Reprodução assistida: conheça as 5 técnicas mais usadas
Médico ginecologista da clínica Origen BH fala
dos métodos mais adotados na medicina reprodutiva
Com o avanço da tecnologia aplicada à medicina, algumas dificuldades
enfrentadas por um casal ou uma pessoa que tinha o sonho de ter filho foram
superados de forma segura e extremamente eficaz. É o caso de quem não conseguia
engravidar, por infertilidade, esterilidade ou doenças hereditárias dominantes,
o que, consequentemente, acabava por impedir que o processo ocorresse de forma
natural ou o tornava mais difícil de ser concretizado.
“Com a evolução da reprodução assistida
e técnicas associadas a ela, conseguimos hoje auxiliar os pacientes a terem
filhos. Ela funciona pela manipulação de, pelo menos, um dos
gametas (espermatozoides e/ou óvulos) e dos meios de fecundação,
preparando as condições ideais para que o processo ocorra da maneira
planejada”, comenta o médico e diretor da clínica Origen BH, Marcos Sampaio.
Segundo ele, o procedimento pode ser
realizado de diversas formas, pois, ao longo dos anos, foram desenvolvidas
novas técnicas que se mostraram mais propícias para facilitar a fecundação.
Conheça cada uma delas abaixo:
- Relação Sexual Programada –
Coito Programado
Nesse método, a mulher faz um
tratamento com hormônios para estimular o desenvolvimento do(s) folículo(s),
que contêm um óvulo cada em seu interior. Quando ele atinge o tamanho
ideal, a mulher utiliza outro hormônio para induzir a liberação do óvulo
(ovulação). O tratamento é acompanhado por ultrassonografia para controle do
crescimento. Após a indução da ovulação, o casal deve manter relações sexuais
próximas ao momento da ovulação, isto é, 36 horas após a injeção. Deve-se levar
em conta a idade da mulher, a permeabilidade tubária. As taxas de sucesso são ao
redor de 15%
- Inseminação Intrauterina (IIU)
Artificial
A inseminação intrauterina é um dos
métodos mais comuns devido à sua baixa complexidade, pois apenas um dos gametas
é manipulado: o espermatozoide. Para ser realizado, é importante que os
espermatozoides, depois de coletados, sejam devidamente capacitados. A
capacitação é um processo determinante, pois permite a separação dos
espermatozoides mais ativos e aptos a fertilizar o óvulo. “Tendo a quantidade
desejável de gametas masculinos, o médico, então, deposita-os na cavidade
uterina para que ocorra a fecundação in vivo nas trompas uterinas.
Esse método tem cerca de 15% de sucesso e é recomendado para homens que
apresentem o espermograma (teste que avalia a qualidade dos
espermatozoides) leve ou moderadamente alterado”, explica o médico. Nesse
tratamento, a mulher recebe a mesma estimulação ovariana realizada na
relação sexual programada. Deve se levar em contar a idade da mulher
- FIV (Fertilização in
vitro)
Para os casais que não
obtiveram sucesso após três ciclos de tratamento com a relação sexual
programada ou com a inseminação artificial, ambas consideradas técnicas de
baixa complexidade, é recomendado que se submetam à fertilização in vitro
(FIV). Essa técnica é também indicada como primeira opção para diversas
situações – cada casal ou indivíduo é único e, portanto, cada procedimento será
recomendado pelo médico da Origen, de acordo com o perfil das pessoas.
Na FIV, inicialmente realiza-se
a estimulação ovariana na mulher, com a administração de hormônios, para
aumentar o número de óvulos disponíveis para a fertilização. O controle do
desenvolvimento folicular é acompanhado por meio de exames de ultrassom e de
sangue para dosagem hormonal. Segundo o médico Marcos Sampaio, quando os
folículos atingem o tamanho adequado, é feita a coleta dos óvulos e do sêmen.
“Aproximadamente 40 mil espermatozoides serão colocados juntos a cada óvulo
para que ocorra a fertilização, no laboratório. Os embriões formados e
selecionados serão transferidos para o útero, para que a gestação tenha seu
prosseguimento de forma natural”, explica. As taxas de sucesso ficam entre 5% e
55% por tentativa, dependendo de cada caso e, principalmente, da idade da
mulher.
- Injeção Intracitoplasmática de
espermatozoides (ICSI)
Semelhante à fertilização in vitro,
a injeção intracitoplasmática difere-se apenas na etapa final, já que,
neste caso, a inseminação (colocação do espermatozoide junto do óvulo) é feita
por injeção diretamente dentro do óvulo, com o auxílio de micro manipuladores.
- Doação de Óvulos
Essa técnica é indicada para mulheres
que não tenham mais óvulos ou apresentem quantidade muito reduzida associada à
baixa qualidade. Isso ocorre em idade avançada, menopausa precoce ou problemas
relacionados à produção de óvulos. A receptora faz uso de medicamentos que
preparam seu útero para receber o embrião e a fecundação ocorre in
vitro com os espermatozoides do marido. A taxa de sucesso é semelhante à
obtida com a FIV/ICSI.
Ainda de acordo com o médico Marcos
Sampaio, com os avanços tecnológicos, a reprodução assistida consegue reunir
diferentes técnicas que possibilitam o auxílio daqueles que têm
dificuldade de engravidar naturalmente. Segundo ele, surgem novas técnicas
ou aprimoramento das já existentes a cada ano. “Isso se deve à grande eficácia
dos procedimentos, pois, são inovadores e seguros. Além da técnica em si, ao
longo dos anos, a medicina reprodutiva avançou muito no quesito humano, no
acolhimento das pessoas que têm dificuldades para realizar o sonho de ter
filhos. Com isso, aprimoramos vários processos que englobam o atendimento aos
pacientes que nos procuram, oferecendo cada vez mais conforto e segurança na
escolha deles por qualquer um dos procedimentos”, complementa. Novas técnicas
como o PGT-A será assunto de novo post.
Sobre a Origen
Fundada há mais de 20 anos pelos médicos Marcos Sampaio e Selmo Geber, a Clínica Origen de Medicina Reprodutiva nasceu com o objetivo de centralizar a atenção médica, a disponibilidade da tecnologia e o acolhimento humano no bem-estar e respeito a seus pacientes, auxiliando-os na realização do sonho da maternidade e paternidade.
Nenhum comentário