Tosa ideal, protetor solar e quantidade de água recomendada por dia: especialista explica as dúvidas mais recorrentes sobre os pets e o verão
Muitas famílias que possuem pets os levam
juntos para curtir as praias e outros destinos bastante populares durante esse
período como sítios e pousadas, porém, são necessários certos cuidados com os
mascotes para evitar acidentes ou mesmo lesões
Janeiro é
conhecido por ser o período em que as pessoas costumam viajar para aproveitar
as férias de verão. Muitas famílias que possuem pets os levam juntos para
curtir as praias e outros destinos bastante populares durante esse período como
sítios e pousadas. Porém, é necessário ter certos cuidados com os mascotes para
evitar acidentes ou mesmo lesões. “Assim
como nós temos de ficar atentos e tomar algumas precauções durante o verão, os
animais também necessitam de alguns cuidados”, explica a médica-veterinária
da Botupharma,
Bruna Fabro.
O primeiro tópico que surge em mente
quando falamos sobre a estação mais quente do ano é a hidratação. Assim como os
humanos, os pets também precisam ingerir uma quantidade significativa de água
durante o verão. E quem pensa que colocar um pote com água em um local
específico é o suficiente para mantê-los hidratados está enganado. “O ideal é espalhar diversos potes com
água pela casa, para facilitar o consumo e incentivá-los a tomar água com maior
frequência para se manterem hidratados durante os dias quentes”,
explica Bruna. Trocar a água, no mínimo, uma vez por dia e adicionar cubos de
gelo no pote deixa a água mais fresca para eles.
Já a quantidade de água recomendada por
dia pode variar de acordo com a espécie, idade e peso do animal. “Cães saudáveis devem beber em média 50
ml de água para cada kg de peso vivo ao longo do dia, o que seria em torno de
500 ml para um cão de 10 kg. Para os gatos, o ideal é ingerir cerca de 100 ml a
cada 2,5 kg, diariamente”, ressalta a médica-veterinária. Existem
alguns produtos que são capazes de manter a água fresca durante todo o dia,
como os bebedouros. Por mais que seja recomendado ingerir bastante água no
verão para se manter hidratado, não é todo tipo de água que os pets podem
tomar, como é o caso da água salgada do mar. “Os
cuidados na praia incluem evitar a ingestão de água salgada, pois altas
quantidades de cloreto de sódio – o sal de cozinha, presente na água do mar,
podem causar episódios de diarreia e vômitos e até intoxicações, se ingerida em
grande quantidade. No caso de viagens é indicado sempre levar um probiótico
para auxiliar a regular a flora intestinal dos pets. Se o seu pet gosta de
nadar, não se esqueça de dar um banho com água doce após os mergulhos para evitar
que a água salgada resseque a pele e os pelos e cause coceiras ou alergias”,
diz Bruna.
Mas não são só esses os únicos cuidados
que se devem ter ao levá-los à praia. Apesar dos cães serem ótimos nadadores, o
ideal é ficar sempre perto deles quando for entrar na água e usar uma coleira
peitoral ou até mesmo um colete próprio para cães a fim de garantir o máximo de
segurança. A regra de passar protetor solar também vale para os pets, porém, é
preciso usar produtos produzidos especificamente para eles. “É preciso ficar atento também se a areia
está muito quente para evitar queimaduras nas patas”, afirma a
médica-veterinária.
No caso de cães braquicefálicos como o
pug ou buldogue francês, o cuidado precisa ser redobrado, já que eles não
conseguem fazer uma termorregulação efetiva, que é a capacidade de controlar a
temperatura corporal média independentemente da temperatura ambiental. Se a
ideia for passear com o animal no asfalto, é necessário se atentar à
temperatura no momento do passeio, de preferência antes das nove da manhã ou
após às 18h. “A perda de calor
ou refrigeração do animal acontece durante a respiração, por isso, os
braquicefálicos por terem o focinho mais curto, têm maior dificuldade para
eliminar o excesso de calor e demandam mais cuidados. Diferente de nós humanos,
os cães não transpiram pela pele e perdem o calor principalmente pelos coxins-
as almofadinhas das patas e pela língua. O ideal é levar os pets para caminhar
em locais com árvores e gramas, para que eles possam fazer paradas e ficarem na
sombra, bem como evitar passeios muito longos sem períodos de descanso”,
pontua Bruna.
Outra dúvida comum nessa estação do ano
é a questão da tosa. Muitos acreditam que durante esse período é importante
cortar os pelos do cachorro com frequência para evitar que ele sinta muito
calor. Porém, é importante se atentar ao tipo de tosa indicado para a raça ou
tipo de pelo do seu pet, já que deixar a pelagem muito baixa na estação mais
quente do ano pode trazer alguns riscos. “A
ausência de pelos faz com que a pele fique muito exposta ao sol e isso pode
aumentar os riscos de queimaduras na pele, podendo favorecer o desenvolvimento
de tumores. O ideal é aparar a pelagem, pois também é um cuidado que promove
bem-estar aos pets, mas sempre respeitando as particularidades de cada cão ou
raça. Cães como Chow Chow e Husky Siberiano podem aparentar que sofrem por
conta da camada densa de pelos, mas eles lhes conferem proteção e a tosa pode
causar a alopecia pós-tosa, que é uma falha no crescimento ou até mesmo a ausência
do crescimento dos pelos, quando o folículo piloso é lesado”,
acrescenta a médica-veterinária.
Vale ressaltar também o cuidado com pets
caso precisem aguardar dentro do carro. “Nunca
os deixe sozinhos com o vidro fechado e procure estacionar apenas em vagas
cobertas e pelo menor tempo possível, para evitar acidentes”,
finaliza Bruna.
Sobre a Botupharma
A Botupharma foi fundada em 2005 a partir da união de médicos-veterinários com décadas de experiência em pesquisas científicas relacionadas à biotecnologia animal. Em seu corebusiness, estão pesquisadores renomados trabalhando para desenvolver produtos inovadores. Seu parque fabril atende aos mais rígidos padrões de produção mundia, garantindo alta qualidade e confiabilidade aos seus produtos.
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