PROGRAMAÇÃO ESPECIAL APRESENTA PARA TODO O PAÍS OS MELHORES FILMES INTERNACIONAIS DOS 10 ANOS DA MOSTRA ECOFALANTE
NA SEMANA DO MEIO AMBIENTE, RETROSPECTIVA EXIBE PELA PRIMEIRA VEZ DE
FORMA ONLINE E GRATUITA 20 FILMES DE SUCESSO DO EVENTO
* de 1º a 21/06,
a programação especial da Semana do Meio Ambiente disponibiliza gratuitamente
20 longas internacionais
* no evento, estão títulos vencedores do Oscar,
como “A Enseada”, e premiados nos festivais de Berlim e Sundance, como “Sobre a
Violência” e “Máquinas”
* nos dias 3, 4 e 5/06, acontecem ainda sessões
presenciais em avant-première do filme “Lixo
Mutante”, no Centro Cultural São Paulo;
todas elas são seguidas de discussões
* a programação inclui ainda dois debates
online, nos dia 2 e 9 de junho, que discutem respectivamente os 30 anos da Rio
92 e o futuro dos festivais de cinema a partir da retomada pós-pandemia
* evento é uma prévia da mostra principal, que
acontece de 27 de julho a 18 de agosto
Considerado o mais importante festival sul-americano
dedicado às temáticas socioambientais, a Mostra
Ecofalante de Cinema (cuja 11ª edição acontece de 27 de julho a 18
de agosto), apresenta em junho uma retrospectiva
especial com 20 títulos de destaque exibidos nas
dez primeiras edições do festival. O evento, que é totalmente gratuito,
tem o objetivo de celebrar a Semana do Meio Ambiente, que oficialmente é
comemorada na primeira semana de junho.
De 1º a 21 de junho, a Mostra
Ecofalante – Especial Semana do Meio
Ambiente disponibiliza sua programação de forma online e acessível em todo
o Brasil através do site ecofalante.org.br.
No total, estão reunidos online 20 longas-metragens
produzidos entre 2009 e 2021 e ainda um documentário
inédito, “Lixo Mutante”, de Dani Minussi e Adriano Caron, que é
exibido em avant-première nos dias 3, 4 e 5 de junho, às 19h30, no Centro
Cultural São Paulo, com entrada franca. Após
as exibições são realizadas discussões com o público. O filme discute a questão
dos resíduos sólidos através de entrevistas e performance, além de propor novas
relações entre sociedade, indivíduo e lixo.
A programação traz ainda, nos dias 2 e 9 de junho, dois debates online,
que são transmitidos pelo canal da Mostra Ecofalante no YouTube (youtube.com/mostraecofalante). O primeiro deles trata da efeméride de 30 anos da Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Rio-92, e
dos 50 anos do Relatório "Limites para o Crescimento", também
conhecido como "Relatório Meadows", que foi o primeiro grande alerta
da ciência para o fato de que o modo de vida da civilização ocidental não
poderia ser sustentado pelos recursos planetários no longo prazo. Já o debate
do dia 9 de junho, que reúne cineastas e diretores de festivais, discute o
futuro dos festivais de cinema a partir da retomada pós-pandêmica.
Na programação de abertura do evento, em 1º/06,
são apresentadas duas produções que causaram forte impacto junto ao público da Mostra Ecofalante de Cinema. O vencedor do Oscar de
melhor documentário de longa-metragem “A Enseada” (2009) mostra como um grupo de ativistas, liderados por
um treinador de golfinhos e utilizando equipamentos de última geração, se
infiltra em uma enseada escondida no Japão, trazendo à tona um segredo sombrio e
mortal. Dirigido pelo norte-americano Louie Psihoyos, o longa conquistou ainda o prêmio do público para documentários no Festival de Sundance, entre
dezenas de outras premiações.
Por sua vez, o espetacular “Era Uma Vez Uma Floresta” (2013), do francês Luc Jacquet (vencedor do Oscar por "A Marcha
dos Pinguins"), nos introduz aos segredos e tesouros contidos numa
floresta tropical. Através de belíssimas animações sobrepostas em cenários
reais, somos convidados a testemunhar como nasce uma floresta tropical. Aqui, se documenta o crescimento de uma
floresta, em uma jornada nas profundezas da selva tropical. Trata-se de um convite para um mundo
de maravilhas naturais e beleza surpreendente. O filme fornece uma completa
imersão sensorial no esplendor primitivo de um dos mais ricos mistérios da
natureza, convocando o público a entrar, descobrir e se maravilhar com um
universo de tesouros incalculáveis, enquanto une sua voz à crescente
consciência da necessidade de preservar nosso mundo. A obra foi indicada ao
prêmio César (o “Oscar” do cinema francês) na
categoria de melhor documentário.
