Em dezembro, o valor médio da cesta básica aumenta em até 15% em 7 cidades e reduz em BH
Já a cesta mais cara foi a do Rio de Janeiro (R$ 830,27), seguida pelas de São Paulo (R$ 799,54) e Fortaleza (R$ 752,40)
Janeiro de 2022 - O valor médio da
cesta de consumo básica de
alimentos de dezembro aumentou em relação ao mês
anterior em sete das
oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de
Consumo HORUS/FGV IBRE, recém-lançada.
As maiores altas foram registradas
em Brasília (14,9%), Manaus (7,8%) e Fortaleza (6,8%),
em relação aos valores de novembro/21. Belo Horizonte apresentou
retração de 2,7% no valor total da cesta básica enquanto São
Paulo ficou praticamente estável em relação ao mês
anterior (0,1%).
Os produtos que mais contribuíram para o
aumento do valor da cesta de Brasília foram frutas
(12,7%), café (5,7%) e frango (5,8%), enquanto em Belo Horizonte a
redução deveu-se à queda no preço de pão (-22,5%), carne bovina
(-9,6%) e Leite (-2.5%)
A cesta mais cara foi a do Rio de
Janeiro (R$ 830,27), seguida pelas de São
Paulo (R$ 799,54) e Fortaleza (R$ 752,40). Por
outro lado, as capitais Belo Horizonte (R$ 527,93), Curitiba (R$ 664,09)
e Manaus (R$ 675,63) registraram os menores valores.
Tabela 1 – Valores da cesta de consumo básica por capital em dezembro/21
Cesta Básica |
|||
Capital |
Valor
Médio |
Valor
Médio |
Variação |
Nov/21 |
Dez/21 |
||
Belo Horizonte |
542,38 |
527,93 |
-2,7% |
São Paulo |
798,99 |
799,54 |
0,1% |
Rio de Janeiro |
824,82 |
830,27 |
0,7% |
Salvador |
673,08 |
688,61 |
2,3% |
Curitiba |
638,14 |
664,09 |
4,1% |
Fortaleza |
704,66 |
752,40 |
6,8% |
Manaus |
626,49 |
675,63 |
7,8% |
Brasília |
593,32 |
681,87 |
14,9% |
Os grupos de produtos
que apresentaram aumento de preço mais expressivo e em
todas as capitais foram as frutas (representadas por banana,
maçã e laranja) e café em pó. Frutas são presença firme
na mesa do brasileiro no verão e, em especial no Natal, o que acaba por elevar
os preços, devido à alta na demanda.
Os legumes continuam apresentando preços
em elevação em 7 das 8 cidades, seguindo a trajetória recente de
aumento, pressionados pela tendência de alta no preço
da batata e da cebola, influenciada, principalmente, por fatores
climáticos que prejudicaram a colheita.
Açúcar também manteve
a tendência de alta em 7 das 8 capitais, seguindo o
padrão verificado nos últimos meses.
Os problemas climáticos
também têm sido o principal motivo de aumento de açúcar e
café, devido à quebra de safras e consequente redução da oferta
no mercado. Além disso, o aumento dos preços internacionais e a
valorização do dólar têm sido um incentivo para exportação,
empurrando ainda mais para cima os preços no mercado interno.
Tabela 2 – Produtos
com mais altas de preços médios da cesta de consumo básica
em dezembro/21
Alguns produtos também apresentaram
redução de preço. É o caso do arroz, carne bovina e leite UHT, que
apresentaram queda no preço médio em diversas capitais,
além do feijão e da linguiça.
Os altos níveis dos preços do
feijão e do arroz têm impactado na demanda, forçando o preço para
baixo. Além disso, o retorno das chuvas, quebrando o longo período de
seca, vem contribuindo para o aumento da oferta desses
produtos e para a melhoria das pastagens, o que reflete também
na maior oferta de leite.
