Mais de 4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram roubados ou furtados em 2021
Pelo terceiro ano seguido o volume de cabos roubados passa de 4 milhões de metros. Ações criminosas deixaram mais de 6 milhões de clientes sem serviço no ano passado.
Brasília, 29/03/22 – Durante o ano de 2021 foram furtados ou
roubados 4,12 milhões de metros de cabos de telecomunicações. Essa quantidade,
por mais um ano, seria suficiente para cobrir a distância entre o Oiapoque, no
extremo norte do Brasil, até Chuí, no extremo sul. As ações criminosas deixaram
mais de 6 milhões de clientes sem acesso a serviços de comunicação e, com isso,
privados de contato com serviços essenciais como polícia, bombeiros e
emergência médica.
São Paulo segue sendo o estado que mais sofre com o roubo e furto de cabos de
telecomunicações. Durante o ano passado foram furtados 1,081milhão de metros.
Em segundo lugar ficou o estado do Paraná, com 608,5 mil metros de cabos
furtados ou roubados, seguido pelo Rio de Janeiro, com 504,1 mil metros. No Rio
Grande do Sul, estado que ocupou a quarta posição, a quantidade de cabos
furtados aumentou 75% em 2021 na comparação com 2020, passando de 187.676
metros para 328.959 metros.
Ao longo de todo o ano de 2021, principalmente no segundo semestre, o setor
intensificou o diálogo com autoridades federais, estaduais e municipais para a
promoção de ações de combate ao furto, roubo e vandalismo de cabos e
equipamentos. Como reflexo dessas ações, em 2021, foi registrado um volume de
cabos roubados 11% menor que o registrado em 2020, quando foram furtados ou
roubados 4,6 milhões de metros
O furto, o roubo e a receptação de cabos e equipamentos causam prejuízo direto
para os consumidores, que ficam sem acesso a serviços que se mostraram
essenciais durante a pandemia, e para as empresas, que precisam repor esses
equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade
pública como polícia, bombeiros e emergências médicas.
O setor de telecomunicações tem defendido uma ação coordenada de segurança
pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal
quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei que aumentem
as penas desses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas.
O setor também defende a punição de empresas que compram equipamentos furtados
ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as operadoras quando o
serviço é interrompido em decorrência do crime.
No final do ano passado, o setor divulgou uma Carta Aberta à Sociedade
alertando para o impacto dessas ações criminosas, que se soma a um outro
problema ainda mais delicado, que é o bloqueio de acesso das equipes das
prestadoras para a manutenção de seus equipamentos, usados para a prestação do
serviço.
As operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e impedidas de dar a manutenção
necessária à prestação do serviço, assim como para a eventual substituição dos
itens roubados. Já os consumidores ficam reféns, privados dos serviços ou
obrigados a contratá-los de empresas ilegais, controladas pelo crime
organizado, sem quaisquer direitos, garantias e sujeitos a preços abusivos.
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