5G jogará o mundo digital de hoje na pré-história
Além dos impactos para os usuários comuns,
tecnologia permitirá uma revolução nas cadeias produtivas e na geração de novos
negócios
Cidades e fábricas inteligentes, mais
aparelhos conectados em uma única rede, carros autônomos, mais produtividade no
campo e nas indústrias. Tudo, absolutamente tudo o que conhecemos hoje será
impactado de forma avassaladora por essa nova tecnologia. O 5G está aí e será
disruptivo.
Só para listar alguns motivos: ele
permite conectar mais aparelhos por km², é até 100 vezes mais rápido que o 4G e
deve consumir em torno de 90% menos energia dos aparelhos, o que significa você
conectado por muito mais tempo, sem a necessidade de recarregar o dispositivo.
Para nós, que atuamos na indústria de
TI, será revolucionário. Se até agora as tecnologias digitais tiveram maior
foco no consumidor final, pela primeira vez veremos uma atenção maior ao lado
de cá: automação de indústrias, inteligência artificial, robôs conectados e
maior criação de valor na cadeia produtiva. O 5G terá um impacto direto na
geração de novos negócios e no desenvolvimento econômico do país.
Preparem-se para uma explosão de
startups com todos os tipos de soluções para o mercado.
Uma pesquisa encomendada pelo Instituto
IT Mídia e realizada pela IDC, líder de inteligência de mercado, apontou que
até 2025 o 5G vai gerar US$ 25,5 bilhões em negócios B2B no Brasil. Isso irá
movimentar toda a cadeia do setor e impulsionar paralelamente outros segmentos
como segurança cibernética, robótica, serviços de public cloud e big data.
Uma das principais tendências apontadas
pela pesquisa é a implementação de redes privadas. Das soluções mais simples às
mais complexas, as empresas vão investir no seu “próprio 5G”, e as companhias
de telefonia também deverão estar preparadas para essa nova demanda.
Em algumas partes do mundo, essa
revolução já começou. A Mercedes-Benz construiu na Alemanha a primeira fábrica
automotiva como uma rede 5G própria no mundo. A “Fábrica 56”, como é chamada, é
equipada com várias antenas internas de células pequenas e um hub central. Todos os
processos produtivos são interconectados com uma rede sem fio de alta
performance.
Agora, como transformar todo esse ecossistema em oportunidade e novas receitas? A pesquisa aponta um caminho claro, que os mercados mais maduros de 5G já indicavam: colaboração. Os principais players precisarão trabalhar juntos para unir expertises e conseguir explorar ao máximo todas as vantagens dessa nova tecnologia. A tal interconexão terá de ser além da rede, também entre operadoras, integradores de sistemas, fabricantes de equipamentos, de sensores e de dispositivos.
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