Finanças Descentralizadas: entenda as vantagens e riscos das DeFi
Especialista explica os diferenciais das
operações com banco de dados descentralizado e imutável
As DeFi, ou finanças descentralizadas,
são o conjunto de serviços e produtos financeiros, como empréstimos,
transferências e sistemas de pagamentos, que rodam em uma blockchain, espécie
de banco de dados descentralizado e imutável. Na maioria dos casos, essas
soluções não são controladas por intermediários, como bancos ou outras
instituições financeiras.
Com o termo cada vez mais em alta, é
comum que entusiastas do mercado de criptomoedas se perguntem quais são os
diferenciais dessas operações, bem como as vantagens e desvantagens antes de
dar o primeiro passo neste mercado. Rafael
Lima, Head de Operações Estruturadas da fintech Rispar, explica
a seguir as principais características das DeFi, para que o consumidor possa
esclarecer as principais dúvidas sobre essa modalidade.
Principais vantagens
Segundo Lima, os empréstimos DeFi têm
múltiplas vantagens para todas as partes envolvidas, quando comparados ao
sistema tradicional. A principal vantagem são os custos que, em grande parte,
batem com o mercado tradicional.
Além disso, ele explica que os
empréstimos DeFi são concedidos de forma consistente, já que todas as taxas e
regras DeFi são claramente definidas, deixando pouco espaço para erro humano.
“É importante entender que o Blockchain é um livro-razão público que pode fornecer
registros sob demanda de todos os empréstimos DeFi, como as regras e políticas
que concederam a negociação. E este livro razão público distribuído serve como
prova de todas as transações financeiras quando um empréstimo DeFi é
concedido”, esclarece.
Por fim, uma das vantagens se dá em
relação aos prazos, já que os empréstimos DeFi são processados rapidamente e o
valor emprestado fica disponível imediatamente se o empréstimo for aprovado.
Riscos
Assim como em qualquer tipo de operação
financeira, é fundamental que o consumidor esteja atento sobre os riscos destas
finanças. Lima alega que é possível que o investimento do consumidor seja
liquidado antes do esperado, diante de uma oscilação no preço dos tokens, por
exemplo.
Uma vez que DeFi é construído através de
códigos, o risco mais comum é a falha de programação que expõem a hackers
vulnerabilidades onde eles podem remover todos os valores depositados, segundo
o especialista. Diante do empréstimo, o cliente recebe como juros o “colateral”
que o pool fornece, então corre-se o risco do valor desse ativo cair e gerar um
prejuízo comparado ao valor que emprestou.
DeFi como próximo passo
De acordo com Rafael Lima, muitos
consideram o DeFi o próximo passo devido ao conceito de Finanças
Descentralizadas. Esse termo abrangente contempla uma variedade de aplicações e
projetos no espaço aberto da blockchain sem ter uma autoridade central de
governança. Essencialmente, esse uso da tecnologia alfineta o mundo das
finanças tradicionais em múltiplos aspectos, aprimorando a movimentação digital
do dinheiro e criando ferramentas totalmente inéditas.
Nesse cenário, o Governo e o mercado
tradicional já entenderam que as finanças descentralizadas vieram para ficar.
Esta nova tecnologia não pode ser ignorada, pois diariamente observamos novos
governos e players do mercado financeiro tradicional se rendendo a este novo
conceito.
“A Rispar é uma fintech brasileira que
atua nestes dois mercados, pois oferece crédito aceitando criptomoedas como
garantia. Porém, diferente dos projetos DeFi, ao solicitar um empréstimo, o
valor recebido é em reais, não em outra moeda digital ou estrangeira. Além
disso, a instituição não executa liquidações automáticas, como demais
protocolos, e as taxas aplicadas são super competitivas, e o processo
totalmente rápido e dinâmico”, conclui.
Sobre a Rispar
A Rispar é a primeira fintech a oferecer
crédito em reais tendo bitcoin como garantia e, graças a esse formato, consegue
disponibilizar as taxas de juros mais baixas do mercado e trazer ainda mais pessoas
para o universo de criptomoedas.
A fintech atua sob uma estrutura regulamentada pelo Banco Central do Brasil e já conta com mais de 8 mil clientes, além de parcerias de peso como a holding QR Capital, que levou à B3 o primeiro ETF 100% de bitcoin da América Latina, QBTC11 e a BitGo, referência mundial em custódia de ativos digitais.
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