A recente redução do preço de
bovinos e da carne bovina verificada no atacado refletiu no
varejo, apesar da demanda aquecida para as festas de fim de ano.
Tabela 3 – Produtos com mais
reduções de preços médios da cesta de consumo em dezembro/21
Quando se considera a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e
limpeza, além de alimentos, houve um aumento no valor médio
em cinco das oito capitais analisadas, em relação ao mês
anterior. As capitais que apresentaram valores mais altos da cesta
ampliada foram Rio de Janeiro (R$ 1.753,83), São
Paulo (R$ 1.686,49) e Fortaleza (R$ 1583,95), seguindo o
mesmo comportamento da cesta básica. As maiores altas no valor da
cesta ampliada foram registradas em Brasília (13,6%), Fortaleza (5,0) e
Manaus (3,9%). Rio de Janeiro apresentou estabilidade no valor
da cesta ampliada, assim como ocorreu com a cesta básica, enquanto São
Paulo e Belo Horizonte apresentaram leve retração.
Quebra de Página
Tabela 4 – Valores da cesta de
consumo ampliada por
capital em dezembro/21
Cesta Ampliada |
|||
Capital |
Valor
Médio |
Valor
Médio |
Variação |
Nov/21 |
Dez/21 |
||
Belo Horizonte |
1339,91 |
1319,80 |
-1,5% |
São Paulo |
1700,93 |
1686,49 |
-0,8% |
Rio de Janeiro |
1753,09 |
1753,83 |
0,0% |
Salvador |
1482,86 |
1513,69 |
2,1% |
Curitiba |
1469,74 |
1524,29 |
3,7% |
Manaus |
1366,14 |
1419,48 |
3,9% |
Fortaleza |
1507,96 |
1583,95 |
5,0% |
Brasília |
1338,58 |
1520,39 |
13,6% |
Na cesta ampliada, destaca-se a elevação
de preços de produtos de higiene e de limpeza na maioria das capitais. Além do aumento do dólar, que
vem impactando nos insumos utilizados na produção desses artigos, a elevação no
preço do petróleo e derivados impacta diretamente nos custos de fabricação de
produtos da indústria química, bem como nas embalagens.
Tabela 5 – Produtos com
mais altas de preços médios na cesta
ampliada em dezembro/21
Por fim, analisando-se o
comportamento dos preços nos últimos 6 meses dos itens da cesta
ampliada, destaca-se o aumento de
preços de Café, Açúcar, Margarina e Frango,
que têm sido objeto de destaque recente dos
índices de preços em geral, em virtude de sua contribuição para a
inflação de alimentos. Além desses, legumes e frutas, produtos
importantes para a saúde nutricional do brasileiro, também têm apresentado
trajetória de elevação de preços, em função de questões climáticas e
do aumento dos custos de produção, de modo geral.
Tabela 6 -
Maiores variações de preços acumuladas nos últimos 6 meses
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SOBRE A CESTA
DE CONSUMO HORUS & FGV IBRE
A HORUS Inteligência de
Mercado (https://www.ehorus.com.br/) e o Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas - FGV
IBRE (https://portalibre.fgv.br/) se uniram para lançar a plataforma Cesta de Consumo. O
serviço monitora a variação de preço de duas cestas de consumo típicas
brasileiras pela análise da leitura mensal de mais de 35 milhões de
notas fiscais: a Cesta de Consumo Básica, que conta com 22 alimentos básicos com maior presença nas compras do shopper, e a Cesta de
Consumo Ampliada, contendo mais
de 50 produtos de consumo, incluindo
bebidas e itens de limpeza, higiene e beleza.
A plataforma, que pode ser acessada
no link https://cestaconsumo.ehorus.com.br/ monitora a variação e o comportamento dos
preços nas oito maiores capitais brasileiras em
população - Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Rio de
Janeiro, Salvador e São Paulo -, e os produtos e quantidades
analisados variam conforme os hábitos de consumo locais.
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