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Leitura Infantil: a importância de contar histórias para crianças



 Todo pai de família ou responsável sabe que não é nada fácil educar uma criança, pois mesmo que você pague uma escola de período integral, faltará muita coisa ainda. Aí é que surge a literatura infantil no horizonte, como algo bem diferenciado.


Ou seja, mesmo terceirizando a educação básica, que cuidará da alfabetização do seu filho ou filha, ainda restarão questões fundamentais para o desenvolvimento completo da criança enquanto ser humano cheio de potencialidades.

Em termos de filosofia pedagógica, podemos dizer que há muitas faculdades ou virtudes que estão em potência no ser humano infantil. 

O esforço de uma educação completa consiste em transformar essas potências em atos, fazendo com que se cumpram.

Para dar um exemplo, seria como dizer que uma pequena firma de adesivo vitrine personalizado contém em si mesma a possibilidade (potência) de se tornar uma líder de mercado. Cabe aos donos realizarem isso, transformando em ato.

No caso da criança, podemos falar em uma educação curricular, que alfabetiza nas letras e nos números. 

Mas, isso não pode se limitar ao que se convencionou chamar de “educação conteudista”, que fica apenas na superfície ou na decoreba.

É preciso que haja uma compreensão mais holística na relação com os vários saberes que podem compor um currículo escolar infantil. 

Além do mais, em cima dessa educação das letras e dos números, é preciso considerar outras faculdades.

Basicamente, se a alfabetização básica se comunica com o cérebro ou com a razão, é preciso lembrar que também há questões emocionais e de memória a serem levadas em conta. É o que verificamos se pensamos em uma fábula, por exemplo.

Por isso, as fábulas são um gênero literário que resistiu ao tempo. Há registros de que ela já existia no Egito Antigo, tendo passado pelo famoso Esopo, na Grécia Antiga, e pelos mais recentes Irmãos Grimm, La Fontaine e outros, do século XVII para cá.

Esse estilo faz tanto sucesso, que é possível encontrá-lo no catálogo de várias livrarias presenciais ou digitais ou mesmo por meio de serviços como impressão de livros sob demanda, para compra coletiva de escolinhas e afins.

O que as fábulas fazem, literalmente, é impactar não apenas a razão da criança, mas também a afetividade, a memória, o imaginário e as demais faculdades que são fundamentais para compor uma caráter maduro.

A própria estruturação da fábula ou de qualquer outra história permite isso. Primeiro que o enredo força a imaginação e ativa a memória, pois a criança tende a comparar o que acontece na história com sua própria experiência de vida, por menor que seja.

Depois, os personagens reforçam isso na memória e já apontam também para a afetividade, já que eles podem gerar empatia ou repulsa, a depender se são heróis ou vilões. Tudo de modo a caminharmos para a famosa moral da história.

É nela que se concentra a ativação da memória, fechando com chave de ouro. De fato, muitos de nós ainda podemos nos lembrar do desfecho de histórias infantis que ouvimos quando éramos crianças, simplesmente porque eram encantadores.

Hoje ainda há recursos digitais e visuais, que podem ir desde uma musiquinha ou um desenho animado para reforçar a história, até algo como um banner infantil personalizado aplicado na escola, para o aluno que se destacar na leitura e nas lições.

Mas, em meio a tudo isso, também gostaríamos de lembrar que há um modo ainda mais diferenciado e memorável de fazer a leitura infantil. 

É o dos pais ou responsáveis reforçarem isso em casa, o que traz ainda mais vantagens psicológicas e pedagógicas.

No caso, se uma fábula ou qualquer outra história adequada para crianças já pode surtir seu efeito naturalmente, seja ao ser lida pelo professor ou pelos colegas, quando os pais entram na fórmula surgem outras possibilidades bem interessantes.

Basicamente, a presença do pai, da mãe ou do responsável torna o momento mais especial e acaba reforçando tanto a afetividade quanto a memória da criança. 

O que cria situações marcantes na lembrança e reforçam a formação da personalidade e do caráter.

Por isso, é que deliberamos sobre construir este texto especialmente voltado para a leitura infantil e sua importância de ser aplicada na vida das crianças em ambiente familiar, seja uma vez por semana ou mais vezes, se possível.

Até porque, como já referido, hoje há algumas facilidades que propiciam isso, como poder comprar o livro pela loja virtual e ficar esperando. 

Portanto, basta contar com uma mesa de plástico com cadeiras ou apenas com o sofá, e pôr a mão na massa.

Com o tempo, os pais vão se lembrando de experiências que eles mesmos possam ter tido com seus responsáveis, criando vínculos familiares mais fortes e favorecendo a formação do imaginário e do ideário daquela criança em específico.

