Privacidade e Proteção de Dados e o momento do mercado no Brasil
Bianca Cestari, business leader da área de Legal na Bold HR
A área de privacidade e proteção de
dados vive um momento bastante aquecido. O avanço tecnológico e o acesso à
informação aumentaram o risco de vazamento de dados pessoais e, por isto,
surgiu a necessidade de criação de uma Lei que trouxesse os parâmetros corretos
de gerenciamento destes dados.
Desde 2021, a Lei de Proteção de Dados
está em plena vigência e o descumprimento das exigências legais pode resultar
em aplicação de multas e sanções para as empresas, não à toa a preocupação
genuína das empresas de acelerar a implantação dos programas de privacidade.
Consequentemente, o mercado para os profissionais que atuam nesta área é de
muitas oportunidades.
Mas quais os requisitos para atuar na
área?
A verdade é que atuar na área de Privacidade
ainda é novidade para muitas pessoas, mas é fato que se trata de uma atuação
multidisciplinar, por esta razão podemos encontrar profissionais da área
Jurídica, Compliance,
Riscos ou Tecnologia que estão implantando os programas de LGPD no
Brasil.
Conhecimento e experiência são fatores
que podem agregar bastante, e em qualquer uma das áreas citadas, as pessoas
podem contribuir no dia a dia.
Isto porque a adequação a lei geral de
proteção de dados é baseada no mapeamento e no gerenciamento dos dados, então,
tanto profissionais com formação jurídica, quanto experts em mapear processos e
gerenciar riscos, podem contribuir muito com a implementação do programa.
Entretanto, algumas habilidades são de
extrema importância para o profissional que deseja atuar na área de privacidade
e merecem ser citadas:
- Organização: é
uma habilidade bastante exigida para os profissionais que desejam atuar na
área de privacidade, mapear dados e organizar essas informações não é uma
tarefa simples por isto exige atenção;
- Relacionamento interpessoal: é
de extrema importância na hora do mapeamento dos processos, que é feito
entre outras formas através de entrevistas e contato com os colaboradores;
- Comunicação: a
boa comunicação contribui com a fase de aculturamento, ou seja, o processo
de conscientização dos colaboradores, que precisarão ser treinados para
cumprimento do programa.
Vale ressaltar que rol de habilidades
citadas não é taxativo, o que vale mesmo são as hard skills, soft skills e
as oportunidades que o mercado oferece a cada
profissional. Independente do histórico profissional, enxergamos
nestes casos a evolução do mercado de trabalho e da formação profissional, que
caminham cada vez para o “pensar fora de caixa” e quebrar paradigmas.
* Por Bianca Cestari, business leader da área de Legal na Bold HR
Nenhum comentário