Digitalização na saúde: benefícios às operadoras, médicos e pacientes
Por Rodrigo Fernando Nunes Garcia
A necessidade
de isolamento decorrente da pandemia da Covid-2019, trouxe a
conectividade para o centro da atenção no segmento da saúde suplementar,
tornando peça-chave na nova forma de realizar atendimentos e pensar em
estratégias no mundo da saúde privada. A transformação, já em andamento e no planejamento de diversas
instituições, foi acelerada e colocada em prática e não há dúvidas de que a
tecnologia vem proporcionando muitas transformações desde o início da pandemia.
A área da saúde, em especial, foi fortemente impactada, uma vez que as operadoras, médicos e instituições tiveram de lidar com uma
alta demanda de atendimento emergencial, e a saída, para suprir este cenário
foi o investimento em tecnologias que, passados dois anos, ainda seguem em
ascensão, como por exemplo a telemedicina.
O impacto da
digitalização na saúde para as operadoras
Antes do
cenário pandêmico, a maioria das operadoras ainda utilizavam muito papel em todos os seus
processos. Com a aceleração da digitalização, o conceito “paperless” foi
amplamente difundido no segmento e trouxe uma série de facilidades para as
operadoras, que na prática conseguem eliminar o papel no seu dia-a-dia, seja na
área de regulação, de contas médicas, ou até mesmo no caso de autorizações de
exames, procedimentos ou internações.
Isto porque,
atualmente, existem sistemas que realizam esta interface entre hospital e
operadora de forma que toda instituição consiga solicitar autorizações de um
determinado procedimento dentro de uma única plataforma. Este processo
certamente representa uma jornada de mudança dentro de uma operadora que
abrange desde os modelos de negócio até impactos diretos ao paciente.
No que diz
respeito à digitalização nas operadoras de saúde, existem ainda, outras
tendências, como, por exemplo, o surgimento de novas plataformas, a fim de
obter dados clínicos para desenhar melhores cuidados que permitam uma análise
mais estratégica por parte da instituição. Além disso, recursos tecnológicos
como os chatbots, por exemplo, permitiram mais otimização de processos e
redução de esforço operacional no atendimento aos beneficiários.
A digitalização
trouxe consigo ainda, a possibilidade de estar em conformidade com a Lei Geral
de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em setembro de 2021, uma vez
que, trabalhando com plataformas tecnológicas e eliminando o papel, é possível
garantir toda a rastreabilidade de documentos. Novas soluções de cloud para a
saúde vieram ainda para substituírem o armazenamento físico, sendo possível
eliminar os servidores de dentro das operadoras e proporcionar diminuição no
custo relacionado a infraestrutura.
Outra tendência
trazida às operadas está relacionada à tecnologias como big data, para que as
mesmas obtenham ecossistemas integrados, ampliando a capacidade na coleta e
processamento de dados e ajudando os decisores a obterem uma tomada de decisão mais
estratégica.
Desta forma, a
inovação gerada por tecnologias disruptivas proporcionou inúmeras facilidades
às operadoras, como a otimização de processos, redução de custos e segurança da
informação, além da gestão de saúde do paciente, com enfoque não apenas na
qualidade de vida, mas também na redução de custo e da sinistralidade da
operadora, promovendo assim a sustentabilidade do segmento de saúde.
Saúde na palma
da mão: benefícios aos médicos e pacientes
O advento da
Teleconsulta foi outro assunto
muito debatido durante a pandemia, pois, há pouco tempo, ainda não estava
regulamentada no Brasil. Atualmente, por meio de plataformas modernas, o
paciente consegue além de agendar consultas, realizá-las de maneira virtual,
via mobile, abrindo portas para a difusão do conceito “saúde na palma da mão”.
Com tantas
mudanças, os pacientes não precisam, em alguns casos, irem presencialmente ao
médico, o que gerou a este público ainda mais comodidade e melhor acesso à rede
credenciada. Além disso, é importante destacar toda a segurança do processo de
atendimento virtual e não presencial e, ainda, a questão de adesão ao
tratamento, uma vez que, novas tecnologias incentivam o paciente a se manter em
tratamento e dar continuidade a ele. Do lado dos médicos, com a digitalização,
fica mais fácil acompanhar a jornada do paciente.
É fato que com
tantos benefícios para todas as pontas do ecossistema da saúde é quase
impossível ficar de fora de tanta inovação. O que falta, especialmente por
parte das operadoras, é ampliar os investimentos em novas tecnologias e
priorizar esta pauta dentro das organizações.
Rodrigo Fernando Nunes Garcia é Head de Mercado e Produto da Benner empresa que disponibiliza informações por meio de softwares e processos com o objetivo de revolucionar os negócios.
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