O que seria a leitura infantil?

Acima demos o exemplo das fábulas, que é provavelmente o maior quando o assunto é literatura infantil, mas há também muitos outros que merecem destaque.

Um passo fundamental aqui é começar definindo a questão da faixa etária. A alfabetização da criança costuma começar entre os 5 e 6 anos de idade, mas isso não quer dizer que ela já pode sair lendo qualquer livro sozinha.

Pelo contrário, até o domínio de frases mais longas e parágrafos maiores, que são o que em geral compõem um livro, ela vai precisar de uma média de dois a três anos de relação com aquela linguagem, tanto no uso oral quanto escrito.

Portanto, é plausível que os pais leiam histórias para seus filhos até uma idade de 7 ou 8 anos de idade. 

Lembrando que não há limite de idade daí para trás, uma vez que até para bebês é possível fazer leituras, especialmente com recursos audiovisuais.

Tanto que a psicoterapia infantil já comprovou os efeitos que isso pode ter no futuro, sobretudo, nas fases de alfabetização. 

Isso ocorre porque ao ler nós falamos de modo mais claro e pausado, o que ajuda a criança a identificar melhor a linguagem usada.

Outro modo de definir a literatura infantil é por meio dos vários gêneros existentes, o que também pode ser explorado conforme o gosto da criança. 

Os principais são:

  • Ficção policial;

  • Fantasia;

  • Ficção científica;

  • Fábulas;

  • Ação e aventura;

  • Ficção histórica;

  • Suspense.

Enfim, são diversos gêneros ou formatos de histórias infantis. O que pode ajudar e muito o pai na hora de criar conexão com o filho, a depender do que ele acabar gostando mais.

O importante mesmo é que haja esse hábito e que aos poucos os dois lados vão se conhecendo mais, um entendendo o que o outro prefere e como prefere.

A importância dela

Até aqui já ficou claro que a literatura infantil tem diversas razões para ser importante, mas é preciso frisar algumas e explicá-las melhor, sem dúvida.

Uma das principais é a cognitiva, pois a literatura em geral tem esse poder de literalmente transformar nosso cérebro. 

O que se pode dizer é que a linguagem está no gene humano, de modo que toda criança começa a falar, quando ouve adultos fazendo isso.

Mas, a leitura não está em nosso gene necessariamente, de modo que o cérebro se esforça para criar conexões novas para a leitura, as quais antes não existiam.

Imagine que o cérebro tem várias partes distintas, como se fossem gaveteiros de escritório. Nesse sentido, a literatura tem o poder de ativar várias gavetinhas ou regiões ao mesmo tempo, fortalecendo o desenvolvimento cognitivo da criança.

Além disso, conhecer outros personagens é algo que ativa nossa empatia, pois nos ajuda a nos colocarmos no lugar do outro, seja ele uma irmãozinho, um amiguinho ou qualquer outro ser humano.

É um entretenimento?

Outro ponto fundamental é lembrar que uma aula ou um material não precisa ser chato para ser pedagógico, já que todo aprendizado deveria ser lúdico.

Portanto, ver a literatura e a leitura infantil feita em casa como um entretenimento é algo que também ajuda nesse processo todo.

Mesmo na escola, em que há uma burocracia necessária, como ao colocar crachá de identificação infantil no aluno e dar um número de chamada para ele, o entretenimento e o aspecto lúdico podem estar presentes, só depende do professor.

Em casa é possível lançar mão de recursos audiovisuais ou mesmo esforços simples como modulação da voz, para imitar um personagem icônico. 

Sem falar no vestuário, que pode acompanhar parte da história, tornando tudo muito mais incrível. Isso quer dizer que vestir-se de pirata ou de fada pode agregar e muito.

As dicas mais práticas

Além da importância, dos motivos e das vantagens, gostaríamos de dar algumas dicas práticas a mais, para que a leitura infantil se torne um hábito.

Para começar, é preciso ter um horário muito bem definido, que pode ser antes de dormir. 

Outro é o do audiovisual, que já falamos, então se preciso procure um conserto de computadores para poder usar o seu e tornar a leitura mais completa.

Por fim, lembre-se de deixar seu filho participar da própria leitura às vezes. Ele pode ser um personagem que fala menos, caso ainda esteja engatinhando na leitura.

Considerações finais

Sendo assim, a importância de contar histórias para crianças é tão grande que quase não podemos defini-la, pois passa por questões cognitivas, afetivas, de memória e muito mais.

Acima ficou claro por que isso é assim, bem como as dicas e conselhos práticos que podem ajudar qualquer um a entrar nesse universo e tirar dele os melhores benefícios.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.


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