Dia do Trabalhador e ESG: a transparência como critério essencial de Governança Social
Uma das siglas mais famosas no Brasil e do
mundo também aborda a governança corporativa, além da sustentabilidade; Maurício
Rodrigues, CEO da fintech Openbox detalha como isso funciona na prática no
mercado financeiro
Maurício Rodrigues, fundador e CEO da Openbox
Openbox
Celebrado em 1º de maio, o Dia do
Trabalhador, além de merecer comemorações, também é uma excelente oportunidade
para repensarmos os modelos de trabalho atuais. Na era do ESG e da revolução
digital, é essencial que as empresas, empresários e líderes se adaptem a essa
nova realidade, que demanda ainda mais preocupação com a governança
corporativa.
E foi dessa mudança de mindset de
consumidores, cada vez mais exigentes e conectados, e de colaboradores que vêm
priorizando empresas com propósito, que a expressão capitalismo de stakeholders
ganhou força: trata-se da integração da geração de valor econômico com o
cuidado com questões ambientais, sociais e de governança corporativa.
Segundo Maurício Rodrigues, CEO da
Openbox, fintech de antecipação de crédito que oferece desconto na taxa de
juros para empresas com ações sustentáveis, a Governança Corporativa implica na
ética profissional e nas formas de trabalho dentro do que é aceitável
socialmente, e isso muda muito quando falamos dos critérios sociais do ESG.
Mais transparência nas relações: a
Governança Corporativa na prática
“Levando em consideração o ESG,
estabelecemos coisas que não vemos no dia a dia, como uma linguagem clara, com
objetivos e compromissos definidos, sem “letras minúsculas no contrato”, ou
seja, com mais transparência para que ambas as partes estabeleçam a melhor
decisão sobre como desejam firmar relacionamento”, explica.
Afinal, é cada vez mais necessário que
as empresas mostrem sua responsabilidade e comprometimento com o mercado que
atuam, bem como com seus colaboradores, consumidores, fornecedores, comunidades
vizinhas, mídia, governo, organizações da sociedade civil e seus stakeholders
(investidores).
Caso contrário, poderão ser alvo de
boicotes dos consumidores, perderem receitas e até mesmo se tornarem obsoletas.
“Por isso, é preciso estabelecer e ter conhecimento dos critérios ESG, aliás,
cada empresa pode ter seus critérios nas relações do trabalho, porém, é
necessário que isso seja concretizado com instrumentos que façam com que essas
relações, o processo como um todo, como contratações e negociações sejam
concretizadas da forma em que os desafios forem apresentados”, detalha o CEO da
Openbox.
Um exemplo pode ser visto nos critérios
que a Certificação de Sustentabilidade oferecido pela Openbox, que demonstra o
compromisso das empresas com boas práticas ambientais, sociais, éticas e de
segurança alimentar: “Critério S-08. As relações de trabalho e/ou de trocas
comerciais são claramente estabelecidas em contratos redigidos em linguagem
clara, com objetivos, responsabilidades e compromissos definidos, duração,
condições de resilição”.
Rodrigues reforça que esses critérios
são adotados na Openbox como um todo, e não apenas na Certificação. O executivo
conta que os critérios claros e transparentes agregam muito na continuidade da
relações de trabalho e das trocas comerciais, já que deixam claro o que e como
será trabalhado, o que estabelece um conforto para que tudo possa acontecer sem
surpresas desagradáveis.
“Assim, tudo é seguido de forma correta.
O resultado é que, por mais que, às vezes, algum cliente precise pausar o
trabalho por um período, é muito mais provável que, quando ele voltar a demandar
o serviço, a empresa anteriormente contratada seja a escolhida. Afinal, o
empresário já sabe como a marca trabalha, se ela comunica de forma clara, se
paga direito seus colaboradores, enfim, tudo o que envolve uma relação
contratual comercial de trabalho é levado em consideração”, conclui.
Hoje, o grande desafio das empresas é ter uma relação saudável e sustentável com recursos naturais, porém, sem deixar de pensar no lucro. “Por isso, é necessário aumentar o grau de engajamento com os critérios ESG, e as empresas que não fizerem isso tendem a ficar para trás”, finaliza.
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