Prótese de silicone corrige com eficiência a chamada 'falsa queda da mama'
Também chamada pseudoptose, a mama caída é
motivo de desconforto para muitas mulheres. Sem que haja necessidade de
realização de retirada de pele pela mastopexia, implante de silicone revela
resultados surpreendentes
A ptose mamária, termo médico que define
a ocorrência de mamas caídas, é a causa de um desconforto estético para grande
parte das mulheres. O problema, que pode acometer pessoas de todas as idades, é
classificado em graus, conforme a posição da aréola em relação ao sulco
mamário. Mas ainda há a pseudoptose, ou “falsa queda”. Embora a aréola fique
acima do sulco, o contorno mamário na falsa ptose apresenta aspecto de leve
flacidez. “Esta também é uma situação de mamas parcialmente caídas que precisa,
necessariamente, ser avaliada por um especialista”, afirma o médico Juliano
Pereira, especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. De acordo
com o cirurgião, a correção da “falsa queda da mama” apresenta um resultado
bastante eficiente e requer procedimentos mais simples, se comparados com os
casos de ptose em seus variados graus.
Com maior prevalência em mulheres com
idade avançada, a ptose está associada ao desgaste dos ligamentos que sustentam
o tecido mamário e às mudanças hormonais sofridas pelo organismo ao longo dos
anos. Perda e ganho de peso, amamentação, hereditariedade, assim como hábitos
de vida, também propiciam as mamas caídas. “Sedentarismo, alimentação
desequilibrada, alcoolismo e tabagismo contribuem, e muito, para o agravamento
do problema”, completa Pereira.
O cirurgião plástico observa porém,
entre os casos que recebe em sua clínica, situações que contrariam todos os
fatores para a ocorrência de mamas caídas. “Há um caso exemplar de uma paciente
de 47 anos, que já amamentou, tem uma vida regrada, corpo de atleta e que
apresentou pseutoptose, que pôde ser corrigida apenas com a colocação de
prótese mamária, sem a mastopexia, em que se retira a pele”, destaca.
Na ptose mamária verdadeira existe mais
de uma técnica para corrigir o problema. A mais comum é a mastopexia, também
conhecida como lifting de mamas, que consiste na remoção do excesso de pele,
reposicionando a aréola e remodelando o tecido mamário para dar firmeza e
sustentação à mama.
No caso da paciente que apresentava
seios pequenos e pseudoptose, Pereira identificou flacidez no tecido mamário.
“A opção para corrigir o problema foi a colocação de próteses de silicone, sem
a realização da mastopexia para levantar as mamas”, diz.
O resultado natural proporcionado pela
colocação do implante mamário de silicone é surpreendente, de acordo com o
cirurgião plástico. “A técnica, sem dúvida, é eficaz para a pseudoptose, com
menor tempo de recuperação e um pós-operatório mais tranquilo para a paciente”,
diz.
“Nunca é demais destacar que a avaliação dos casos de ptose e pseudoptose mamárias, assim como os procedimentos, devem ser feitos por um cirurgião plástico, com toda a segurança e cuidados, desde o pré-operatório até a recuperação plena do paciente”, finaliza Juliano Pereira.
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