Preço do ouro impulsiona mercado de joias second hand
Vinculada ao dólar americano, cotação do metal
vem atraindo quem pensa em investir ou precisa levantar recursos de forma mais
rápida
São Paulo, maio de 2022 – Em tempos de crise econômica, as
joias pessoais passaram a ser vistas como ativos por um número maior de
pessoas, seja para investimento ou para saldar dívidas. O valor do dólar
influencia diretamente na cotação do metal, fazendo com que o cenário seja
atrativo e com a grama do ouro superando R$ 300 neste mês, especialista da
Vecchio Joalheiros explica como isso impulsiona o mercado de peças de segunda
mão no Brasil.
Avner Itshak Mazuz, CEO, explica que a
compra e venda acabou ganhando ainda mais força com a média de valor que o ouro
alcançou durante a pandemia. Antes deste período, o valor médio para a grama do
ouro estava em R$150 e, atualmente, este valor dobrou, alcançando R$300,
considerado também como commodity. O dólar, principal parâmetro para
negociações no mundo inteiro, também apresentou grande aumento durante a
pandemia, saltando de R$4,50 para o valor atual médio de R$5,20 demonstrando
crescimento de mais de 15,5%.
“Com esses índices, o momento é
favorável, para boas negociações. O valor da grama, entretanto, não é o único
item que pesa na hora da compra ou venda. Existem outros, como a raridade, a
coleção, acompanhar pedras preciosas ou não. Este movimento impulsiona algo
além dos negócios, como o fortalecimento da cultura second hand”, explica o
executivo.
Neste ano, a Vecchio avalia que a
procura por serviços de compra de joias já subiu em 45% e crescimento para
venda em 26%, enquanto o setor de joias e metais preciosos no Brasil movimentou
US$ 146,38 milhões em exportações, segundo dados divulgados pelo MDIC. Já o
faturamento do mercado brasileiro de joias, no ano de 2021, teve aumento de 20%
comparado ao ano de 2020, atingindo a marca de US$4,5 bilhões faturados,
segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM).
Sustentabilidade, a joia da coroa
Segundo dados divulgados pela entidade
internacional, World Gold Council, com relação aos números do setor para o
primeiro trimestre de 2022, o mercado do ouro iniciou o ano de forma “sólida”.
Outro dado importante divulgado pela entidade foi que a oferta do ouro reciclado
aumentou em 15% no comparativo com o ano passado, significando que este
primeiro trimestre de 2022 foi o mais forte no período de 6 anos, para a
atividade de reciclagem do ouro.
“O mercado de luxo tem entendido cada
vez mais que a circulação de uma joia cara tem benefícios econômicos e
ambientais. Para a nova geração, principalmente, diminuir impactos é tão ou
mais valioso que a exclusividade de uma peça. As grandes coleções assinadas
continuarão fazendo um ótimo trabalho, mas devem surgir mais empresas
especializadas em atender quem busca passar adiante suas joias”, finaliza o
CEO.
A simbologia do ouro
Material favorito no Egito Antigo para a
fabricação de joias e outros ornamentos para associar as pessoas ao poder e
prestígio, até hoje o ouro mantém a simbologia de conquista, como no caso das
Olimpíadas, que desde o início das competições, em 1896, premiam o melhor
atleta de cada modalidade com a entrega de uma medalha de ouro.
Considerado o metal mais maleável e que
não corrói, o ouro para as nações é uma das principais referências econômicas.
Muitos países contam com a chamada “reserva do ouro”, uma segurança financeira
para casos emergenciais contra crises cambiais.
Sobre a Vecchio Joalheiros
Desde 1970 no mercado joalheiro, é uma das maiores referências do país em joias e relógios de luxo, pioneira em comprar, trocar e vender peças adquiridas de coleções particulares e, agora, em promover a cultura second hand, economia cíclica e sustentabilidade.
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