Em cinco anos, quem não se digitalizar, vai deixar de existir
por Antonio Wrobleski*
Antonio Wrobleski da Pathfind.
Divulgação.
Foi-se o tempo em que as empresas podiam
simplesmente se manter fora do universo digital. Em “O futuro é mais rápido do
que você pensa”, Peter Diamandis e Steven Kotler abordam a importância da
convergência tecnológica e como ela está transformando a economia, as empresas
e consequentemente as nossas vidas. Segundo as previsões dos autores, nos
próximos dez anos, nós vamos presenciar mais inovações do que as que pudemos
ver no último século, graças à crescente interligação entre tecnologia e
serviços.
A pandemia acelerou o processo de
digitalização e, para se ter ideia, no Brasil, as vendas online passaram a
representar 21,2% do faturamento do comércio varejista em 2021, ante os 9,2% de
antes da crise sanitária, segundo dados da Sondagem do Comércio, feita pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV). Diamandis e Kotler acreditam que, em cinco anos,
a empresa que não partir para o universo digital tende a deixar de existir. Em
outras palavras, é possível afirmar que, em pouco tempo, a digitalização será
uma questão de sobrevivência.
Isso acontece porque, cada vez mais, as
decisões precisam ser tomadas com base no maior número de dados possível e não
dá para fazer isso sem se digitalizar. A experiência de compra e principalmente
a segurança e a comodidade de consumir produtos ou contratar serviços sem sair
de casa vêm determinando como as coisas devem funcionar daqui para a frente.
Além de conforto e segurança, a transformação digital promove redução de custos
e facilita o controle da gestão. E é impossível melhorar os processos atuando
com base em planilhas de Excel.
O fato é que a transformação digital é
um caminho sem volta. Considerando que a tecnologia está cada vez mais presente
no nosso dia a dia, transporte, varejo, educação, saúde, alimentação, setor
imobiliário e entretenimento, por exemplo, são algumas das áreas que já estão
se adaptando e devem continuar evoluindo nos próximos anos. A grande vantagem
da digitalização é a eliminação de intermediários e isso significa benefícios
para o consumidor, que passa a ter total controle sobre suas decisões de
compra. Já para as empresas, entregar rapidamente e com qualidade é
indispensável na conquista de novos clientes.
Encontrar e implementar soluções
inteligentes com o objetivo de melhorar a experiência do consumidor final,
portanto, são o caminho para as empresas que querem continuar no mercado. Quem
não se adaptar a isso, vai ficar para trás. O futuro chegou mais rapidamente
graças à Covid-19 e não há como retroceder. A mudança é progressiva e, por
aqui, ainda temos um longo caminho a percorrer. No entanto, quem quer se
consolidar precisa começar a planejar desde já para que, em alguns anos, o
digital seja uma realidade sólida.
*Antonio Wrobleski - Engenheiro com MBA na NYU (New York
University), presidente do Conselho de Administração da Pathfind, conselheiro
na BBM Logística e e sócio da Awro Logística e Participações. LinkedIn.
Sobre a Pathfind
A Pathfind é uma empresa brasileira de software para a cadeia logística com especialização em ferramentas de roteirização e otimização inteligente de distribuição de cargas. A demanda por mais inteligência na distribuição de cargas com o aquecimento do e-commerce impulsionou os negócios da Pathfind, que oferece tecnologia para otimização dinâmica das rotas. Desde março, a carteira de clientes cresceu 40% acima do esperado e a previsão de crescimento para 2020 feita em janeiro, dobrou. Atualmente, a empresa atende a mais de 400 clientes, entre eles FedEx, DHL, Vototantim Cimentos, Nestlé e Heineken.
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