Recovery ensina como calcular o custo e o preço de produtos e serviços
Saber fazer as contas e definir o preço certo é
um dos maiores desafios de empreendedores e comerciantes
No Brasil, muitas pessoas tiram seu
sustento da prestação de serviços ou venda de produtos na vizinhança, em grupos
de WhatsApp, no Instagram, Facebook ou em suas redes de relacionamentos.
Outras, complementam a renda com essas atividades, realizadas de forma autônoma
ou como microempreendedores individuais. Uma dificuldade bastante comum entre
quem faz isso é entender todos os custos envolvidos, calcular o preço certo
para ter lucro e, ao mesmo tempo, fisgar a clientela. Para ajudar, a Recovery, empresa do
Grupo Itaú e pioneira na cessão de carteiras de crédito no Brasil reuniu
algumas dicas simples, mas importantes de como calcular o custo e o preço de
produtos e serviços.
Para começar: qual é a diferença entre
custo e preço?
Um jeito simples de explicar: custo é
aquela quantidade de dinheiro que você precisa tirar do bolso para ofertar o
seu produto ou serviço. Se a sua área é a de confeitaria, o custo do bolo de
leite em pó com morangos é a soma do que você pagou pelos ingredientes, mais o
gás usado para assar, a energia usada durante o preparo, a embalagem que
protege o bolo e o que é gasto para levar o produto até a casa do cliente, por
exemplo.
Já o preço é o valor que você cobra do
cliente pelo produto e que deve ser superior ao do custo. A diferença entre o
custo e o preço forma o lucro – aquele dinheiro que permite que você continue
trabalhando, ganhando o necessário para viver ou realizar seus planos.
Resumindo, o preço menos o custo é igual ao lucro.
Como calcular custo e preço de um
produto
Para calcular o custo do produto é
necessário fazer uma lista de tudo o que foi usado na produção daquele item,
seja uma peça de roupa, uma colcha, um vaso ou alimento. Vamos usar como
exemplo o mesmo bolo de leite em pó sobre o qual falamos acima. A seguir,
listamos como ficaria o custo direto da preparação, considerando o preço dos
ingredientes no mercado e a quantidade usada na receita. Além do custo direto,
vamos considerar também aluguel, água, luz, gás, WiFi e o salário de uma
funcionária. Vamos imaginar que o resultado dessa soma deu R$ 2.500,00 por mês.
Dividindo esse valor pelo número de bolos que você costuma vender por mês;
digamos que sejam 200 bolos, você vai ter o custo fixo por unidade: R$
12,50.
Portanto, o custo de um bolo de leite em
pó será a soma do valor gasto nos ingredientes (R$ 38,37) mais gastos fixos (R$
12,50), ou seja, R$ 44,62.
Qual deve ser, então, o preço de venda e
o lucro de um bolo?
Antes de definir o preço, a dica é fazer
uma boa pesquisa básica para descobrir quanto o produto custa em outras
confeitarias, quanto você gostaria de lucrar com a venda e, também, ouvir
potenciais compradores para saber quanto eles estariam dispostos a pagar por um
bolo de leite em pó com morango de um quilo. Vamos imaginar que, depois dessa
sondagem, você chegou à conclusão que pode cobrar R$ 65,00 pelo bolo inteiro
(ou R$ 6,50 por fatia de 100 gramas). O seu lucro, será, então, de R$ 20,38 por
bolo.
Como calcular custo e preço de um
serviço
Se você trabalha como cabeleireira,
manicure, cuida de jardins ou é eletricista, por exemplo, o cálculo do custo do
serviço é um pouco mais simples. Digamos que você quer se tornar um eletricista.
É preciso considerar um investimento inicial médio de R$ 800 em um curso
técnico e mais R$ 500 para adquirir as ferramentas necessárias. Ou seja, você
vai desembolsar R$ 1.300,00 para entrar nesse mercado.
Você pode estimar que, no decorrer do ano,
conseguirá fazer 50 visitas em casas ou escritórios que precisam do seu
serviço. No primeiro ano, é possível diluir os R$ 1.300,00 nestas 50 visitas,
resultando em um custo de R$ 26,00 por visita. É preciso considerar, ainda, o
custo de seu deslocamento, seja transporte público ou gasolina. Digamos que
esse gasto seja de R$ 15. Isso significa que o custo total de cada visita, pelo
menos no primeiro ano de atuação, é de R$ 41. Considere isso na hora de definir
seu preço. A dica para produtos serve aqui também: busque fazer uma pesquisa na
sua região, entre os concorrentes e futuros clientes.
Como calcular o preço por hora
Muitos autônomos que atuam na área de
serviços cobram por hora. Se, por exemplo, você tem uma formação em marketing
digital e consegue seu primeiro cliente – uma loja de autopeças para a qual irá
trabalhar duas horas ao dia. Quanto cobrar? Pense no seu momento de carreira,
formação, experiência e quanto gostaria de ganhar no mês. Para facilitar,
imagine qual seria seu salário se estivesse trabalhando em uma empresa nessa
mesma atividade. Se chegar à conclusão que ganharia R$ 4.000 por mês, faça as
contas:
R$ 4.000 divididos por 22 dias úteis,
divididos por 8 horas ao dia é igual a R$ 22,72 por hora. Ou seja, como irá
trabalhar duas horas por dia para este cliente, poderia cobrar R$ 181,81 por
semana ou R$ 727,27 por mês. Esse é apenas um valor de referência. O ideal é
incluir na conta o valor equivalente a um mês de férias e o décimo terceiro
salário. Aos poucos, vá fazendo os ajustes necessários.
Qual é o meu valor?
Nesse exercício de descobrir o custo e
definir o preço do seu produto ou serviço, existe um terceiro fator que precisa
ser pensado: o valor. Esse conceito, muito pessoal e subjetivo, diz respeito ao
quanto achamos que merecemos ganhar e como as pessoas percebem o valor de nosso
trabalho. A noção de valor explica por que um cabeleireiro que domina as mesmas
técnicas, tem a mesma formação e trabalha no mesmo bairro que um outro colega,
às vezes, cobra até 50% a mais pelo corte de cabelo. Para pensar sobre seu
valor, pergunta-se:
- Quanto eu mereço ganhar? Quanto
investi em estudos e dedicação?
- Quais são os meus esforços para
que meu trabalho tenha diferenciais? O que tenho de inovador? As pessoas
percebem isso?
- O que eu ofereço de especial
(incluindo habilidades e conhecimentos), que meus concorrentes não têm e
nem oferecem?
Veja mais dicas como essa no https://www.gruporecovery.com/blog/.
Sobre a Recovery
A Recovery é uma empresa do Grupo Itaú e plataforma pioneira em cessão de crédito no Brasil. Líder de mercado, com o maior volume de ativos, a companhia possui atualmente mais de 30 milhões de clientes em sua base e mais de R$ 110 bilhões de carteiras inadimplentes sob gestão. A Recovery atende grandes e médias empresas de diferentes segmentos, entre eles, financeiro e varejo, com foco na compra de carteiras inadimplentes para transformar dívidas em capital de giro para estas companhias. Mais informações em https://www.gruporecovery.com/.
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