Do
mesmo diretor de “Era Uma Vez Uma Floresta”, a programação da Mostra Ecofalante – Especial Semana do Meio Ambiente traz também “O Céu e A Geleira” (2015), filme
selecionado para o Festival de Cannes. Desta vez, o cineasta se debruça sobre a
trajetória de Claude Lorius, que passou a estudar o gelo antártico em 1957. A
história da glaciologia ganha vida através de paisagens de tirar o fôlego e nas
emoções evocadas, resultando em uma aventura científica profundamente humana.
No britânico “Trashed
- Para Onde Vai Nosso Lixo?” (2012), de Candida Brady, o ator vencedor do Oscar Jeremy
Irons se propõe a descobrir a extensão e os efeitos do problema global do lixo
enquanto viaja ao redor do mundo para destinos contaminados pela poluição. O
filme teve première no Festival de Cannes e venceu o prêmio especial no
Festival de Tóquio.
Partindo do mau-cheiro de um pijama infantil, o diretor Jon J.
Whelan promove em “Cheirando Mal” (2015) uma divertida,
esclarecedora e às vezes quase absurda jornada entre varejistas, laboratórios,
empresários e o Congresso norte-americano. Exibido em mais de 25 festivais pelo
mundo, o filme recebeu diversos prêmios, incluindo o de melhor documentário no Festival de
Cinema de Memphis e de melhor filme ambiental nos festivais de Sedona e Atlanta
(EUA).
De forma descontraída, “Bag It” (2010), de Suzan
Beraza, acompanha um
ativista em uma viagem pelo planeta, em uma
investigação sobre os efeitos do plástico nos rios, oceanos e até nos corpos
humanos. A obra foi vencedora do prêmio do público no Festival de Cinema
Independente de Ashland (EUA).
Selecionado para o Festival de Sundance e
premiado no Festival de Berlim, “Sobre a
Violência” (2014), de Göran
Hugo Olsson, aborda o neocolonialismo atual a partir de materiais de arquivo
recém-descobertos
sobre a luta pela libertação do domínio colonial e da
leitura de trechos do livro “Os Condenados da
Terra”, de Frantz Fanon.
Eleito
melhor documentário nos Prêmios Goya – a
premiação mais importante do cinema espanhol –,
o longa “Frágil Equilíbrio” (2016),
de Guillermo García López, cruza três histórias de três continentes,
articuladas pelas palavras de Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai. O filme
trata de questões universais que ameaçam a humanidade, questionando as bases do
mundo em que vivemos.
A produção austríaca “Safári” (2016), de Ulrich Seidl, causou impacto em audiências de diversos
países ao traçar um perturbador retrato da natureza humana. Ele acompanha turistas ricos europeus em safáris
para matar espécies muitas vezes ameaçadas de extinção. Com estreia no Festival
de Veneza, o filme foi selecionado para mais de 40 eventos pelo mundo,
incluindo os festivais de Roterdã, Toronto e CPH:DOX - Festival de
Documentários de Copenhagen.
Longa-metragem
de estreia da premiada cineasta alemã Cosima Dannoritzer, “A Conspiração da Lâmpada” (2010) lembra que houve um tempo em que
bens de consumo eram feitos para durar. E revela que, em 1920, um grupo de
empresários percebeu que quanto mais seus produtos durassem, menos eles
lucravam, decidindo então reduzir a vida útil dos produtos para aumentar as
vendas. O filme foi laureado em eventos na Espanha e na China e sua diretora
assina também outros títulos já exibidos em diferentes edições da Mostra
Ecofalante de Cinema, como “Ladrões do Tempo” (2018) e “A Tragédia do Lixo
Eletrônico” (2014).
Elogiado por sua exuberância visual e vencedor
do prêmio de
melhor documentário canadense no Festival de Vancouver, “Antropoceno – A Era Humana”, de Jennifer Baichwal,
Nicholas de Pencier e Edward Burtynsky, percorre seis continentes e 20 países
para documentar o impacto causados pelos humanos no planeta.
