Metaverso como ferramenta de vendas
*Almir Neves
As tecnologias e
inovações focadas em vendas estão em constante mutação nos últimos anos. Agora,
a novidade é o Metaverso, ambiente virtual que pretende levar as pessoas a uma
imersão na realidade virtual, podendo, inclusive, experimentar e comprar
produtos e serviços tanto virtuais como físicos.
Embora ainda esteja
engatinhando no Brasil, em outros países grandes marcas já fazem investimentos
vultosos no Metaverso. Em novembro, um terreno virtual da Decentraland (Mana)
no metaverso virou o mais valioso de todos os tempos depois de ser vendido por
618.000 Mana, um valor que equivale a cerca de US$ 2,4 milhões (cerca 13
milhões de reais), para a companhia Tokens.com.
O McDonald’s apresentou
10 pedidos de marcas registradas ao Escritório de Patentes e Marcas Registradas
dos EUA para a criação de um restaurante virtual no metaverso que entregará
comida on-line e
pessoalmente para os clientes.
Embora haja uma
expectativa e um movimento grande em torno do Metaverso, este é um conceito que
já existe faz tempo, iniciado pelo Second Life, jogo de simulação em 3D lançado
pela Linden Lab para PC em 2003. Sem missões ou pontuação, sua ideia era apenas
levar jogadores a uma nova vida, sem limites para a criatividade.
A diferença desse e
outros jogos de imersão, como Counter Strike, em que o jogador pode comprar uma
arma diferente ou um poder a mais para o seu avatar, o Metaverso tem grandes
corporações como Microsoft e META, proprietária do Facebook, Instagram e
WhatsApp, investindo pesado nessa plataforma. O próprio Second Life deve ganhar
sobrevida com o Metaverso.
Por ser um ambiente em
que tudo é virtual, inclusive o dinheiro, é recomendado alguns cuidados para
quem deseja empreender e vender no Metaverso.
As moedas digitais,
conhecidas como criptomoedas são os canais de pagamento dentro do metaverso e a
forma de se identificar os itens adquiridos é através dos tokens únicos como os
NFT (non-fungible token),
um identificador que representa a escritura de uma mídia digital qualquer. Ao
contrário de outras moedas como o dólar, real ou euro, o token não pode ser copiado
ou dividido em partes menores, nem pode ser substituído por outro de igual
valor ou espécie, o que o torna “não-fungível”.
Para garantir que os
registros de propriedade estejam sempre corretos e atualizados, eles são
armazenados em milhares de computadores em todo o mundo, no chamado blockchain, impedindo que a
propriedade do ativo seja falsificada.
Eu mesmo já fiz uma
experiência e coloquei algumas fotos minhas para venda como NFT. Tem gente, por
exemplo, ganhando bastante dinheiro vendendo design
como NFT, além dos exemplos de vendas de terrenos que citei anteriormente.
Empresas que estão
avaliando tendências de vendas, acompanhando a evolução do mercado, devem
considerar fortemente a possibilidade de vender seus produtos e serviços no
Metaverso, pois muita gente mundo afora já está faturando alto nessa
plataforma.
*Almir Neves é fundador da hubkn,
empreendedor serial e nos últimos sete anos criou e participou do crescimento
de cinco startups.
Especialista em Negociação pelo PON (Program
on Negotiation) da Universidade de Harvard, tem MBA em Gestão de
Empresas pela FGV e especialização em Finanças pela FAE.
Sobre a hubkn
A hubkn faz parte do avanço tecnológico contribuindo para melhorar o dia a dia dos profissionais de vendas, fazendo com que eles se mantenham criativos e tenham as informações necessárias para executar seu trabalho, de forma que acelere o processo de vendas por meio de Inteligência Artificial, o Jordan.
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