Cuidados do berço aos passeios: médico dá dicas de proteção para manter a saúde das crianças em dia
Com medidas simples no dia a dia, é possível
manter os pequenos protegidos de diversos insetos, vírus e bactérias que podem
afetar a saúde
Criar uma rotina de proteção contra
insetos, vírus e bactérias que podem afetar a saúde é importante para todos,
principalmente para as crianças, já que elas ainda estão desenvolvendo seu
sistema de defesa e acabam ficando mais vulneráveis a esses inimigos. É o que
afirma o médico Marcelo Otsuka, coordenador do Comitê de Infectologia
Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia.
“Medidas simples podem ajudar no cuidado
com a saúde dos pequenos, não apenas em momentos de surtos, mas durante todo o
ano. Alguns exemplos de doenças causadas por bactérias que podem trazer risco
de contaminação são as diarreias bacterianas e virais. Esses germes podem estar
presentes em objetos que são colocados na boca pelos bebês, quando os dentinhos
estão apontando, e crianças, já que gostam de explorar os ambientes e acabam
colocando as mãos na boca após encostá-las no chão ou apoiá-las em bancadas”,
alerta Otsuka.
Segundo o médico, a limpeza de bancadas,
pisos e demais superfícies por onde as crianças costumam brincar pode ser com
água e sabão, enquanto a desinfecção deve ser feita com produtos específicos
que eliminam cerca de 99,9% dos vírus e bactérias. “A recomendação é que esse
tipo de limpeza seja realizado duas vezes por semana. É fundamental esperar o
produto secar completamente antes de a criança ter contato novamente com o
local e mantê-la em local afastado durante a aplicação”.
Diferentes microrganismos podem se “esconder”
nos mais variados locais dentro de uma casa e, por isso, é importante tomar
alguns cuidados no quarto das crianças para evitar que agentes infecciosos
vivam e se proliferem dentro desse ambiente. “Por exemplo, o rotavírus, que
causa diarreia aguda, pode permanecer intacto em superfícies, como berços, por
um período de até 25 dias, assim como outros vírus respiratórios”, alerta o
médico Marcelo Otsuka que recomenda o uso de desinfetante spray para limpar
cortinas, armários e até tapetes, como aqueles em EVA, comuns nos cômodos onde
a criança costuma brincar no chão. Berços e trocadores dos bebês também
precisam ser limpos diariamente com água, sabão ou detergente e desinfetados
pelo menos uma vez por semana.
Em diferentes mercados e farmácias,
consumidores encontram opções de desinfetante prático e fácil de usar, como os
da marca Lysoform, disponível em formatos líquido, lenços desinfetantes e
aerossol. De acordo com o site da marca, que pertence ao portfólio da SC
Johnson, os produtos são ideais para limpar e desinfetar diversas superfícies.
Outro ponto de atenção para os pais e
responsáveis é em relação ao uso de tênis, sapatilhas de balé e chuteiras, que
podem ser foco de proliferação de fungos causadores de micoses, como a frieira,
e de algumas bactérias que dão aquele cheirinho desagradável, o famoso chulé. O
infectologista explica que o motivo é referente à umidade produzida pelo suor e
calor liberado devido aos exercícios físicos, criando um ambiente ideal para
esses microrganismos. “Dessa forma, é importante limpar e desinfetar o interior
de todos os calçados fechados, e até mesmo os capacetes, pelo menos uma vez por
semana”, salienta Otsuka.
Segundo a SBI, o cuidado com os bebês
também pode incluir o uso de repelentes a partir dos 3 meses de vida. Buscar
produtos à base de Icaridina, que duram por até 6h e protegem contra as doenças
que podem ser transmitidas por insetos é uma das recomendações. Após completar
seis meses, os responsáveis já poderão usar em seus filhos produtos que
protegem por até 10h.
“O importante e recomendado pelas marcas
e nossa comunidade médica é que os pais sempre leiam as instruções de uso
contida nos rótulos dos produtos, especialmente no caso dos repelentes, pois
somente adultos devem manuseá-los. O correto é aplicar o produto nas próprias
mãos antes de passá-lo em uma criança. Além disso, é importante não aplicar os
repelentes em ambientes muito fechados nem passar em excesso. O uso exagerado
não proporciona uma proteção melhor ou com maior duração”, explica o infectologista.
Dentre as marcas recomendadas por
médicos, Exposis conta com diferentes formatos que oferecem proteção de até
10h, com exceção de Exposis Infantil Lenço Umedecido e Exposis Aerossol – que
protegem por 9h – e Exposis Bebê, que protege por até 6h. A marca é
dermatologicamente testada e, quando usado corretamente na pele, ajuda a evitar
picadas do Aedes aegypti, pernilongos e mosquitos.
Quando as crianças estão ao ar livre, viajando com suas famílias, explorando parques, indo para a escola, brincando no play do prédio ou indo visitar amigos, pais e mães também devem ficar atentos ao uso de repelentes nos pequenos, uma vez que o mosquito Aedes aegypti que pode causar doenças como a dengue, Zika e chikungunya, costuma picar ativamente durante o dia, principalmente no início da manhã e no final da tarde. Já o mosquito Culex, que a maioria conhece pelo nome de pernilongo, tem hábitos noturnos. “Dessa forma, a atenção deve ser em todos os períodos. Outra recomendação é evitar usar roupas escuras e agarradas ao corpo das crianças, pois facilitam que elas sejam mais picadas”, acrescenta Otsuka.
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