Dois dos longas-metragens programados são
assinados pelo diretor suíço Markus Imhoof. Selecionado para o Festival de
Locarno, “Mais Que Mel” (2012) investiga o desaparecimento de
abelhas ao redor do globo, penetrando no fascinante mundo desses animais. Por
sua vez, premiado no Festival de Berlim, “Eldorado” (2018) discute a atual crise de refugiados e revela a forma como eles vêm
sendo tratados nos dias de hoje no Mar
Mediterrâneo, no Líbano, na Itália, na Alemanha e na Suíça.
No dinamarquês “A Escala Humana”, produção selecionada para o reputado festival
CPH:DOX - Festival de Documentários de Copenhagen, o diretor Andreas M. Dalsgaard documenta
como cidades modernas repelem a interação humana.
“Máquinas” (2017), de Rahul Jain, se passa em uma gigantesca fábrica têxtil na Índia,
dando foco à vida dos trabalhadores, o sofrimento e o ambiente de onde eles
dificilmente podem escapar. O longa venceu o prêmio de melhor documentário da
mostra World Cinema do Festival de Sundance.
Dirigido pelo norte-americano Andrew Morgan (da série
“Untold America with Andrew Morgan”), “O
Verdadeiro Preço” (2015) teve
première no Festival de Cannes e explora o impacto
sistema alimentar, tratando de temas como perda de solo, falta de água,
emergência climática e pesticidas, além de dar visibilidade a pessoas que
estão determinadas a resolver o problema.
A produção de celulares é relacionada à guerra civil da República
Democrática do Congo, considerada o conflito mais sangrento desde a Segunda
Guerra Mundial, no documentário dinamarquês “Sangue no Celular” (2010), de Frank Piasecki Poulsen. Contemplado nos Cinema for Peace
Awards (Alemanha), o filme revela como as fábricas desses aparelhos estão
indiretamente financiando o conflito.
Já “Golpe
Corporativo” (2018), de Fred Peabody, investiga como corporações e
bilionários foram capazes de assumir gradualmente o controle do processo
político nos Estados Unidos e em outros lugares. O “golpe de estado
corporativo” que começou há 45 anos destruiu a vida de dezenas de milhões de
norte-americanos que não conseguem mais encontrar trabalho que forneça um
salário digno, amaldiçoados a viver em pobreza crônica. A obra foi selecionada
para os festivais de documentário IDFA-Amsterdã e Hot Docs (Canadá).
A incrível jornada de três jornalistas
holandeses que tentaram persuadir grandes corporações a acabar com o uso do
trabalho infantil na indústria do chocolate é retratada pela diretora Benthe Forrer em “O Caso do Chocolate” (2016),
resultando em um filme de ritmo acelerado, engraçado e inspirador. A obra
circulou em festivais na Europa e nos Estados Unidos.
Dirigido
pelo norte-americano Matt Wechsler, “Sustentável” (2016) foi exibido em mais de 40
festivais ao redor do mundo e venceu o Prêmio Humanitário no Accolade Global
Film Competition de 2016. O filme investiga a instabilidade econômica e
ambiental de nosso sistema alimentar, revelando os problemas ligados à
exploração agrícola – perda de solo, falta de água, emergência climática,
pesticidas.
Segundo o diretor do
evento, Chico Guariba, “a Mostra Ecofalante de Cinema completou
dez anos em 2021 e é o festival que mais cresce no país. Nessa programação
especial da Semana do Meio Ambiente, fizemos uma seleção de alguns dos filmes
internacionais mais importantes que passaram pela Mostra, inicialmente exibidos
em São Paulo, com o intuito de levá-los agora a todo o Brasil”.
A Mostra
Ecofalante – Especial Semana do Meio Ambiente é uma realização da ONG
Ecofalante. Apresentado pelo Ministério do Turismo, Valgroup e Ecofalante, o
evento conta com patrocínio da Mercado Livre e da Spcine. A iniciativa tem
apoio da White Martins e Comerc Energia.
