EDUCAÇÃO PARTICIPATIVA | Como fortalecer a parceria da escola com familiares e responsáveis?
A participação dos familiares na vida escolar
das crianças e dos adolescentes contribui para a aprendizagem e o
desenvolvimento integral dos estudantes, além de impactar positivamente todo o
ecossistema escolar. Para apoiar famílias e docentes nesta construção, a Geekie
reuniu dicas para que educadores possam desenhar estratégias para aproximar as
famílias da escola, celebrar as parcerias já consolidadas e realizar atividades
diversas para engajar pais e responsáveis.
São
Paulo | O
envolvimento das famílias com a educação formal dos filhos favorece não só a
aprendizagem, o desenvolvimento e o desempenho acadêmico dos estudantes, como
também contribui para um ambiente escolar mais positivo e para a motivação e a
autoconfiança dos alunos. Além disso, a participação na vida escolar das
crianças e dos adolescentes faz com que pais, mães e responsáveis ensinem, por
meio do exemplo, que valorizam a educação e a busca pelo conhecimento. Do lado
da escola, o bom relacionamento garante, ainda, a satisfação das famílias e
influencia na retenção de alunos. Pais, mães e responsáveis – que estejam
felizes com o colégio – podem promover a instituição naturalmente, ao indicarem
a escola para outras famílias. Essas são algumas das conclusões da equipe
pedagógica da Geekie ao refletir sobre a importância dessa aproximação de
diferentes atores do universo escolar.
Segundo Hércules Luiz Júnior, diretor de
Customer Success da Geekie, para assegurar esse contato mais estreito com
as famílias são necessárias várias ações. A primeira delas é expor com clareza
o projeto pedagógico da escola. “É importante que a instituição apresente a
linha pedagógica, a equipe de professores e coordenadores, o modo como
trabalha, as ferramentas tecnológicas e outros recursos que utiliza, as
novidades e as mudanças que acontecem de um ano para outro. Essas informações
ajudam a alinhar as expectativas e os objetivos com as famílias. No início de
cada ano, encontros com esse objetivo podem acontecer por segmento – educação
infantil, anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio – e
ter continuidade nas reuniões de classe”, afirma, acrescentando que essas ocasiões
são valiosas para criar vínculos com as famílias, conhecer melhor os alunos,
ouvir pais, mães e responsáveis, sugerir ações específicas e encaminhar
eventuais problemas e dificuldades. Reuniões individuais com as famílias também
devem ocorrer na educação infantil e nos anos iniciais do Fundamental ou quando
os pais trouxerem alguma questão para o professor.
De acordo com Hércules, informar as
famílias sobre atividades e projetos que estão acontecendo e dar visibilidade
ao que os alunos estão aprendendo – além de envolvê-las como parte do processo,
fomentando uma postura corresponsável – são outros pontos fundamentais. Por
exemplo, algumas escolas já usam ferramentas digitais que geram um relatório de
acompanhamento do estudante. Por meio dele, pais, mães e responsáveis podem
conferir a entrega de lições e verificar o desempenho e o engajamento em
atividades e propostas, apoiando e incentivando os filhos. As escolas também
devem investir em uma comunicação objetiva, transparente e eficiente, dispondo
de um canal oficial para o envio de comunicados, como um aplicativo ou sistema
para interagir com as famílias. Também precisa ter presença nos diversos meios
de divulgação e interação, como site, e-mail e redes sociais. Ao possibilitar a
veiculação de vídeos e fotos e a interação em tempo real, as mídias sociais são
ferramentas potentes para o engajamento das famílias. “Com pais, mães e
responsáveis tendo visibilidade de todo o processo, a escola terá uma família
ativa no processo educativo dos estudantes, que participam das decisões e dos
movimentos da escola”, afirma.
Além da presença das famílias em eventos
relacionados a datas comemorativas, como Dia das Mães, dos Pais ou da Família e
Festa Junina, ou ainda nas tradicionais Feiras de Ciências, Cultura e Literária,
pais, mães e responsáveis também podem ser convidados para ver a produção de
seus filhos na escola ou participarem de uma aula especial em que vão, por
exemplo, realizar uma declamação de poema em família. Outra forma de estreitar
os laços é a escola identificar temas de interesse das famílias e trazer
palestrantes – que podem ser, inclusive, pais, mães ou responsáveis – para
abordar o assunto. Para as instituições que oferecem Ensino Médio, já de olho
na escolha profissional dos alunos, uma ideia é realizar uma jornada de
orientação profissional, em que os próprios expositores ou parte deles são pais
e mães dos estudantes, que vão falar sobre suas áreas de atuação. Ao perceber
temas sensíveis para a comunidade, a escola também pode organizar grupos de
discussão e trocas de experiência entre famílias sobre os desafios da
adolescência, questões de saúde mental ou inclusão, por exemplo.
