DPU manifesta preocupação com situação humanitária de refugiados ucranianos
Em nota, Defensoria defende soberania da
Ucrânia
Alinhada com o posicionamento do Estado brasileiro na sessão
extraordinária da Organização das Nações Unidas (ONU), a Defensoria Pública da
União (DPU) aponta a ilegalidade da invasão russa ao território soberano da
Ucrânia. Em nota publicada na sexta-feira (4), a DPU destacou sua preocupação e
atuação para atenuar a grave situação humanitária de refugiados ucranianos.
O documento aponta que a ação militar russa é uma violação
aos Princípios do Direito Internacional Público. Entre os fundamentos que não
estão sendo seguidos estão o da soberania, da independência das nações, da
autodeterminação dos povos, da solução pacífica de conflitos, da proibição de
uso de armas, e da violação ao direito humanitário em guerras consubstanciado
nas quatro Convenções de Genebra.
O defensor nacional de Direitos Humanos da DPU, André
Porciúncula, destaca que a possível prática de crimes de guerra demanda um
efetivo monitoramento internacional. “Nesse contexto, a DPU luta pelos direitos
humanos e rechaça o uso inapropriado de armas de destruição generalizada e o
ataque aos civis”, disse. O defensor também chama atenção para a grave crise
humanitária vivenciada no Leste Europeu, como consequência dos ataques
militares.
Em 2 de março, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma
resolução contra a invasão da Ucrânia pela Rússia. O Brasil e outros 140 países
votaram a favor do texto. Apesar de a resolução não ter força de lei, funciona
como uma recomendação da ONU e revela como a comunidade internacional vê a
invasão.
Desde o início da guerra, em fevereiro, a DPU adota medidas
administrativas para requerer a repatriação dos brasileiros em situação de
vulnerabilidade no exterior. Para isso, disponibiliza um formulário
em que o requerente autoriza a Defensoria Pública da União a utilizar seus
dados para pleitear, perante o governo brasileiro, o seu retorno para o Brasil.
A DPU também atua para viabilizar vistos humanitários.
A nota técnica foi encaminhada aos presidentes da Câmara dos
Deputados; do Senado Federal; da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da
Câmara dos Deputados; à Missão Permanente do Brasil na ONU; e para os
Ministérios das Relações Exteriores e da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Leia
a integra da nota publicada.
Nenhum comentário