Criada em 2012, a Mostra
Ecofalante de Cinema ampliou e definiu novos parâmetros para este tipo de
iniciativa, colocando em discussão – além de biodiversidade, emergência
climática, contaminação e povos originários – temas relacionados à vida nas
cidades, ativismo, alimentação, consumo, economia, trabalho e saúde. Sua 11ª
edição acontece de 27 de julho a 18 de agosto.
serviço:
Mostra Ecofalante
– Especial Semana do Meio Ambiente
de 1º a 21 de
junho de 2022
gratuito
online:
presencial:
Centro Cultural
São Paulo - Rua Vergueiro 1000, Paraíso - São Paulo
realização:
Ecofalante
direção: Chico
Guariba
apresentação:
Ministério do Turismo, Valgroup e Ecofalante
patrocínio:
Mercado Livre e Spcine
apoio: White
Martins e Comerc Energia
redes
sociais
www.instagram.com/mostraecofalante
www.youtube.com/mostraecofalante
atendimento à
Imprensa:
ATTi Comunicação
e Ideias - Eliz Ferreira e Valéria Blanco
(11) 3729.1455 /
3729.1456 / 9 9105.0441
PROGRAMAÇÃO ONLINE DE FILMES [ecofalante.org.br]
1 a 7 de junho
* “A
Enseada” (92 min) - Louie Psihoyos
1 a 14 de junho
* “Era
Uma Vez Uma Floresta” (78 min) - Luc Jacquet
2 a 15 de junho
* “Trashed - Para Onde
Vai Nosso Lixo?” (97 min) - Candida Brady
* “A Conspiração da Lâmpada” (75 min) - Cosima Dannoritzer
3 a 16 de junho
* “O Céu
e A Geleira” (89
min) - Luc Jacquet
4 a 17 de junho
* “Sangue
no Celular” (82 min) - Frank Piasecki Poulsen
roupas
5 a 8 de
junho
* “Antropoceno
– A Era Humana” (87 min) - Jennifer Baichwal, Nicholas de Pencier e Edward Burtynsky
5 a 8 de junho
* “Mais Que Mel” (95 min) - Markus Imhoof
5 a 18 de junho
* “Bag It” (74 min) - Suzan
Beraza
6 a 19 de junho
* “Sustentável” (92 min) - Matt Wechsler
7 a 20 de junho
* “Cheirando Mal” (95 min) - Jon J.
Whelan
8 a 21 de junho
* “O Caso
do Chocolate” (91 min) - Benthe Forrer
9 a 21 de junho
* “Golpe
Corporativo” (90 min) - Fred Peabody
10 a 13 de junho
* “Máquinas”
(71 min) - Rahul
Jain
11 a 14 de junho
* “A
Escala Humana” (83 min) - Andreas
M. Dalsgaard
12 a 18 de junho
* “Safári”
(90 min) - Ulrich
Seidl
13 a 19 de junho
* “O
Verdadeiro Preço” (92 min) - Andrew Morgan
14 a 18 de junho
* “Sobre
a Violência” (85 min) - Göran Hugo Olsson
15 a 21 de junho
* “Frágil Equilíbrio” (81 min) - Guillermo
García López
16
a 20 de junho
* “Eldorado”
(91 min) - Markus
Imhoof
PROGRAMAÇÃO PRESENCIAL [Centro Cultural São
Paulo]
3, 4, 5 de junho, às 19h30
* Lixo Mutante (67 min) -
Dani Minussi e Adriano Caron
PROGRAMAÇÃO ONLINE DOS DEBATES [youtube.com/mostraecofalante]
2 de junho, às 19h00
* “Rio+30 e Limites do
Crescimento”
9 de junho, às 19h00
* “O Futuro dos Festivais no
Contexto Pós-pandêmico”
DADOS SOBRE OS FILMES
* “A
Conspiração da Lâmpada” (“The Light Bulb Conspiracy”, França/Espanha, 2010,
75 min) - Cosima Dannoritzer
A obsolescência programada é um mecanismo que provoca o encurtamento da vida de
um produto para garantir uma demanda contínua. Ela está no âmago da sociedade
de consumo, movida pelo desperdício. A economia moderna, baseada no crescimento
econômico, conseguiria se sustentar sem a obsolescência programada? Essa é uma
das questões chave colocada pelo filme.
Vencedor do
prêmio de melhor documentário televisivo nos Ondas Awards (Espanha); melhor
filme sobre ciência, tecnologia ou educação no Festival de Documentários de
Guangzhou (China).
