Saber e não aplicar é o mesmo que não saber
Fábio Lima*
Aquelas grandes ou
pequenas ideias, que iniciam um negócio ou empreendimento nascem de
identificação de uma necessidade, ou mitigar uma dor ou trazer alguma
satisfação, todo produto e serviço comercializado e oferecido tem, no fundo,
estes dois vieses.
Quando um conceito
surge de forma revolucionária ou “disruptiva”, haverá um grupo que vai
incentivar. Outro vai dizer que não vai dar certo. Poderíamos aqui fazer o
paralelo de mentalidade fixa e mentalidade de crescimento, ou excesso de
duvida, falta de fé ou otimismo, ou pessimismo em excesso.
Seja qual for a
ancoragem usada para duvidar ou impulsionar a realização de uma ideia,
abordando apenas o ponto de vista de empresas e negócios, pode-se dizer que
“sonho é sonhado sozinho e realizado em grupo”, ou seja, para tirar a ideia da
cabeça para o papel, é necessário o envolvimento de mais pessoas e recursos.
É transformando ideias
em algo verdadeiramente palpável e factível que nascem as empresas. E não se
engane de achar que são somente negócios da área de tecnologia, é qualquer
empreendimento que traga inovação.
Aliás, com o advento da
tecnologia, as ideias podem ser testadas mais rapidamente e validadas em planos
de negócios cada vez assertivos, ou mesmo, como a maioria dos empreendedores
faz, por tentativa e erro. Considerando este modelo, mesmo com suporte, 50% das
startups não passam de cinco anos de operação.
Se apenas metade das
startups sobreviver mais de cinco anos e apenas um terço chegar a 10 anos, o
que poderia diferenciar uma empresa fadada a morte de uma com crescimento
sustentável?
Além de um bom plano de
negócio e suporte de especialistas, criar e seguir uma estratégia de
crescimento é o inicio de uma melhor perspectiva de futuro, com visão clara e
direcionamentos, alinhados a uma plano de gestão para garantir o alcance das
metas.
Boa parte dos
executivos, empresários e empreendedores já sabem disso tudo, e por que será
que não praticam e colocam em prática? Uma lista com centenas de fatores
poderia ser citada, porém, vale destacar apenas um: “a mentalidade do
empresário”.
Se ele não acredita que
pode ser ajudado, não irá ser; se não acredita em planejamento, não ira fazer;
e se fizer, não vai seguir adiante, seja por medos e traumas de experiências
anteriores, ou muitas vezes por ter mais pressa em testar e ter resultados, por
depender financeiramente e mentalmente de resultado imediato.
Desenvolver uma
estratégia de crescimento não é um processo único e simples. De fato, devido às
mudanças nas condições do mercado vários fatores precisam ser ponderados e
respeitados. Uma estratégia de crescimento envolve mais do que simplesmente
imaginar o sucesso no longo prazo. Envolve pesquisa, simulações, testes,
feedbacks, aplicações, correções de rotas, em todas as áreas da empresa.
Agir para ter, aplicar
e adaptar o plano de gestão e alinha a estratégia empresarial vai suavizar as
ineficiências da empresa, refinar e potencializar os pontos fortes, mitigar os
pontos fracos e impeditivos de prosperar o negócio, além de permitir uma melhor
adequação ao mercado e a clientes, propiciando maior possibilidade de sucesso
empresarial.
Ao utilizar as
estratégias de crescimento empresarial adequadas para mercado, é possível
estimular vendas, gerar demanda e aumentar o seu faturamento. Por isso, saber
fazer uma empresa crescer de forma sustentável e segura é um processo que leva tempo
e exige dedicação, calma, paciência, empenho, muita ação e perseverança, só
fortalecidos quando há um verdadeiro e claro objetivo.
*Fábio Lima é consultor e mentor especialista em gestão empresarial, CEO da LCC - Light Consulting e Coaching. www.lightconsulting.com.br
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