Como evitar os golpes que oferecem dinheiro 'esquecido' em bancos
R$ 4 bilhões devem ser devolvidos para 26
milhões de brasileiros e 2 milhões de empresas. Especialista atenta para golpes
externos e explica como evitar.
Após o anúncio do Banco Central (BC)
sobre a possibilidade do resgate de dinheiro esquecido em instituições
financeiras, mais de 66 milhões de pessoas físicas e empresas já fizeram
consultas no sistema, segundo o próprio BC. A primeira fase da plataforma
abrange R$ 4 bilhões a serem devolvidos para 26 milhões de brasileiros e 2
milhões de empresas. Também foi levantado que 8 em cada 10 consultas, ou seja,
81%, não encontraram valores a receber. A consulta deve ser feita
exclusivamente pelo site https://valoresareceber.bcb.gov.br.
Para acessar, basta informar o CPF ou o CNPJ e a data de nascimento da pessoa
ou a de abertura da empresa.
Ainda que seja uma novidade positiva, é
preciso se atentar, pois criminosos se beneficiam da situação para aplicar
golpes. Neste caso, eles são feitos através da promessa de quantias altas,
aproveitando o interesse da população em receber um dinheiro que não eperava.
“Geralmente, o contato é feito por redes sociais, e-mails, mensagens ou
ligações para o celular”, conta Marco
Zanini, CEO da Dinamo Networks, especialista em segurança digital.
“É preciso lembrar que o Banco Central não envia links ou entra em contato
através dessas plataformas”.
O golpe mais recente está sendo feito
através do envio de mensagens com um link, que ocorre principalmente pelo
WhatsApp, informando que a pessoa tem dinheiro a receber. Ele direciona para um
site falso que oferece busca e resgate do dinheiro esquecido, com uma página
apresentando características similares ao original, que imita o sistema e
possui até mesmo o logo do Banco Central. Para realizar a consulta, é
necessário informar o nome completo e o CPF. O site pode mostrar ainda o
dinheiro que a vítima teria para receber, como valores entre R$ 1 mil e R$ 4
mil, e a promessa de saque instantâneo via Pix.
As informações pessoais preenchidas
durante as etapas passadas pelos criminosos são suficientes para serem
utilizadas em golpes financeiros. Segundo
Zanini, o problema também está no compartilhamento das
mensagens com sites falsos, frequentes no WhatsApp. “Os golpistas utilizam
palavras chamativas e incentivam as vítimas a compartilharem com outros
contatos para que tenham acesso ao benefício liberado. Isso faz com que mais
pessoas caiam no golpe e tenham os dados utilizados”, explica.
Entre as dicas do especialista para
evitar as ações criminosas, estão:
- Confira
antes se o endereço do site é verdadeiro.
- Evite
compartilhar dados pessoais em sites desconhecidos.
- Se
mantenha informado sobre os comunicados originais do Banco Central, onde
saiu por exemplo o site oficial de consulta que deve ser utilizado: https://valoresareceber.bcb.gov.br/
- Nunca
clique em links suspeitos de e-mails ou mensagens em redes sociais, mesmo
que compartilhado por amigos ou familiares.
- Não utilize o Pix constantemente. Opte por formas mais seguras de pagamentos fora dos Apps oficiais.
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