*
“A Enseada” (“The Cove”, EUA, 2009,
92 min) - Louie Psihoyos
Nos anos 1960, Richard O’Barry era a
autoridade mundial máxima em treinamento de golfinhos, trabalhando nas
filmagens do popular seriado televisivo "Flipper''. Dia após dia, ele
mantinha os golfinhos trabalhando e a audiência sorrindo. Até o dia em que tudo
aquilo se tornou uma tragédia. Esta é a incrível história de como o diretor
Psihoyos, O’Barry e uma elite de ativistas, cineastas e mergulhadores
embarcaram em uma missão secreta para entrar em uma enseada escondida no Japão,
trazendo à tona um segredo sombrio e mortal.
Vencedor do
Oscar de melhor documentário de longa-metragem e outras 39 premiações
internacionais, entre elas o prêmio do público para documentários no Festival
de Sundance e prêmio do público nos festivais de Seattle, IDFA-Amsterdã e Hot
Docs (Canadá).
*
“A Escala Humana” (“The Human
Scale”, Dinamarca, 2012, 83 min) - Andreas M. Dalsgaard
Viver
em uma megacidade é tão encantador quanto problemático. Hoje enfrentamos crise
climática, solidão e diversos problemas de saúde devido ao nosso estilo de
vida. Mas por quê? O arquiteto e professor dinamarquês Jan Gehl estudou o
comportamento humano em cidades ao longo de 40 anos e mostra, neste filme, a
importância de incluirmos as necessidades humanas nos projetos urbanos.
Selecionado para o CPH:DOX - Festival de
Documentários de Copenhagen.
*
“Antropoceno – A Era Humana” (“Anthropocene:
The Human Epoch”, Canadá, 2018, 87 min) - Jennifer Baichwal, Nicholas de Pencier e Edward
Burtynsky
Cientistas
argumentam que o Holoceno deu lugar a uma nova era geológica em meados do
século 20: o Antropoceno. O filme nos transporta às mais diversas regiões do
planeta, evidenciando os profundos e duradouros impactos da ação humana na
Terra.
Vencedor
do prêmio de melhor documentário canadense no Festival de Vancouver.
*
“Bag It” (“Bag It”, EUA, 2010, 74 min) - Suzan
Beraza
O
plástico está em todos os lugares e invade nossas vidas de maneiras
inimagináveis e assustadoras. Neste descontraído documentário, acompanhamos um
ativista embarcando em uma turnê global para desmascarar as complexidades do
nosso mundo plastificado. Sua investigação nos leva a refletir sobre os efeitos
do plástico em nossos rios, oceanos e até em nossos corpos.
Vencedor do
prêmio do público no Festival de Ashland
(EUA).
*
“Cheirando Mal” (“Stink!”, EUA, 2015, 95 min) - Jon J.
Whelan
O
mau-cheiro de um pijama infantil leva o diretor por uma jornada entre
varejistas, laboratórios, empresários e aos salões do Congresso americano. O
filme acompanha sua jornada pelos chocantes segredos da indústria química.
Vencedor do
prêmio de melhor documentário no Festival de Cinema de Memphis e de melhor
filme ambiental nos festivais de Sedona e Atlanta (EUA).
*
“Eldorado” (“Eldorado”,
Alemanha/Suíça, 2018, 91 min) - Markus Imhoof
Durante
a Segunda Guerra Mundial, a família do diretor Markus Imhoof acolheu uma garota
italiana como parte de um programa da Cruz Vermelha. É dessa experiência que
ele parte para discutir a atual crise de refugiados. O que o filme nos mostra é
o retrato de uma tragédia humana causada por desequilíbrios econômicos que
transformaram os países europeus em verdadeiros Eldorados para cidadãos de
países economicamente menos desenvolvidos.
Vencedor de menção honrosa do Prêmio da Anistia
Internacional no Festival de Berlim; Prêmio Transpondo Fronteiras no Festival
de Palm Springs (EUA); prêmio de melhor fotografia nos Prêmios do Cinema Suíço.
*
“Era Uma Vez Uma Floresta” (“Il Était Une Fois Une
Forêt”, França, 2013, 78 min) - Luc Jacquet
O
filme acompanha o trabalho e as reflexões do botânico Francis Hallé em torno da
importância da biodiversidade e da manutenção do ciclo de vida nas florestas. O
documentário propõe ainda uma imersão sensorial no mundo das plantas.
