41% dos executivos assumem ter feito alguma contratação equivocada no último ano
Segundo pesquisa da Robert Half, 81% dos
entrevistados indicam que os impactos negativos de uma contratação equivocada
são piores que há um ano
São Paulo, abril de 2022 – Já não é mais segredo que o período
de pandemia provocou uma completa transformação no mercado de trabalho. Ao
longo dos últimos anos, as exigências das empresas evoluíram, e a busca de
talentos se tornou ainda mais complexa. Diante desse cenário, o processo de
recrutamento ganha espaço entre as principais estratégias de negócio das
companhias. Ao não dar a devida atenção à procura por novos funcionários, as
empresas ampliam as chances de se encontrar na mesma situação de 41% dos
executivos brasileiros entrevistados na mais recente pesquisa global da Robert
Half, que assumem ter feito alguma contratação equivocada nos últimos 12 meses.
Os impactos de uma contratação ruim não
podem ser subestimados e, de acordo com 81% dos entrevistados, eles são ainda
mais severos do que há um ano. Perda de produtividade na área envolvida, queda
de engajamento da equipe e prejuízos financeiros são alguns dos danos que
merecem destaque. A sondagem foi realizada na segunda quinzena de fevereiro e
entrevistou 300 executivos brasileiros “c-level”, igualmente divididos entre
gerentes-gerais, CFOs e CIOs. É válido destacar que, na esteira da pandemia,
muitos times estão sob pressão crescente, de modo que o descompasso entre
candidatos e posições aumenta a carga de trabalho do restante da equipe.
De acordo com os executivos, os três
principais desafios de recrutamento para 2022 são: reter os talentos de casa
(21%); encontrar profissionais que tenham fit
cultural com a empresa (20%); e localizar candidatos com as competências
exigidas para as vagas em aberto (16%).
“Com um contexto acirrado de guerra por
talentos, é ainda mais difícil minimizar o impacto de uma contratação
equivocada. A oferta de candidatos aderentes e disponíveis no mercado, visto
que a taxa de desemprego entre profissionais qualificados chegou ao menor
patamar desde o início da nossa medição, é limitada. O cenário complica a busca
rápida de um substituto adequado e coloca as equipes sob pressão”, reflete Fernando
Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
A pesquisa global da Robert Half também
revela os cinco fatores que mais contribuem para falhas no recrutamento. São
eles: concentrar-se nas habilidades técnicas, em detrimento das comportamentais
(68%); acelerar excessivamente o processo (65%); escolher um candidato cujas
competências não correspondam aos requisitos da posição (54%); foco nas
habilidades comportamentais, deixando as técnicas de lado (50%); e analisar de
forma equivocada as referências e as experiências anteriores do profissional
(49%).
Na visão dos entrevistados, alguns
passos podem ser adotados para reduzir as chances de erro. Os mais eficazes
são: filtrar candidatos de forma mais efetiva (70%); planejar o processo seletivo
com maior rigidez (53%); contratar funcionários por tempo determinado (43%);
identificar habilidades essenciais que não possam ser dispensadas (42%); e
contar com o apoio de uma consultoria especializada em recrutamento e seleção
(40%).
O diretor-geral da Robert Half destaca
que as contratações por projeto – para profissionais de todos os níveis (de
analistas a “c-level”) – são uma alternativa cada vez mais vislumbrada pelas
empresas. A contratação por projeto pode ser uma opção em muitas ocasiões, por
exemplo, no acréscimo da força de trabalho em períodos de maior demanda ou na
substituição de profissionais em ausências programadas, e também para demandas
estratégicas, como a abertura de uma empresa, processos de fusões e aquisições
e implementação de novos sistemas.
“Vivenciamos um mercado de trabalho
bastante distinto do presenciado alguns anos atrás. Dessa forma, os processos
de recrutamento também devem ser revistos. Recomendo que as lideranças se
questionem: quem é você enquanto organização; aonde quer chegar; e quais perfis
profissionais são necessários para alcançar esse objetivo? Com base nessa
reflexão, é possível desenvolver um perfil de recrutamento que contenha os
aspectos essenciais e aqueles para os quais é possível abrir mais a mente. Em
caso de posições mais estratégicas, processos sigilosos ou perfis muito
específicos, considere contratar um parceiro especializado em recrutamento”,
conclui Mantovani.
Sobre a Robert Half
É a primeira e maior empresa de recrutamento especializado no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half também é reconhecida por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoie a diversidade.
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