — principalmente aquelas que fazem parte dos princípios
do muralista, como a defesa do meio ambiente, o discurso pacifista, a pauta
antirracista, o respeito entre os povos e a luta pela liberdade.
Neste sentido e considerando o momento sensível atravessado pelo País no
combate à pandemia de covid-19, a primeira ação concreta da instituição foi
usar sua arte para levar oxigênio para hospitais de Manaus. Eduardo Kobra
transformou um cilindro inutilizado em uma obra de arte (conforme citado acima no release).
Mas o Instituto Kobra não se resumirá a ações desse tipo. No projeto estão
previstas outras maneiras de promover a cultura, com palestras e oficinas e
realização de pinturas públicas em comunidades mais vulneráveis.
Além do próprio Eduardo Kobra, a entidade viabilizará a presença de outros
muralistas e grafiteiros, brasileiros e estrangeiros, que, por meio de
intercâmbios culturais, irão levar sua arte, seu conhecimento e suas histórias
de vida a esses jovens de periferia.
A sensibilidade do muralista para o tema vem do berço. Kobra nasceu em 1975, no
Jardim Martinica, bairro pobre da zona sul paulistana. Da mesma maneira como a
arte mudou sua vida, ele acredita que a cultura em geral pode ser uma
ferramenta de transformação social para muitos jovens brasileiros.
Para viabilizar esses projetos, o Instituto Kobra está aberto a firmar
parcerias com empresas e outras entidades que queiram promover ações culturais
junto a adolescentes e jovens de periferia.
Por conta do estado de pandemia, o Instituto Kobra definiu que, neste momento,
todas as suas atividades devem ser estruturadas online. Quando a situação atual
for superada e eventos públicos voltem a acontecer com segurança, atividades
presenciais serão divulgadas.
Sobre Eduardo Kobra
Kobra, 46 anos, é um expoente da neo-vanguarda paulistana. Começou como
pichador, tornou-se grafiteiro e hoje se define como muralista. Seu talento
brota por volta de 1987, no bairro do Campo Limpo com o pixo e o graffiti,
caros ao movimento Hip Hop, e se espalha pela cidade e pelo mundo. Com os
desdobramentos que a arte urbana ganhou em São Paulo, ele derivou - com o
Studio Kobra, criado em 95 - para um muralismo original - inspirado em muitos
artistas, especialmente os pintores mexicanos e norte-americanos,
beneficiando-se das características de artista experimentador, bom desenhista e
hábil pintor realista. Suas criações são ricas em detalhes, que mesclam realidade
e um certo "transformismo" grafiteiro.
Muitos críticos afirmam que a característica mais marcante de
Kobra é o domínio do desenho e das cores. Mas o que é fundamental para o
artista é o olhar. Kobra foi desde cedo apresentado às adversidades da vida.
Viu amigos sucumbirem às drogas e à criminalidade. Alguns foram presos. Outros
perderam a vida. Foi o olhar que o salvou.
Kobra é autor de projetos como "Muro
das Memórias", em que busca transformar a paisagem urbana através da arte
e resgatar a memória da cidade; Greenpincel, onde mostra (ou denuncia) imagens
fortes de matança de animais e destruição da natureza; e “Olhares da Paz”, onde
pinta figuras icônicas que se destacaram na temática da paz e na produção
artística, como Nelson Mandela, Anne Frank, Madre Teresa de Calcutá, Dalai
Lama, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, John Lennon, Malala Yousafzai, Maya
Plisetskaya, Salvador Dali e Frida Kahlo. Em meio ao caos urbano, buscou
resgatar o patrimônio histórico que se perdeu. Em um contexto repleto de
desigualdade social e injustiças, buscou se inspirar em personagens e cenas que
servem de exemplo para um mundo melhor.