Indicado na categoria de melhor documentário nos
Prêmios César (França).
*
“Frágil Equilíbrio” (“Frágil Equilíbrio", Espanha, 2016, 81 min) - Guillermo García López
O
filme entrelaça depoimentos de três grupos de trabalhadores de diferentes
continentes: executivos japoneses presos em um ciclo vicioso de trabalho
exaustivo e consumismo, uma comunidade subsaariana que arrisca sua vida
diariamente para chegar à Europa e famílias espanholas que foram despejadas
devido à crise econômica de 2008. Entre uma história e outra, o ex-presidente
do Uruguai, Pepe Mujica, tece reflexões em torno da condição humana no mundo
contemporâneo.
Eleito como melhor documentário nos Prêmios Goya
(Espanha); exibido no festival IDFA-Amsterdã.
*
“Golpe Corporativo” (“The Corporate
Coup D'État “, Canadá/EUA, 2018, 90 min) - Fred Peabody
A
história por trás do “golpe corporativo” que se deu muito antes das últimas
eleições. Tal golpe seria a origem de muitos dos problemas na democracia atual,
controlada por lobistas e pelo corporativismo. A obra acompanha as
consequências desastrosas para os mais vulneráveis da sociedade, incluindo
residentes das chamadas “zonas de sacrifício”, como o chamado Cinturão da
Ferrugem (Estados Unidos), onde a indústria do aço já foi muito próspera, mas
que hoje sofre com o fechamento de fábricas e a terceirização. Estão presentes
ainda histórias devastadoras dos moradores de Camden, na Nova Jersey, que vêm
sofrendo os efeitos de ideologias e políticas neoliberais, globalistas e
corporativistas.
Exibido nos
festivais IDFA-Amsterdã e Hot Docs (Canadá).
*
“Lixo Mutante” (Brasil, 2022, 67
min) - Dani Minussi e Adriano Caron
Documentário
que convida a uma reflexão sobre a questão dos resíduos sólidos. Catadores,
acadêmicos, ativistas e artistas, por meio de entrevistas e performance,
apresentam possíveis caminhos para uma nova relação entre sociedade, indivíduo
e lixo.
*
“Mais Que Mel” (“More Than Honey”, Suíça/Alemanha/Áustria,
2012, 95 min) - Markus Imhoof
Procurando
respostas para o declínio mundial de abelhas, o filme percorre diversos locais
do mundo para investigar a interação entre os seres humanos e esses animais.
Acompanhando desde produtores de amêndoas da Califórnia a um apicultor das
montanhas suíças, passando por um neurocientista alemão que investiga o cérebro
das abelhas, podemos nos dar conta do impacto de nossas atividades econômicas
sobre a vida nas colmeias.
Selecionado para o Festival de Locarno; vencedor
do prêmio de melhor documentário no Festival de Santa Barbara (EUA).
*
“Máquinas” (“Machines”, Índia/Alemanha/Finlândia,
2017, 71 min) - Rahul
Jain
A
gigantesca fábrica têxtil indiana retratada no filme poderia muito bem ser o
roteiro para um Inferno de Dante do século 21. Em um retrato provocador e ao
mesmo tempo intimista, observamos a vida dos trabalhadores, seu sofrimento e o
ambiente de onde eles dificilmente podem escapar, apresentando o enorme fosso
entre ricos e pobres e suas perspectivas.
Vencedor do prêmio de melhor documentário da
mostra World Cinema do Festival de Sundance; melhor documentário internacional
no Festival de Zurique; prêmio da crítica internacional no Festival de Tessalônica (Grécia); prêmio de
contribuição artística no Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba.
*
“O Caso do Chocolate” (“The
Chocolate Case”, Holanda, 2016, 91 min) - Benthe Forrer
A
maioria dos produtores de chocolate se beneficia de alguma forma do trabalho
escravo infantil utilizado na colheita de cacau da África Ocidental. Cientes
desse fato, três jornalistas holandeses embarcam em uma batalha de dez anos
para revelar o lucrativo negócio do chocolate, tentando provar que é possível
produzi-lo de maneira ética e sem trabalho escravo.
Exibido nos
festivais de Cleveland (EUA) e Glasgow (Escócia).
