Um visto pra chamar de seu
Advogado especialista em Direito Internacional,
Daniel Toledo, explica qual o perfil, exigências e custos para os vistos
americanos mais solicitados pelos brasileiros
São Paulo, 22 de abril
de 2022 –
Uma parte significativa da população brasileira ama os Estados Unidos e isso é
um fato. Seja para passar uns dias ou ganhar em dólar, a verdade é que a
maioria já sonhou em morar definitivamente no país, ficar um tempo maior para
estudar ou estabelecer um negócio que permita dolarizar o patrimônio. Mas
para todos esses casos, há um visto correto que deve ser solicitado ao Serviço
de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS).
E aqueles que fazem o
processo corretamente, com o auxílio de um escritório especializado,
dificilmente regressam ao Brasil. Dados recentes divulgados pela Polícia
Federal apontam que a taxa de não retorno é a maior em 11 anos. “Infelizmente,
o País sofre com a falta de liquidez, desemprego e uma política de juros altos.
Os bancos não dão suporte ao empresário e obviamente, sem essa possibilidade,
não tem como gerar novos postos de trabalho. Tudo isso somado à instabilidade
política, marcada pelo ano eleitoral, piora ainda mais essa situação”, revela
Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional.
O fundador da Toledo e Associados e sócio do
LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e
nos Estados Unidos, explica que o cenário apresentado pelo Brasil vem afastando
empreendedores e ótimos profissionais que desejam aliar qualidade de vida e
prosperidade em suas carreiras. “Vivemos uma fuga de cérebros, quem almeja
melhorar de vida não fica mais no País e por isso muitas pessoas têm buscado na
imigração uma resposta para essas questões”, aponta o especialista.
Para dar uma forcinha
para quem ainda está indeciso, Toledo separou sete tipos de vistos mais comuns
e que vêm apresentando uma grande procura nos últimos tempos. Toledo reforça
que os vistos podem ser aplicados também para o cônjuge e dependentes solteiros
até 21 anos.
Empreendedor
Os Estados Unidos são
generosos quando o assunto é empreender. O país oferece muitos incentivos e
facilidades para quem deseja abrir o próprio negócio. Para se ter uma ideia,
uma empresa aberta em solo americano tem até dez vezes mais chance de dar certo
se comparada ao Brasil. E para esses casos, há o visto EB-5, que é dividido e
direto (quando o aplicante investe em algo próprio) ou o indireto (algum
projeto que não é dele, que são os centros regionais). O custo varia entre 900
e 1.8 milhão de dólares. “Vale ressaltar que essa é a forma mais rápida e
segura de se obter um Green
Card, sendo que o valor volta corrigido para o aplicante”, explica
Toledo.
Empreendedor com dupla
cidadania
Esse caso beneficia
diretamente aquelas pessoas que possuem dois perfis, sendo o primeiro a
habilidade de empreender e ter uma cidadania de um país que tenha tratado de
livre comércio com os Estados Unidos. Nesse caso, o visto seria o E2 que possui um custo
que varia entre 120 a 150 mil dólares. “Esse processo é um pouco mais complexo
se comparado aos demais, porque o advogado precisa comprovar que há boa vontade
do aplicante em apostar no país e, além disto, a empresa precisa caracterizar
risco, ou seja, não comtempla projetos que envolvem abertura de franquias ou
atividades já conhecidas. É preciso ser algo inovador e arriscado”, revela
Toledo.
Para exercer a mesma
profissão do Brasil
Diferentemente do que
boa parte imagina é possível exercer a mesma profissão nos Estados Unidos, mas
além de validar o diploma em alguma instituição americana, o aplicante precisar
comprovar que ele é um profissional altamente qualificado, para aplicar o visto
EB-2, com
rendimentos acima da média, ter contribuído para a sua área de conhecimento,
fazer parte de uma associação ou órgão de classe e também anexar ao seu
processo cartas de recomendação das empresas em que ele já trabalhou. O
custo varia entre 20 e 25 mil dólares.
Trabalhadores com
oferta de emprego
Para aqueles que
conquistaram o tão sonhado emprego nos Estados Unidos, a opção correta é o EB-3. A terceira
categoria é usada para profissionais qualificados e trabalhadores estrangeiros
não qualificados. O profissional geralmente deve possuir um diploma de bacharel
nos Estados Unidos ou um diploma estrangeiro equivalente. Os requisitos são menos
rigorosos, porém o processo é um pouco mais moroso se comparado as demais
modalidades. “Entretanto, o primeiro item para solicitar esse visto é que você
deve ter uma oferta de emprego de um empregador dos EUA. O trabalho deve ser em
tempo integral. Trabalhadores não qualificados podem se inscrever para um visto
EB-3 se a posição oferecida a eles exigir menos de dois anos de treinamento ou
experiência”, aponta Toledo. O valor investido é a partir de 11 mil a 14 mil
dólares e há a possibilidade de o empregador custear esta quantia.
