Parkinson: Além dos tremores, quais são os sinais da doença?
Lentidão nos movimentos, rigidez dos membros e
tronco e alteração do equilíbrio estão entre os sintomas
São Paulo, março de 2022 - A Doença de Parkinson é conhecida
pelo seu principal sintoma, os tremores, mas o que mais ela pode causar? Com o
intuito de esclarecer e alertar sobre a doença, foi criado o Dia Mundial de
Conscientização da Doença de Parkinson, 11 de abril. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 4 milhões de
pessoas no mundo com incapacidade e redução da qualidade de vida provocada pela
doença. No Brasil são cerca de 200 mil pessoas.
As causas que levam ao desenvolvimento
da Doença de Parkinson são desconhecidas. O que se sabe hoje é que a doença é
neurológica degenerativa e progressiva, motivada pela morte das células do
cérebro, principalmente a região conhecida como substância negra do cérebro,
responsável pela produção de dopamina, que tem entre as suas funções, controlar
os movimentos.
“A doença é progressiva, por isso os
sintomas iniciais são sutis e aumentam gradualmente. A característica mais
conhecida da doença de Parkinson são os tremores, que geralmente se iniciam nas
mãos, mas também podem aparecer no queixo e pernas. Os tremores costumam ser
assimétricos, ou seja, mais intensos em um lado do corpo. Eles ficam mais
aparentes quando 70% dos neurônios são atingidos”, explicou a neurologista Dra.
Inara Taís de Almeida.
Além dos tremores, a doença também tem
como principais sintomas a lentidão nos movimentos, rigidez dos membros e
tronco e alteração do equilíbrio, resultando em frequentes tropeços e quedas. A
diminuição do tamanho das letras ao escrever é outra característica importante.
Outros sintomas também podem indicar a doença, como alteração no sono, tontura,
intestino preso, tristeza e depressão.
“A doença ainda não tem cura, mas é
possível fazer o controle com medicamentos que repõem a dopamina, melhorando os
sintomas. Esses medicamentos devem ser usados por toda a vida. O tratamento
deve ser acompanhado por um neurologista, que pode indicar outros profissionais
de saúde para ajudar a manter a qualidade de vida do paciente, como um
fisioterapeuta e um terapeuta ocupacional”, finalizou a neurologista.
O diagnóstico da doença de Parkinson é
feito por meio da história clínica e do exame físico realizado pelo
neurologista no consultório.
Dra. Inara Taís de Almeida - Neurologista e Neuroimunologista de
São Paulo, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia. Graduação em
Medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências e residência médica na Irmandade
da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fellowship clínico (especialização)
em Neuroimunologia no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes na Universidade
Federal de São Paulo - Unifesp.
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