*
“O Céu e A Geleira” (“La Glace et Le Ciel”, França, 2015, 89
min) - Luc Jacquet
Documentário
sobre o glaciologista Claude Lorius, que começou a estudar o gelo ártico em
1957. Por meio de belas imagens de arquivo, a obra acompanha sua trajetória
desde as primeiras missões na Antártida. Graças às suas pesquisas e
descobertas, foi revelada um pouco da história do planeta e de seu futuro,
intrinsecamente ligado ao impacto das atividades humanas hoje.
Exibido
no Festival de Cannes.
*
“O Verdadeiro Preço” (“The True
Cost”, EUA, 2015, 92 min) - Andrew
Morgan
Um
filme sobre o impacto do consumo de roupas no mundo. Há décadas, o preço das
roupas tem diminuído, enquanto o custo ambiental de sua produção cresce drasticamente.
Este documentário revela o que está por trás da indústria da moda e nos leva a
questionar quem realmente paga o preço das roupas que usamos.
Exibido no Festival de Cannes.
*
“Safári” (“Safari”,
Áustria/Dinamarca, 2016, 90 min) - Ulrich Seidl
O
diretor acompanha turistas alemães e austríacos em suas viagens de férias,
caçando animais em safáris no continente africano. Alguns buscam troféus,
outros, apenas diversão. Todos procuram uma maneira de legitimar suas próprias
ações. Este filme é um perturbador retrato da natureza humana.
Selecionado para os festivais de Veneza,
Toronto, Londres e CPH:DOX - Festival de Documentários de Copenhagen; vencedor
do prêmio de melhor edição nos VG Bild-Kunst Award (Alemanha).
*
“Sangue no Celular” (“Blood on The
Mobile“, Dinamarca, 2010, 82 min) - Frank Piasecki Poulsen
O
filme mostra um lado sombrio e sangrento da produção de um item essencial da
vida moderna. Por meio da compra dos chamados “minerais de sangue”, necessários
para a confecção de aparelhos celulares, as fábricas desses aparelhos acabam
financiando indiretamente a guerra civil da República Democrática do Congo. A
indústria mineradora ilegal é controlada por grupos armados e a guerra tende a
continuar enquanto estes grupos seguirem financiando sua empreitada militar.
Vencedor
do prêmio da categoria “justiça” nos Prêmios Cinema for Peace (Alemanha).
*
“Sobre a Violência” (“Om Våld”,
Suíça/Dinamarca/Finlândia, 2014, 85 min) - Göran Hugo Olsson
Sobre a Violência resgata materiais
de arquivo recém-descobertos que cobrem os momentos mais marcantes da luta pela
libertação do domínio colonial. O documentário esmiúça os mecanismos de
descolonização através de imagens entrelaçadas com trechos do livro “Os
Condenados da Terra”, de Frantz Fanon. Escrito há mais de 50 anos, este texto
seminal segue sendo uma ferramenta importante para entender e iluminar o
neocolonialismo dos dias atuais, assim como a violência e as reações contra
ela.
Vencedor
do Prêmio Cinema Fairbindet no Festival de Berlim; selecionado para o Festival
de Sundance; melhor documentário no Festival Films from the South de Oslo.
*
“Sustentável” (“Sustainable”, EUA, 2016, 92 min) - Matt Wechsler
Uma
investigação sobre a instabilidade econômica e ambiental de nosso sistema
alimentar, o filme aborda os problemas ligados à exploração agrícola – perda
de solo, falta de água, emergência climática, pesticidas – e mostra a luta de
pessoas que estão determinadas a resolver o problema. Este é um filme sobre a
terra, aqueles que nela trabalham e o que precisa ser feito para preservar o
mundo para as gerações futuras.
Vencedor do
Prêmio Humanitário no Accolade Global Film Competition de 2016.
*
“Trashed - Para Onde Vai Nosso Lixo?” (“Trashed”, Reino
Unido, 2012, 97 min) - Candida Brady
O
filme apresenta os efeitos nocivos do lixo para a cadeia alimentar e para o
meio ambiente, assim como seus impactos em nossa saúde. Da Islândia à
Indonésia, o premiado ator Jeremy Irons conversa com cientistas, políticos e
pessoas comuns cuja saúde e meios de subsistência foram afetados pela poluição
causada pelos resíduos gerados pelas atividades humanas.
Selecionado para o Festival de Cannes; vencedor do prêmio especial no Festival de Tóquio.
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