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Quem mexeu no meu Preço?

por Rodrigo Catani, head de potencializar vendas da AGR Consultores

Rodrigo Catani, head de potencializar vendas da AGR Consultores 

Do escambo aos mais modernos meios eletrônicos de pagamento, o preço atribuído a mercadorias e serviços é um dos itens mais importantes e impactantes em todas as transações comerciais. Nos últimos anos, temos vivenciado uma série de iniciativas de gestão mais profissional da precificação. Em muitas organizações, foram criadas áreas inteiras de Pricing com importância estratégica e muita relevância para os negócios. Preços definidos por canais, por localidade, por clusters, preços dinâmicos para equilibrar oferta e demanda, preços para incentivar o deslocamento da demanda para horários de menor movimento etc., são algumas das ferramentas de precificação disponíveis atualmente, que permitem às empresas atuarem mais proativamente na gestão da receita e da rentabilidade.

Desde 2018, temos estruturado muito projetos de anywhere channel com nossos clientes para atender esse anseio dos consumidores por uma jornada de consumo mais integrada, com uma experiência fluida, transparente e sem atritos. Apesar dos diferentes canais de vendas possuírem lógicas bem diferentes na construção da precificação, o consumidor não enxerga (e nem deveria) essas diferenças, ele realmente espera os mesmos preços nos diferentes canais, pois a relação dele é com a marca. Esta é uma das regras de negócios mais importantes a serem definidas na construção das jornadas, pois o e-commerce é usualmente um canal de vendas mais dinâmico e mais ágil do que os canais físicos. Recentes pesquisas em diversos países comprovaram que essa diferença de preços por canais é um dos itens que mais geram insatisfação no consumidor, gerando reclamações e um “boca-a-boca” negativo. A decisão de trabalhar com preços sugeridos “cheios” entre os canais na precificação original já é algo bastante praticado pelas empresas, porém isso cai por terra em campanhas promocionais de qualquer um dos canais. Em geral, as empresas têm optado por igualar os preços entre os canais quando há uma divergência apontada pelo consumidor, evitando assim possíveis insatisfações. Neste caso, o que precisa ser decidido é como fazer o acerto gerencial dessa diferença entre os canais, pois afeta metas de vendas, resultados, KPIs, impostos etc.

Certamente toda a inteligência de pricing existente não precisa ser abandonada, porém o anywhere channel provoca algumas reflexões importantes sobre as práticas e políticas de precificação a serem adotadas para cada empresa, tendo como prioridade a satisfação do consumidor, mas não esquecendo das implicações para o backoffice da empresa e para as operações das lojas.

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