Competências e habilidades profissionais – Jânyo Diniz – Presidente do grupo Ser Educacional
Jânyo Diniz – Presidente do grupo Ser Educacional
Muitas
vezes, pode parecer complicado conseguir o tão sonhado emprego, ainda mais
quando se considera o tempo médio de recolocação profissional no Brasil: de 6 a
12 meses dependendo da área de atuação e do nível hierárquico. Entretanto, as
oportunidades existem e estão aí para os profissionais que souberem desenvolver
métodos e aprimorar suas habilidades para alcançá-las.
A decisão de
fazer uma transição de carreira nunca é fácil, e envolve balancear diversas
prioridades, interesses e riscos. Para poder ajudar os adultos a terem uma
transição bem-sucedida para o próximo emprego ou carreira, é preciso levar em
consideração objetivos específicos para cada fase da vida pessoal e
profissional. É necessário que o aprendizado seja orientado às necessidades do
profissional e do mercado onde ele pretende atuar, que possa ser concluído em
um curto espaço de tempo, durante um período longe do emprego, ou que possa ser
concluído durante a transição planejada de carreira, além de ter um custo
compatível com a situação econômica em cada momento da vida.
O ideal é usar
o tempo disponível de forma positiva, procurando se tornar um destaque entre os
concorrentes. Mas como fazer isso? Algumas formas de tornar sua recolocação um
sucesso são se inscrever em cursos da área que deseja trabalhar, pois é uma
forma de agregar conhecimento; analisar as pessoas que conhece e buscar
realizar networking; se manter informado; e reorganizar o currículo para
torná-lo mais atrativo com suas novas conquistas e habilidades. Caso não se
sinta seguro em realizar esses procedimentos sozinho, há a opção de contratar
uma consultoria que auxilia quem precisa se recolocar no mercado de
trabalho.
De forma geral,
cada região, estado ou as organizações, sabem muito pouco sobre as capacidades,
aspirações e o potencial dos profissionais. Enquanto isso, os profissionais
eles têm dificuldade em demonstrar o que sabem, ou podem fazer, por que falta
as credenciais certas ou o poder certificador de um curso
universitário.
Por outro lado,
a maior parte dos empregadores e legisladores não tem dados para orientar com
precisão a criação de cursos que efetivamente atendam às necessidades regionais
das empresas. Embora entendam, intuitivamente, que a força de trabalho é local,
eles não sabem como isso afeta o desenvolvimento regional e o recrutamento de
mão de obra. Com uma análise mais precisa das demandas do mercado de trabalho e
um melhor entendimento da trajetória de carreira de milhões de pessoas, podemos
começar a desenvolver atividades orientadas às melhores oportunidades.
Habilidades customizadas para preencher necessidades específicas em um mercado
de trabalho cada vez mais mutável e complexo.
O uso assertivo
da tecnologia pode oferecer uma visão mais apurada do tipo de habilidades
comportamentais e técnicas, as chamadas soft e hard skills, que melhor
habilitam os profissionais a avançarem em suas vidas e trabalho. A internet
surge como uma facilitadora nessa busca. Nela, existem diversas plataformas que
são voltadas para o meio corporativo, como o LinkedIn e o Peixe 30. Duas redes
sociais com foco no mercado e disponibilidade de vagas, tanto para oferta
quanto para busca. No Peixe 30, plataforma mais recente e que incentiva o uso
de vídeos para “vender o seu peixe”, você faz a sua apresentação profissional em
30 segundos, destacando suas principais habilidades e competências. Além disso,
o aplicativo permite que o usuário acompanhe conteúdos no feed e escolha o
vídeo de algum profissional para comentar.
Com recursos
como estes, é possível ‘distribuir’ o currículo para as mais variadas empresas
em um curto período e mapear de forma mais organizada as vagas que estão sendo
oferecidas. É de extrema importância fazer uso dessas redes sociais e mantê-las
atualizadas, pois são bastante visitadas pelos líderes das empresas antes das
entrevistas com os seus candidatos, no intuito de conhecê-los melhor
profissionalmente.
Informações em
tempo real, como oportunidades e perfis de trabalho acessível a todos,
educadores, profissionais e empregadores, possibilitarão desenvolver cursos
customizados necessários a cada papel, habilidade ou comportamento, baseados
nas necessidades pessoais do profissional ou da empresa, preenchendo os gaps
entre o que o profissional é e o que a empresa necessita. Em contrapartida, a
customização profissional, das habilidades comportamentais e técnicas focadas
nas informações em tempo real do mercado e dos profissionais, se torna factível
e permitirá uma evolução sem precedentes na produtividade da mão de
obra.
A customização
profissional poderá, finalmente, ser chave para o aprendizado baseado em
competências, de forma a atender necessidades locais e pontuais do mercado de
trabalho. Em tempos de grandes mudanças tecnológicas, é necessário identificar
e projetar cursos mais flexíveis e adequados a cada necessidade.
O mercado de trabalho é um ambiente dinâmico. Portanto, independentemente de estar ou não buscando sua recolocação profissional, é necessário se manter informado sobre as novas habilidades e competências exigidas pelas empresas e sintonizado com as tendências do mercado. Quanto maior a qualificação, maiores são as chances de recolocação e contratação.
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