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Taxa Selic voltará a subir nesta semana e beneficiará investidores de renda fixa que alocaram em produtos pós-fixados

“Hoje, 03 de maio, começa a terceira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil e, mais uma vez, o mercado já precificou e bateu o martelo no um aumento de mais 1% nos juros, levando a taxa Selic para a casa dos 12,75% ao ano (a.a.). Nesse cenário, o investidor deve se perguntar se suas apostas estão em linha com o mercado para esse aumento. Quem fez suas alocações estratégicas na renda fixa poderá aproveitar esse momento de aumento dos juros a seu favor. Como diz o famoso ditado: quem chega primeiro bebe água limpa.

Vale lembrar que, alguns meses atrás, o mercado já esperava uma taxa terminal da Selic para 12,75% a.a., porém nosso vilão inflação não quer ajudar e não para de subir. Com isso, já estamos falando de uma inflação em torno de 7,89% a.a., segundo projeções do mercado, e uma Selic terminal de 13,75% a.a. para 2022. Ou seja, quem se preparou e alocou em ativos pós-fixados e deu uma pausa nos prefixados vai poder surfar essa onda do resultado da reunião de amanhã.

Para a renda fixa nesse momento, os ativos pós-fixados tornaram-se mandatários na carteira do investidor. Os prefixados são atrativos, porém devem ser utilizados com cautela, muito em linha com esses aumentos constantes da Selic, que proporcionam prêmios maiores conforme a taxa de juros sobe.

É importante destacar ainda que amanhã, além do resultado do Copom, o mercado espera um aumento dos juros nos EUA, com uma expectativa de 0,50% de alta. Ao contrário de nós, brasileiros, os americanos não sabem o que é viver de perto com esse vilão. Foi após sentir a inflação no bolso que o FED (banco central dos EUA) começou a ter um olhar mais altista para os juros domésticos.

Você pode se questionar: o que o aumento dos juros nos EUA afeta a minha vida ou a minha carteira de investimentos no Brasil? A resposta é: afeta e muito, pois caso você seja um amante da renda variável, amanhã será um dia de cautela, já que o mercado fica no aguardo do posicionamento do FED sobre suas expectativas para a inflação e seu racional para os próximos meses. Já do lado da renda fixa, todos os nossos vértices de longo prazo da curva de juros sofrem reprecificação, tendo em vista que usamos os EUA como nossa “taxa livre de risco”. Então, sim, a renda fixa também sente esse aumento nos juros americanos.

Portanto, apertem os cintos e vamos aguardar esses resultados. Estar atento a essas movimentações faz toda a diferença, seja em suas alocações no mercado de renda fixa ou de renda variável. Como eu disse: Atenção, porque os investidores que chegam primeiro bebem água limpa; ou, mudando o ditado para o jargão de mercado, pegam melhores rentabilidades.”

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