Promover eventos e atividades de
integração nas próprias dependências da escola ou abrir espaço para que as
famílias ou mesmo os estudantes do Ensino Médio façam isso é um outro caminho.
Podem ser desde a organização de um brechó, uma feira de troca de brinquedos e
livros ou uma oficina, em que uma pessoa vai compartilhar uma habilidade –
culinária, artesanato –, até um festival de jogos de tabuleiro ou campeonato
esportivo para integrar familiares, educadores e alunos.
SUGESTÕES PARA ESTREITAR O
RELACIONAMENTO DA FAMÍLIA COM A COMUNIDADE ESCOLAR | EDUCAÇÃO
INFANTIL E
ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Uma dessas atividades, como a oficina ou
o campeonato esportivo, pode ser aproveitada para estreitar o relacionamento da
família com a escola. Para isso, é necessário enviar um convite às famílias,
explicando o motivo e a importância do encontro. Outra possibilidade é realizar
um evento comemorativo com a exposição de trabalhos feitos pelos alunos ou
apresentações artísticas de música e dança em homenagem às famílias. Ao final,
pais, mães e responsáveis podem receber uma lembrança dos estudantes. Se a
ideia é desfrutar de um novo ambiente, uma alternativa é fazer uma manhã de
integração em um parque público. O evento pode contar com atividades ao ar
livre, como caminhada, ginástica e ioga, e terminar com um piquenique.
_ Atividades para fazer em família | Na linha de incentivar e valorizar a
relação com as famílias e a colaboração entre pais, mães e filhos, a
instituição pode sugerir a realização de atividades em casa, cujos registros e
fotos posteriormente serão compartilhados nos corredores e nas áreas comuns ou
no site e nas redes sociais da escola.
_ A história da minha família: a ideia é que os alunos entrevistem um
familiar ou pesquisem sobre a origem da família e dos antepassados, sua
história, suas tradições e seus costumes, e façam um registro em forma de
texto, vídeo ou áudio.
_ Minha família é assim: aqui, os estudantes devem gravar um
vídeo mostrando o que mais gostam de fazer em família e o porquê, como ir ao
parque, viajar ou assistir a um filme; vale entrevistar várias pessoas da
família para ter o ponto de vista de cada um e até fazer a gravação no local da
atividade preferida.
_ Receita de família: os estudantes podem preparar uma
receita com os pais, as mães ou os responsáveis que seja significativa para a
família, passada de geração a geração, ou simplesmente um prato que todos
adoram; eles devem comentar sobre o significado daquela receita, seu modo de
preparo e porque é especial para a família.
_ Retratos de família: os alunos podem fotografar seus
familiares ou retratá-los em desenhos e pinturas, preferencialmente fazendo uma
atividade de que gostem ou com um objeto que os representem, como um livro, um
brinquedo, uma flor ou um utensílio; as imagens podem compor um grande mural
das famílias da comunidade escolar e decorar as dependências da escola.
SOBRE A GEEKIE |Referência em educação com apoio de
inovação no Brasil e no mundo, a Geekie foi fundada em 2011 – pelos
empreendedores Claudio Sassaki e Eduardo Bontempo – com a missão de transformar
a educação do país. Em uma década, a empresa tem desenvolvido soluções
inovadoras que potencializam a aprendizagem. Com foco no Ensino Básico, a edtech alia tecnologia de
ponta a metodologias pedagógicas inovadoras. Única plataforma brasileira de
ensino adaptativo credenciada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para
o Guia de Tecnologias Educacionais – que identifica soluções tecnológicas
capazes de melhorar a qualidade do ensino brasileiro –, em sua trajetória a
Geekie alcançou mais de cinco mil escolas públicas e privadas de todo o país,
impactando cerca de 12 milhões de estudantes.
Entre as certificações mais relevantes, a empresa destaca: WISE 2016 (Qatar Foundation), TOP Educação (Revista Educação, categoria software educacional mais lembrado do mercado), Empreendedor Social Brasil (Folha de S. Paulo e Fundação Schwab), Empreendedor Social Mundial (Fundação Schwab), Trip Transformadores e Empresas Mais Conscientes (Revista IstoÉ). A Geekie já contou com aporte de investidores de tradição na área educacional como Arco Educação, família Gradin (por meio do fundo Virtuose), Fundação Lemann, Jorge Paulo Lemann (por meio do Fundo Gera), além dos fundos, o norte-americano Omidyar Network e o japonês Mitsui & Co.
Nenhum comentário