Hoje, os murais de Kobra estão em cerca de 35 países e em diversas
cidades e estados brasileiros – como “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de
Janeiro, “Oscar Niemeyer”, em São Paulo; “The Times They Are A-Changin” (sobre
Bob Dylan), em Minneapolis; “Let me be Myself” (sobre Anne Frank), em Amsterdã;
“A Bailarina” (Maya Plisetskaia), em Moscou; “Fight For Street Art” Basquiat e
Andy Warhol), em Nova York; e “David”, nas montanhas de Carrara. Em todos os
trabalhos, o artista busca democratizar a arte e transformar as ruas, avenidas,
estradas e até montanhas em galerias a céu aberto. Inquieto, estudioso e
autodidata, também faz pesquisas com materiais reciclados e novas tecnologias,
como a pintura em 3D sobre pavimentos. Em 2018, pintou 20 murais nos Estados
Unidos, 18 deles em Nova York.
Cada vez mais conhecido, Kobra fica, é claro, orgulhoso quando vê uma
multidão que observa um de seus murais, mas costuma dizer que o que o comove de
verdade é descobrir alguém que para no meio da correria da cidade para
observar, mesmo que por um minuto, os detalhes dessa obra. Apesar dos murais
monumentais, Eduardo Kobra faz sua arte para despertar a consciência e a
sensibilidade de cada um de nós.
Sobre o Hospital das Clínicas de São
Paulo
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (HCFMUSP) é composto por oito institutos e considerado o maior complexo
hospitalar da América Latina. Durante a pandemia, teve papel fundamental no
combate à COVID-19 no Estado de São Paulo, sendo referência no atendimento de
casos graves e gravíssimos da rede pública, com mais de nove mil pacientes com
COVID-19 confirmada atendidos e taxa de alta de 67%. O HCFMUSP também
contribuiu com diversas ações no enfrentamento à doença, como o isolamento de
seu maior instituto, o Central, com 900 leitos, para que ficasse exclusivamente
dedicado ao atendimento de pacientes de COVID-19, além de desenvolver diversas
pesquisas sobre a doença e ser o primeiro hospital a iniciar a campanha de
vacinação dos seus profissionais no Brasil.
Veja algumas das obras de Kobra no
Brasil e no Exterior
Exterior:
1 - O Beijo, na High Line, em Nova York, EUA
2 - Arthur Rubinstein, em Lodz, na Polônia
3 - Artistas, em Wynwood, Miami, Flórida,
EUA
4 - A Bailarina (Maya Plisetskaya), em
Moscou, Rússia
5 - Malala, em Roma, Itália
6 - Olhar a Paz, em Los Angeles, Califórnia,
EUA
7 - Sarasota Antiga, em Sarasota, Flórida, EUA
8 - Abraham Lincoln, em Lexington, Kentucky,
EUA
9 – Fight for Street Art (releitura da
cena clássica de Andy Warhol e Jean Michael Basquiat), em Williamsburg,
Brooklyn, EUA
10 – Alfred Nobel, na cidade
de Boras, Suécia
11 – MariArte, em San Miguel
de Allende, México
12 – Ritmos do Brasil, em Tóquio, Japão
13 – O Beduíno, em Dubai, nos
Emirados Árabes Unidos
14 – Mural ainda sem nome,
Papeete, Taiti
15 - Bob Dylan, The Times They Are a-Changin.
Minneapolis, Minnesota, EUA
16 – Hamlet, West Palm Beach, Florida, EUA
17 – Einstein vai à Praia, West Palm Beach, Flórida, EUA
18 – Give Peace a Chance, Wynwood, Miami, Flórida, EUA
19 – Stop Wars, Wynwood,
Miami, Flórida, EUA
20 – The Fallen Angel (O Anjo Caído), Wynwood, Miami,
Flórida, EUA
21 – Muddy Waters, Chicago,
Illinois, EUA.
22 – Rio, Tóquio, Japão
23 – Armstrong (nome não
definitivo), Cincinnati, Ohio, EUA
24 – Dante Alighieri, Ravenna,
Itália
25 – Let me be myself, Amsterdã,
Holanda
26 - Ziggy Stardust (sobre
David Bowie), Jersey City, New Jersey, EUA.
27 – Sonho de um Menino,
Dubai, Emirados Árabes Unidos.
