Dark kitchen: uma nova tendência para o mercado de alimentos prontos para consumo
Restaurantes virtuais se popularizaram durante a pandemia, e devem continuar como tendência nos próximos anos
Créditos: iStock
Impulsionado durante as restrições da pandemia no país, o conceito de “dark kitchen” está se tornando um grande sucesso no Brasil. A expressão inglesa pode ser traduzida como “restaurante-fantasma”, significando os restaurantes que existem apenas no meio virtual, ou seja, não apresentam a possibilidade de serem visitados por quem deseja fazer uma refeição no local.
A modalidade se tornou bastante popular nos Estados Unidos e no Reino Unido, graças ao avanço dos aplicativos de entrega, permitindo que empresários abrissem seus negócios pensando exclusivamente em funcionar na modalidade de delivery.
Entre os benefícios das “dark kitchens”, está a economia no espaço, já que o ambiente não precisa acomodar mesas e cadeiras para receber clientes, dispensando também uma decoração especial para ambientar os visitantes. A ausência de garçons se reflete nos preços de manutenção do local e dos alimentos, tornando uma opção mais econômica também para os clientes.
Uma outra possibilidade para os empresários do setor é a automatização do atendimento e a divisão do ambiente com outros empreendimentos. Em uma mesma cozinha, é possível preparar pratos para diferentes negócios, atraindo a atenção dos clientes, especialmente para cada estilo de comida. Por exemplo, um restaurante italiano pode dividir espaço com um restaurante árabe. Ou ainda uma hamburgueria pode ocupar o mesmo ambiente de um restaurante vegano.
Algo que se tornou muito comum foi a otimização de espaços de restaurantes, que costumavam funcionar apenas no período noturno, como as pizzarias. Hoje em dia, é possível ver pizzarias que durante o dia utilizam sua estrutura para a produção de outros alimentos, vendidos exclusivamente para a modalidade de delivery.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), houve um aumento de 20% dessa modalidade de estabelecimento a cada ano desde o início da pandemia de COVID-19. Por isso, tornou-se cada vez mais comum ver novos estabelecimentos em apps de food service, com excelentes avaliações, mas que não são encontrados nas buscas por pontos de venda físicos.
O próprio uso dos apps de entrega se tornou a principal forma de divulgação desses estabelecimentos, onde é possível compartilhar o cardápio e coletar as avaliações dos clientes, permitindo chamar a atenção de cada vez mais consumidores, que desejam ter acesso a novas experiências gastronômicas sem sair de casa e aproveitando uma economia maior.
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