Cinco itens para observar na hora de cercar a propriedade. Uso arame liso ou farpado?
O cercamento
de uma propriedade rural é importante para manter a produção segura, organizada
e protegida. "Porém, a produção agropecuária brasileira é complexa. Cada
região tem características próprias, inclusive de solo, índice pluviométrico,
topografia e outros fatores ambientais. Essas diferenças são importantes e
devem ser observadas na hora de realizar o cercamento, pois a eficácia dos
arames e cercas depende da boa escolha do produtor", explica Guilherme
Vianna, gerente de negócios da Belgo Bekaert, empresa referência no mercado
nacional de arames e tecnologias para o agronegócio.
Vianna informa
que se a fazenda é de pecuária, é necessário avaliar se há pastejos
rotacionados que exigem cercas convencionais ou eletrificadas, observar o
próprio manejo dos bovinos que é feito em currais ou a necessidade do uso de
telas específicas, seja para caprinos, ovinos e ou outros sistemas de produção.
Na agricultura, a aplicação de arames é essencial em parreirais, latadas,
espaldeiras, secadores de grãos, silos de superfície, condução de frutas e
hortaliças, entre outros. Além da proteção de lavouras contra o ataque de
animais silvestres e exóticos. "Ou seja: arames e cercas estão no
cotidiano dos produtores rurais. E isso independe do seu porte. Mas como são
itens essenciais para qualquer produção, é fundamental estudar e escolher os
materiais corretos para os diferentes usos", pontua o especialista da
Belgo.
Guilherme
Vianna relaciona cinco itens – ambientais ou físicos – a serem considerados ao
fazer o planejamento correto do cercamento das propriedades rurais. São eles:
1 -
Agressividade do ambiente
É a influência
do tipo de solo, da água e de possíveis agentes naturais e químicos levados
pelo ar que podem reduzir a vida útil do material usado na construção de
instalações rurais. Alguns ambientes se destacam pelo alto nível de
agressividade como fontes de águas salinas, áreas próximas a lavouras que
exigem o uso constante de adubações e defensivos para controle de pragas, solos
ácidos etc. Assim, quanto maior a agressividade dos ambientes e dos agentes
corrosivos, maior a necessidade de proteção do arame: mistura e revestimento de
elementos minerais, químicos ou orgânicos que proporcionam maior durabilidade.
Um destaque é a galvanização, quando arames, balancins, pregos, grampos e
acessórios, por exemplo, são cobertos com camada de zinco. Isso impede o
contato do material com o ambiente. Quanto mais espessa a camada de zinco,
maior a vida útil do material. Pode haver também a adição de alumínio ao zinco
(Bezinal), tornando a proteção ainda mais eficaz.
2 -
Materiais usados na sustentação e ancoragem das estruturas:
Os materiais
usados para a sustentação e a ancoragem das estruturas (postes, estacas,
mourões, travesseiros, escoras e outros) são essenciais, mas podem ser
agressivos aos arames e também sofrer com a agressividade do ambiente. É possível
classificar esses materiais de acordo com suas composições estruturais,
resistências, custo e impacto ecológico. A madeira de lei normalmente tem alta
durabilidade, alto custo e pode liberar resinas corrosivas para os arames. Já o
eucalipto tem boa durabilidade. Quando preservado e tratado de maneira correta,
o eucalipto pode durar até 20 anos. Já o poste de aço vem se apresentando como
uma ótima solução para cercas rurais, sendo muito durável e resistente ao
impacto dos animais. Concreto e plástico também são materiais a serem
considerados.
3 -
Topografia
A topografia –
ou a regularidade da superfície do terreno – determina a distância entre os
postes ou mourões, intermediários ou de meio, usados para sustentar e
direcionar os arames. A superfície regular é aquela em que a distância entre os
extremos de uma cerca (local de instalação das estruturas de esticamento dos
arames) não tem variação de direção (curvas) nem alterações bruscas no relevo
(depressões, valos, subidas e descidas). Os fios de arame devem estar sempre
paralelos ao solo, evitando que as cercas fiquem com espaços entre o solo e o
primeiro fio de arame. Os vãos podem permitir a passagem de animais ou a altura
do fio superior pode ser insuficiente para evitar que os animais pulem a cerca.
4 -
Tipo de solo
O tipo de solo
deve ser avaliado antes da aquisição do material, pois a montagem da estrutura
para suportar a tração dos arames deve ser dimensionada de acordo com a técnica
e a viabilidade para obter estruturas firmes e estáveis. Quanto maior a
quantidade e a carga de ruptura dos arames, maior deve ser a resistência da
estrutura que suportará a força exercida após o esticamento dos arames. Como
não é possível alterar a estabilidade do solo onde se pretende instalar uma
cerca, é melhor escolher arames com carga de ruptura menor. Para a construção
de cercas em terrenos acidentados, solos arenosos ou estruturas curtas, o arame
escolhido deve ter baixa carga de tração, exigindo estruturas simples e mais
baratas. Para solos firmes, as estruturas devem ser dimensionadas para alcançar
o maior espaçamento entre os mourões ou postes de sustentação ou
intermediários.
5 -
Carga de ruptura dos arames
Os arames
variam em função da carga de ruptura ou da resistência à tração que oferecem.
Quanto maior for a carga de ruptura dos arames maior deve ser a resistência das
estruturas usadas para suportar a força de tração dos arames. Os mais usados
para cercas rurais são os lisos, os farpados e as telas. A diferença entre os
dois tipos (liso ou farpado) varia conforme a carga de ruptura e a presença ou
não de farpas
Sobre a Belgo Bekaert
A Belgo Bekaert é líder brasileira na transformação de arames de aço desde sua
criação, fruto da parceria estratégica no Brasil entre a ArcelorMittal e a
Bekaert. A empresa atua nos segmentos de Agronegócios, Cercamentos, Construção
Civil, Automotivo, Solda, Aplicações Especiais e Indústria Petrolífera,
oferecendo um mix de produtos e serviços que atendem com tecnologia de ponta,
confiabilidade e qualidade aos mais diversos perfis de clientes.
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