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Vacinação em crianças é o novo alvo da imunização contra a covid-19 no país. Saiba os motivos.

Divulgação FSFX

Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI-Covid) aponta que as crianças são hoje um grupo importante para ações de imunização no Brasil devido ao avanço das novas variantes

 

A vacinação contra a covid-19 tem sido apontada como uma das principais armas na luta contra a pandemia em todo o mundo. Muitos países, incluindo o Brasil, estão em ritmo crescente de transmissões devido a variante ômicron e a subvariante BA.2. O início da imunização em crianças tem gerado dúvidas em pais e responsáveis. Mas, um ponto deve ser enfatizado: as vacinas para o público infantil são seguras e recomendadas por especialistas.

 

No Brasil, a Anvisa, órgão de Vigilância Sanitária, aprovou o uso da vacina infantil da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos e da Coronavac, na faixa de 6 a 17 anos. A aprovação é feita após criteriosa análise técnica de dados e estudos clínicos para garantir a segurança e a eficácia almejada. Como as crianças são um grupo importante para ações de imunização no Brasil devido às novas variantes, segundo a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI-Covid), a imunização torna-se ainda mais essencial para a proteção dos pequenos.

 

A médica pediátrica Adriana dos Santos Ribeiro Leite, do Hospital de Cubatão, administrado pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX), comenta sobre a maior transmissibilidade das novas variantes e o risco para as crianças e suas famílias.  “As novas cepas do coronavírus, como a ômicron, contaminam muito mais rápido. Todos estão suscetíveis à infecção, incluindo as crianças, as quais também podem transmitir. Por isso, é fundamental a vacinação nesse público, a fim de proteger a família e os amigos”, reforça.

 

A pediatra do Hospital Márcio Cunha, também administrado pela FSFX, Jaciani Ribeiro Paim, endossa a importância dos pais ou responsáveis vacinarem os pequenos. “A baixa adesão da imunização em crianças é muito preocupante. Acreditamos que as notícias falsas espalhadas pela internet sobre a eficácia da vacina e possíveis reações adversas são os grandes desafios. Não podemos permitir que a desinformação gere desconfiança. A vacina é segura”, ressalta.

 

Além de se infectarem com a doença, as crianças também podem desenvolver a Síndrome Inflamatória Multissistêmica. Essa Síndrome é uma reação inflamatória grave e sistêmica que acomete crianças e está associada ao novo coronavírus. A doença causa inflamação dos vasos sanguíneos de alguns órgãos como coração, pele, pulmões, rins ou cérebro, resultando em sintomas como dificuldade para respirar, conjuntivite, diarreia, dor abdominal, manchas na pele e febre. Sem contar com o risco de óbito.

 

Segurança das vacinas

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) afirma que “a vacinação é uma alternativa real de controle e prevenção destes desfechos da doença e está ao alcance dos responsáveis pelas políticas públicas de saúde do nosso país. A vacina associou-se à elevada eficácia na prevenção da covid-19, não só nos estudos clínicos controlados, como também em experiências do mundo real, com efetividade contra a doença e hospitalizações demonstrada em adolescentes”.

 

Em alguns casos, a vacina pode ter efeitos colaterais, como febre, dor no braço e dor no corpo. A pediatria Adriana explica que esses efeitos são esperados, tanto em crianças como em adultos.

 

“Quanto mais pessoas se vacinarem, melhor. A imunização tende a enfraquecer o vírus. Mas é preciso que todos façam a sua parte. Busquem informações confiáveis e continuem com os hábitos de prevenção e distanciamento social. Assim, vamos proteger as nossas crianças e vencer esse vírus”, conclui.

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