Casamento
Essa situação, por mais
simples que seja, também necessita de um visto adequado. Se o noivo ou a noiva
entrar no país com visto de turismo, pode ter os seus planos frustrados. Para
que se possa viajar para os Estados Unidos com a finalidade de se casar e morar
no país, é preciso solicitar o visto K. “Essa modalidade é
diferente dos outros vistos de não imigrantes, como o de turista ou negócios.
Embora os solicitantes precisem comprovar fortes vínculos com o Brasil e a
intenção de regressar após uma visita temporária aos Estados Unidos, a lei de
imigração americana assume que o noivo ou noiva têm a intenção de imigrar”,
aponta o advogado.
Para aplicar para o visto
K, o interessado deverá desembolsar cerca de 5 mil dólares.
Transferência de
executivo ou expansão da empresa
É fundamental que o
solicitante exerça um cargo hierárquico, gerencial e estratégico, e que a
empresa tenha um número razoável de colaboradores. Pode ser secretária,
assistente, supervisor, pessoal de operações, gerente, diretor, enfim, a
estrutura normal interna de qualquer empresa saudável que tenha condições de
pensar em uma filial internacional.
Empresas familiares
também se encaixam no perfil do L1. Mas o solicitante
deve sempre ser um dos responsáveis por funções gerenciais. Não importa qual o
segmento de atuação, é preciso também ter habilidade e competências para
liderar uma equipe, aliadas à capacidade de gestão e implementação de novos
negócios.
A empresa americana não
precisa ter o mesmo objeto social da brasileira. É possível abrir uma
floricultura, pet shop,
academia, desde que apresente um valor substancial disponível em dólares, em
conta corrente para ser destinado à compra de equipamentos, contratação de
pessoas, mobiliário, etc. É preciso também ter uma reserva para pagar todas as
despesas nos primeiros meses de operação. “As empresas no Brasil devem se
manter ativas e com uma vida financeira saudável. Caso ocorra o fechamento ou
falência, a solicitação ou manutenção do visto pode ficar comprometida”,
adverte Toledo.
Para que seja concedida
a estada do empresário, é preciso que o negócio esteja funcionando com
lucratividade e equilíbrio nas contas para ser possível manter o gestor e sua
família. “Após alguns anos e com o negócio bem estruturado com o visto L1, há
alguns caminhos que podem levar o beneficiário a um Green Card”, prevê o advogado.
O valor investido para
aplicação do visto L1 fica entre 5 mil e 10 mil dólares.
Atletas e artistas
Os atletas individuais
podem conseguir vistos P-1 com validade de cinco anos. Já as equipes podem
permanecer no país no máximo seis meses. Essa modalidade também inclui
artistas, produtores musicais, modelos, atores, escultores, jogadores de
futebol, investigadores, professores e esportistas. Aqueles que possuem
reconhecimento internacional e suas respectivas equipes de apoio e suporte, têm
direito a essa modalidade.
É preciso também um patrocinador
ou uma empresa que faça um pedido formal para que o artista possa atuar ou se
apresentar nos Estados Unidos, mas sem nenhum elo vinculante.
As exigências para quem
tem uma carreira artística, científica ou esportiva documentável são:
comprovação de carreira profissional, artigos de jornal, prêmios,
reconhecimentos em nível nacional e internacional, comprovação de altos
salários, participação como júri em competições no próprio setor, participação
em associações em que a inscrição é baseada em méritos artísticos e produção de
artigos ou livros inerentes ao próprio setor profissional.
Os cônjuges e filhos
desses profissionais, de idade inferior a 21 anos, podem ter o visto P-4, que
lhes permite estudar, mas não trabalhar. O visto P-3 diz respeito a
artistas que fazem parte de um programa cultural único. E o P-2 destina-se a
individuais e grupos que façam parte de um programa de intercâmbio entre EUA e
outros países.
Para qualquer um dos
quatro tipos de visto P, o aplicante deverá investir cerca de 5 mil dólares.
Sobre Daniel Toledo
Daniel Toledo é
advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito
Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da
LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br.
Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados
com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.
Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB
Santos.
Sobre o escritório
O escritório Toledo e Advogados Associados é especializado em direito internacional, imigração, investimentos e negócios internacionais. Atua há quase 20 anos com foco na orientação de indivíduos e empresas em seus processos. Cada caso é analisado em detalhes, e elaborado de forma eficaz, através de um time de profissionais especializados. Para melhor atender aos clientes, a empresa disponibiliza unidades em São Paulo, Santos e Houston. A equipe é composta por advogados, parceiros internacionais, economistas e contadores no Brasil, Estados Unidos e Portugal que ajudam a alcançar o objetivo dos clientes atendidos. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail contato@toledoeassociados.com.br.
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