28 – Mandela (ainda sem nome definitivo),
em Blantyre, Malawi
29 – Desmond Tutu (ainda sem nome
definitivo), em Blantyre, Malawi
30 – Dalí, em Múrcia, Espanha
31 – Davi, em Carrara, Itália
32 – Cacique Raoni (ainda sem nome definitivo),
em Lisboa, Portugal.
33 – Etnias – Todos Somos Um, em Sandefjord,
Noruega.
34 – Locomotiva, em Londres, Reino Unido
35 – Família Monet (dois murais que conversam
entre si), em Boulogne-sur-Mer (Bolonha-sobre-o-Mar), na França.
36 – Imagine, em Bristol, Inglaterra.
37 – Em 2018 o artista fez 20 murais nos
EUA, 18 deles em Nova
York.
38 – Ayrton Senna, Ímola, Itália.
Brasil
1 – Oscar Niemeyer, Praça Oswaldo Cruz, av.
Paulista, em São Paulo, São Paulo
2 - A Arte do Gol (projeto Muro das Memórias),
av. Hélio Pellegrino com av. Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo
3 - Belém Antigo, esquina da rua Castilhos
França com a rua Portugal, em Belém, Pará
4 - Candango, no Complexo Bancário, em
Brasília.
5 - Chico e Ariano, na avenida Pedroso de
Morais, Pinheiros, em São Paulo, São Paulo.
6 - Novos Ventos, nos tanques da Linde Gases,
na rodovia Cônego Domênico Rangoni, no trecho do sistema Anchieta-Imigrantes,
que liga Cubatão a Guarujá, São Paulo.
7 - Mural da 23 de Maio (projeto Muro das Memórias),
próximo ao viaduto Tutóia, em São Paulo, São Paulo.
8 - Murais do Parque do Ibirapuera, ao lado do
MAM, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP.
9 - Pensador, Senac Tatuapé, em São Paulo, São
Paulo.
10 – Muro das Memórias Caixa d’água,
Senac Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo.
11 – AltaMira (projeto Greenpincel),
rua Maria Antônia, São Paulo, São Paulo.
12 - Muro das Memórias, Senac Tiradentes, em São Paulo, São
Paulo.
13 – Gonzagão, Recife,
Pernambuco.
14 - Viver, Reviver e Ousar,
Igreja do Calvário, em Pinheiros, São Paulo, São Paulo.
15 - Brasil!, muro da
usina termelétrica de Macaé, Rio de Janeiro.
16 – Sem Rodeio (Projeto Greenpincel),
av. Faria Lima, em São Paulo, São Paulo.
17 – Muro das Memórias Senac Tiradentes,
av. Tiradentes, em São Paulo, São Paulo.
18 – Racionais MC’s, Capão
Redondo, São Paulo, São Paulo
19 – Genial é Andar de Bike, Oscar Freire, São
Paulo, São Paulo
20 – A Lenda do Brasil, rua da Consolação, São
Paulo
21 – Etnias – Todos Somos Um, Boulevard
Olímpico, Rio de Janeiro, RJ
22 – Sobre Bike e mobilidade, rua Tavares
Cabral, São Paulo, SP.
23 – Mural do Chocolate, km 35 da rod.
Castelo Branco, em Itapevi, São Paulo;
24 – Escadão das Bailarinas, em Pinheiro, São
Paulo, São Paulo
25 – Mario Quintana, Porto Alegre, Rio Grande do
Sul.
26 – Ayrton Senna – Superação, em Interlagos,
São Paulo.
27 – Escola Professor Raul Brasil (ainda sem
nome definitivo), em Suzano, São Paulo.
28 – Coração Santista, em Santos, São Paulo.
29 – A Mão de Deus, São Paulo, São Paulo
30 – A Linha da Vida. - km 44 da rod. Castelo
Branco, São Paulo
31 – Escadateca, em Sorocaba, São Paulo.
32 - Coexistência – Memorial da Fé por todas as vítimas do
Covid-19, São Paulo, SP.
33 – Seja Luz, em São Paulo, São Paulo.
34 – Ciência e Fé, em HC de São Paulo, São
Paulo.
35 – Metamorfoses, HC de São Paulo, São Paulo.
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