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Para onde foram os nutrientes que estavam aqui?

Por Alessandra Feltre - nutricionista da Puravida

Foto - Divulgação

A maioria das culturas vegetais são produzidas com a ajuda de solos fertilizados. O alto uso de fertilizantes nitrogenados tende a reduzir o teor de vitamina C em muitas frutas e hortaliças.

Em 2004, um estudo de referência de frutas e vegetais descobriu que o teor de proteínas, cálcio, ferro, fósforo, vitamina B2 e vitamina C, havia diminuído significativamente na maioria das plantações desde 1950. 

De 43 alimentos analisados, o declínio nutricional que foi mais exponencial foi da vitamina B2, em média um decréscimo de 38%. A lista de alimentos pesquisados no artigo foram: 

A lista de alimentos pesquisados no artigo: aspargo, melão do cantaloupe, pepino, folha de mostarda, batata, feijão verde, cenoura, berinjela, quiabo, abóbora, feijão vermelho, couve-flor, dente de leão, cebola comum, radish, brócolis, salsão, melão comum, cebola verde, ruibarbo, couve de Bruxelas, acelga, couve kale, cherivia, rutabaga, repolho, couve, couve-rábano, ervilha, espinafre, repolho chinês, milho, alface, pimenta verde, moranga (de verão e de inverno), batata doce, tomate, morango, nabo (comum e verde) e melancia

Reparem que grande parte desses alimentos pesquisados estão presentes no prato do brasileiro como a alface, tomate, couve, batata e quiabo.

Uma análise do Instituto Kushi de dados de nutrientes de 1975 a 1997 descobriu que os níveis médios de cálcio em 12 vegetais frescos caíram 27%; níveis de ferro 37%; níveis de vitamina A 21 % e os níveis de vitamina C 30%.

Dentre os alimentos pesquisados com maior depleção de nutrientes foram: trigo, arroz, milho doce, feijão, soja, batata doce, brócolis, tomate e mamão.

Mais uma vez, é importante reparar que todos esses alimentos pesquisados são consumidos pelo brasileiro, alguns mais, outros menos.

Um estudo semelhante de dados nutricionais britânicos de 1930 a 1980, publicado no British Food Journal, descobriu que em 20 vegetais o teor médio de cálcio havia diminuído 19%; ferro 22 por cento; e potássio 14 por cento. Ainda outro estudo concluiu que seria preciso comer oito laranjas hoje para obter a mesma quantidade de vitamina A que nossos avós teriam obtido de uma.

O magnésio é um mineral crítico no corpo humano e está envolvido em cerca de 80% das funções metabólicas conhecidas. Atualmente, estima-se que 60% dos adultos não atingem a ingestão alimentar média e 45% dos americanos são deficientes em magnésio, uma condição associada a doenças como hipertensão, diabetes e distúrbios neurológicos, para citar alguns. A deficiência de magnésio pode ser atribuída a práticas alimentares comuns, medicamentos e técnicas agrícolas, juntamente com estimativas de que o conteúdo mineral dos vegetais diminuiu em até 80 e 90% nos últimos 100 anos. 

A alta taxa de deficiência de magnésio agora postulada pode ser atribuída em parte a um declínio constante no teor geral de magnésio em frutas e vegetais cultivados, um reflexo da depleção observada de magnésio no solo nos últimos 100 anos.

Essa perda de conteúdo mineral nas escolhas alimentares “saudáveis” foi agravada por um aumento histórico no consumo de alimentos processados, que demonstrou impedir a absorção de magnésio e contribuir para o estado atual de deficiência de magnésio.

Apesar da importância do magnésio para a saúde e bem-estar humano, 60% das pessoas não atingem a recomendação diária de 320 mg/dia para mulheres e 420 mg/dia para homens, com 19% não obtendo nem metade da quantidade recomendada.

Contudo, o uso de fertilizantes à base de fosfato resultou na depleção de magnésio do solo que leva à uma carência de magnésio nos alimentos, consequentemente a uma deficiência de magnésio em humanos.

Outro grande problema é o processamento dos alimentos pela indústria alimentícia. Cereais podem ser moídos para remover as cascas fibrosas. As cascas contêm a maior parte da fibra alimentar da planta, vitaminas do grupo B, cromo, magnésio e fitoquímicos.

Já o branqueamento de alimentos antes de serem embalados, leva à perda de vitaminas hidrossolúveis como as vitaminas do complexo B e vitamina C.

Portanto, como o solo está mais pobre em nutrientes o alimento está mais pobre em nutrientes e consequentemente os seres humanos também podem estar carentes de nutrientes. Assim sendo, a suplementação pode ser muito bem vinda para corrigir tantos déficits nutricionais.

Sobre Alessandra Feltre:
Alessandra Feltre é nutricionista por paixão, com mais de 15 anos de prática clínica e mais de 9.400 pessoas entre pacientes e alunas. Feltre divulga a ciência e as evidências mais recentes e atuais que possibilitam uma ótima qualidade de vida, de uma forma simples e objetiva, com uma linguagem fácil de entender e praticar. Sua missão é ajudar centenas de milhares de pessoas a conquistar a boa forma física, resgatar a autoestima, fortalecer a imunidade, ter mais disposição e a realizar escolhas – o que comer, como preencher a demanda de nutrientes, com sabor e sem sofrimento e restrições.

Sobre a Puravida:

A Puravida é uma empresa que nasceu com o propósito de facilitar a prática de um estilo de vida orgânico, oferecendo alimentos naturais, suplementos concentrados e cosméticos, elaborados para proporcionar uma harmonia com a saúde. 

Desde 2006 no mercado de health e wellness, Flávio Passos fundou a empresa Puravida em 2015 com o objetivo de compartilhar conhecimento sobre o que há de mais atual em saúde e qualidade de vida com foco primário na alimentação e nas escolhas saudáveis. Com o crescimento da marca, Flávio está à frente da operação com o sócio Adrian Franciscono, tendo o Fundo Aqua Capital como principal investidor.

A Puravida oferece um portfólio com mais de 200 produtos entre suplementos, nutrientes e cosméticos. Entre os produtos consagrados da Puravida, estão o Collagen Protein, Ômega 3 DHA, Immune e o suplemento vitamínico Alpha. Todos os itens são criados seguindo parâmetros de qualidade, adequação nutricional  e pureza máximos, oferecendo assim o maior potencial de cada ingrediente utilizado.

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