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Especialistas alertam para a importância do check-up no cuidado com a saúde

Com a redução nos casos de Covid, médicos do Instituto Orizonti e da Oncomed relatam que muitos pacientes retomaram a rotina clínica   

De acordo com Estevão Lanna, cardiologista e coordenador de check-up do Instituto Orizonti, os pacientes estão retomando a rotina (Foto: Divulgação Instituto Orizonti) 

Com a melhoria dos indicadores da pandemia um assunto fundamental em relação aos cuidados com a saúde precisa ser reforçado. Trata-se da importância dos check-ups médicos. Esses exames, que devem ser considerados de rotina, são essenciais na prevenção de diversas doenças – inclusive câncer - e na manutenção da qualidade de vida de todas as pessoas. 

Uma pesquisa realizada pela empresa Ticket, de benefícios de refeição e alimentação, apontou que três em cada dez brasileiros deixaram de realizar check-ups ou consultas após o início da pandemia. Cerca de um terço dos pesquisados revelou ter diminuído as idas em consultas preventivas e 28% não compareceram a exames de prevenção. O principal argumento foi o receio da contaminação pelo coronavírus. 

Agora, com a queda nos casos de Covid, muitos pacientes estão colocando os exames clínicos em dia. A constatação é do cardiologista Estevão Lanna, que é coordenador de check-up do Instituto Orizonti, na capital mineira.  

“No início da pandemia, a insegurança e o medo de contaminação fizeram com que as pessoas evitassem ao máximo ir a pronto-atendimentos, consultórios, laboratórios e clínicas. Muita gente deixou de fazer acompanhamento de doenças que necessitavam de consultas periódicas (hipertensão arterial, diabetes, por exemplo) e outras tantas deixaram de se tratar. Mas agora, felizmente, estão voltando”, comemora o médico.

Cuidado nunca é demais - Com a retomada da rotina por parte dos pacientes, o cardiologista destaca entre os exames laboratoriais mais comuns - que auxiliam nos diagnósticos -, o hemograma (para anemia, alterações nos leucócitos e imunidade); perfil lipídico (para colesterol total e frações); avaliação da função renal (mede a capacidade de filtração dos rins e previne a necessidade de realizar hemodiálise, por exemplo); TSH (avaliação da tireóide); glicemia de jejum e hemoglobina  glicada (diagnóstico de diabetes) além do PSA (exame que diagnostica a possibilidade de câncer de próstata).

“Uma boa análise clínica é indispensável, com anamnese (história clínica) e exame físico completo, buscando avaliar o paciente como um todo. Também é recomendável a realização de uma avaliação cardiológica completa, com eletrocardiograma, teste ergométrico e ecocardiograma, para identificar possíveis doenças cardiovasculares”, complementa.

Ainda conforme o médico, mais importante do que simplesmente realizar os exames é avaliar com um especialista os resultados e as condutas a serem tomadas a partir dos resultados. “Tratar os fatores de risco, mudar o estilo de vida, tomar as medicações eventualmente necessárias e reavaliar periodicamente são medidas essenciais para quem deseja manter a saúde em dia”, conclui.

Prevenção do câncer – Os check-ups também são relevantes na prevenção do câncer, principalmente para pessoas que têm histórico familiar da doença. “Esses procedimentos estão entre os que recomendamos justamente para reduzir a incidência do câncer. Ou seja, para aqueles pacientes que não têm a doença mas sabem a importância de estar em alerta”, explica o médico Leandro Ramos, oncologista da Oncomed, clínica especializada na prevenção e tratamento de câncer, também em Belo Horizonte.   

Ramos reforça que o grande objetivo dos check-ups, na oncologia, é fazer o diagnóstico de uma lesão pré-maligna (ou ainda benigna) antes dela se transformar em câncer. “Muitas vezes fazemos exames check-ups em pacientes sem sintomas ou queixas, mas a doença já está lá, imperceptível. É o caso da mamografia, por exemplo”, explica.

O especialista da Oncomed conclui lembrando que, a partir desse tipo de detecção precoce, o caminho para a cura se torna mais ágil e seguro. “Nunca é demais lembrar que o tipo de tratamento nessa fase é menos desgastante e com melhores resultados na comparação com diagnósticos tardios”, garante. 

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