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O que as empresas podem aprender com a eliminação do PSG?

Especialista afirma que a falta de liderança é prejudicial mesmo em uma equipe repleta de estrelas

A eliminação do Paris Saint-Germain para o Real Madrid na Champions League trouxe mais uma vez às mesas de debate o porquê de um time que recebe tanto investimento e tem estrelas como o trio Messi, Neymar e Mbappé não conseguir vencer a principal competição europeia de futebol.

Ego dos jogadores, tamanho da tradição do adversário, diversos são os motivos discutidos entre jornalistas e torcedores para explicar o fracasso do time francês. Mas, segundo o especialista em gestão empresarial e recuperação de empresas e CEO da BeYou Education, Ricardo Souza, o ponto principal que pode explicar o baixo desempenho do PSG e que acontece também em diversas companhias é mais simples do que aparenta: falta de liderança. “Somente ter dinheiro e trazer as melhores pessoas não é garantia de sucesso nem no futebol, nem no meio corporativo. O Real Madrid eliminou o PSG mesmo com uma folha salarial mais baixa e são muitas as empresas que quebram em seu melhor momento, com recursos em caixa”, afirma.

Souza diz que é muito importante ter estrelas tanto em uma equipe de futebol como em uma empresa e saber valorizá-las. Mas o melhor jogador, o melhor vendedor, marqueteiro, operacional ou qualquer outro colaborador, não vai executar o seu máximo se não tiver uma liderança de respeito, que o inspire. “Michael Jordan, o maior jogador de basquete da história, cita em seu documentário ‘Arremesso Final’ a importância que o treinador Phil Jackson teve para que ele e o Chicago Bulls pudessem ser seis vezes campeões da NBA. É uma situação clara de como um líder conseguiu ganhar o respeito e admiração da estrela do time. Antes de Jackson, Jordan já era um dos maiores talentos da história da liga, mas era criticado exatamente por não ganhar títulos”, exemplifica o especialista.


PSG não se classificou na Champions mesmo com estrelas
como Neymar, Messi e Mbappé (Foto: Reprodução / Instagram)

Outro exemplo no esporte de como uma grande liderança faz a diferença está em Pep Guardiola, campeão 31 vezes em 14 anos de carreira como treinador de futebol. Dentre seus títulos, foram 14 com o Barcelona (sendo duas Liga dos Campeões, com um time com grandes nomes como Messi, Xavi e Iniesta). “Guardiola disse em entrevista que o Messi foi o Michael Jordan de sua carreira. Agora, o jogador argentino está no PSG e deu para perceber durante o jogo da eliminação contra o Real Madrid, após sofrerem o empate e a virada, que ele olhava para o banco desmotivado, muito pela falta de liderança do técnico do clube francês, Mauricio Pochettino, que ainda não possui uma carreira tão vencedora e nem títulos de muita relevância”, avalia o CEO da BeYou Education. “Já o time espanhol investiu menos em jogadores, mas trouxe um líder. O treinador Carlo Ancelotti é tricampeão da Champions League e por onde passou levantou taças”, completa. Souza explica que, nos momentos em que um time ou uma empresa passam por turbulência, a tendência é que as estrelas busquem o líder para que o barco não afunde.

Um líder que possa inspirar, despertar admiração e ter o respeito dos outros que trabalham com ele é a chave para uma caminhada de sucesso. “Muitas empresas investem em trazer o melhor profissional lá do concorrente, mas colocam em um time sem uma liderança. Com isso, a pessoa tende a não entregar o seu melhor e até mesmo incomodar os seus parceiros por ser uma ‘estrela’. No fim, nenhum resultado é alcançado. Um líder ‘ganhador de títulos’ consegue comandar uma empresa e elevá-la a um patamar jamais visto”, conclui Souza.


Ricardo Souza, CEO da BeYou Education e especialista
em gestão empresarial e recuperação de empresas

 

Sobre a BeYou Education:
A BeYou Education foi criada pensando em fazer um mundo melhor através da educação, trazendo conhecimento para que todas as pessoas nas empresas possam atingir todo o seu potencial e todos tenham uma vida feliz e próspera. O CEO e treinador na BeYou Education, Ricardo Souza, foi um executivo sênior na Movile, empresa que fundou o iFood, Wavy, Sympla, PlayKids e outros. Seu papel era analisar empresas e negócios bilionários todos os dias. Hoje ele faz o mesmo trabalho, mas agora ensinando empresários de todo o Brasil.

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