Mulheres da porteira para dentro e de dentro para fora. Em todos os lugares do agro
*Por Daniela Dansieri de Almeida Prado, membro do Conselho de Administração da Coimma.
O agronegócio sempre
foi um ambiente representado majoritariamente pelos homens. Mas, mesmo com
lenta evolução, cada vez mais as mulheres têm conquistado espaços no setor e na
sociedade, aumentando o nível de competitividade no mercado de trabalho como um
todo. A cada ano que se passa, não apenas temos mais mulheres como temos mais
qualidade em mão-de-obra, pois é exatamente isso o que oferecemos.
A participação feminina
no agro ainda é pequena, contudo, gradativamente tem crescido – atualmente,
representamos cerca de 28% dos profissionais da área, com crescimento de 4
pontos percentuais desde 2004, segundo o Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (CEPEA), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz,
ligada à Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Essa mesma proporção é relatada
na 8ª Pesquisa Hábitos do Produtor Rural, da Associação Brasileira de Marketing
Rural e Agronegócio. Nesta pesquisa, 94% dos produtores rurais consultados
(mais de 3 mil, de 15 estados) colocam a presença da mulher nos negócios como
essencial.
Capacitadas,
demonstramos a força feminina, contradizendo a ultrapassada ideia de que somos
o sexo frágil. Movimentamos o país, cooperando com a evolução do setor
produtivo, que representa mais de ¼ do Produto Interno Bruto (PIB) nacional,
movimentando quase R$ 2 trilhões, exportando mais de R$ 500 bilhões e mantendo
o Brasil como uma das maiores potências econômicas do mundo, mesmo em tempos de
grandes desafios.
Podemos atrelar a crescente
participação feminina no agro a alguns fatores, como a necessidade de
administração mais detalhada, característica presente nas mulheres. A presença
feminina no agro traz consigo visões de negócio inovadoras. Dessa forma, o agro
pode se reconfigurar e passar por uma reestruturação geral, ganhando, como
consequência, desenvolvimento ainda mais rápido deste setor vital para nossa
economia.
É importante esclarecer
que não há intenção de disputa, porém, sim, busca de iguais oportunidades para
nós, não apenas por sermos mulheres, mas por sermos capacitadas. Assim, podemos
compartilhar experiências e, o mais importante, agregar valor, não só para o
agro, mas para a evolução da sociedade como um todo.
Há evidências dos
pontos positivos da crescente participação da mulher no agro. Geralmente, as
mulheres costumam ter alto nível de capacitação e, mesmo assim, recebem menos
para realizar as mesmas atividades e ocupar as mesmas funções e
responsabilidades. Dia após dia, essa situação tem mudado. Com isso, temos tendência
crescente de evoluir enquanto sociedade.
Com a maior inclusão no
agro, a adoção de novas tecnologias também aumenta. Fator vital para a
consequente evolução na eficiência das atividades, levando à maior
produtividade. Com o apoio da educação, profissionais femininas estão sempre
atualizadas e cooperam para a quebra do processo de trabalho tradicional,
realizado de forma mais braçal, algo que não cabe mais, dada a oferta
tecnológica disponível.
A ligação de melhores
resultados com a crescente presença feminina no agronegócio nos faz entender,
de uma vez por todas, que o lugar da mulher é onde ela quiser e onde ela for
capacitada para estar. Devemos abrir nossas cabeças e entender que a inclusão
deve ser um mantra em todos os setores. Só assim alcançaremos um Brasil cada
vez mais fortalecido e consciente.
Tenho orgulho de fazer parte da Coimma, líder no mercado de troncos e balanças para pecuária. Trata-se de uma empresa que tem o entendimento da importância de suas mulheres e que valoriza todas elas. Isso nos faz vestir a camisa com orgulho e lutar pelo melhor, utilizando todo o nosso potencial para a evolução não só da empresa, mas também do agronegócio, desenvolvendo insumos que cooperam com diversas atividades e o consequente resultado econômico das fazendas.
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