Remadoras promovem 1ª edição do Travessia Rio-Paraty, evento em que mulheres irão percorrer 180 quilômetros a bordo de canoa polinésia e veleiro
Com apoio da Copra e da BR Marinas, evento
programado para 2 de fevereiro vai reunir 12 mulheres entre 38 e 60 anos para
percorrer distância entre Rio de Janeiro e Paraty a bordo de canoa polinésia e
veleiro com objetivo de evidenciar a força e o protagonismo da mulher no
esporte náutico
Grandes transformações começam com
grandes exemplos. Cientes da importância de se criar referências que inspirem
outras mulheres, um grupo de remadoras resolveu promover uma travessia para
reforçar a capacidade de realização feminina. A iniciativa, que conta com apoio
da Copra, empresa pioneira e referência na produção de Óleo de Coco Extravirgem
no Brasil, e da BR Marinas, maior rede de marinas do Brasil, vai reunir 12
mulheres a partir de 2 de fevereiro. Juntas, elas irão percorrer os 180
quilômetros que separam as cidades do Rio de Janeiro e Paraty a bordo de uma
canoa polinésia e de um veleiro, que oferecerá suporte para o revezamento das
participantes.
O projeto, intitulado Travessia
Rio-Paraty, é promovido pela VagaLume Va’a, associação de remadoras com sede na
Marina da Glória que desde 2015 busca criar oportunidades e estimular hábitos
saudáveis entre seus membros.
“A ideia por trás do evento é quebrar o
paradigma de que mulheres acima dos 40 não têm capacidade física ou não gostam
de vencer desafios. Reunimos um grupo de amantes do mar e praticantes da
canoagem, mas que não necessariamente são atletas profissionais, para tentar
mostrar que qualquer uma, independentemente da faixa etária, é capaz de grandes
realizações”, afirma Giselle Banjar, uma das fundadoras do projeto campeã Brasileira
e PanAmericana 2019 (longa distância), Estadual, Brasileira e Sul Americana
2018 e vice-campeã Brasileira 2020 na categoria M40 (longa distância).
Dentre as participantes estará Elisa
Mirow, praticante de vela desde a década de 1970, a atleta é uma das primeiras
mulheres a comandar uma tripulação em grandes competições nacionais como a
Regata Santos-Rio, uma das mais tradicionais e desafiadoras do país. Em meados
de 2021, Elisa conheceu a canoa polinésia e também se tornou uma das
entusiastas da modalidade entre o público feminino.
“O retorno nas mídias sociais é sempre
muito positivo e mostra a importância de se criar exemplos. Várias mulheres
contam que fizeram o curso de vela após me ver, com apenas 56 quilos e 1,65m,
comandar uma embarcação. Hoje, temos as bicampeãs olímpicas Martine Grael e a
Kahena Kunze, que são uma inspiração enorme para as meninas mais novas. Eu já
pego o nicho das mulheres maduras, não tiveram oportunidade antes, mas
descobrem que mesmo agora é possível ir atrás dos seus sonhos”, revela.
E foi justamente com esse objetivo de
inspirar que as organizadoras da travessia optaram por reunir pessoas que já
fazem a diferença em suas áreas e apoiam outras mulheres. Assim, o time
incluirá desde a medalhista olímpica Isabel Swan, bronze em Pequim 2008, até
médicas, ambientalistas e artistas.
“A partir do momento que você começa a
ter referências, passa a acreditar na possibilidade de fazer qualquer tipo de
coisa. Queremos mostrar o poder que o feminino tem, abrir caminhos e possibilitar
que outras mulheres se enxerguem dentro desse perfil e comecem a desenvolver
suas potencialidades e a dar força umas às outras para atingir grandes feitos”,
acrescenta Giselle.
Sobre a Travessia
Programada para uma janela entre os dias 2 e 10 de fevereiro, a depender das
condições climáticas, a Travessia Rio-Paraty unirá duas modalidades náuticas: a
vela oceânica e a canoa polinésia. As participantes, todas mulheres entre 38 e
60 anos, irão partir da Marina da Glória e percorrer 180 quilômetros até Paraty
em duas etapas, remando 100 deles no primeiro dia e os outros 80 no segundo. A
travessia será no formato de revezamento, com as participantes alternando entre
as embarcações ao longo da jornada.
Nenhum comentário