Team Building de Cinema
Como os filmes podem ajudar
na construção de equipes vencedoras?
Luciano
Luna*
“Mandela: Diga-me,
François, qual é a sua filosofia de liderança? Como inspira seu time a fazer o
melhor?
Piennar: Com
exemplos. Sempre gostei de liderar pelo exemplo, senhor.
Mandela: Está
certo. É exatamente isso. Mas como torna-los melhores do que pensam que são?
Isso é muito difícil, eu acho. Inspiração, talvez. Como nos inspiramos para
grandeza, quando nada mais nos satisfaz? Às vezes, eu penso que é usando o
trabalho de outros.”
Este
célebre diálogo entre Nelson Mandela (Morgan Freeman) e François Piennar (Matt
Damon), no filme Invictus, reflete bem a noção de Team building que,
de acordo com a Wikipedia, é um termo coletivo para vários tipos de atividades
usadas para melhorar as relações sociais e definir papéis dentro das equipes,
muitas vezes envolvendo tarefas colaborativas.
AutoconheCINEMA,
por sua vez, é a capacidade de observar uma obra Cinematográfica sob a ótica do
autoconhecimento e do desenvolvimento humano. Assim, a utilização dessa técnica
para o desenvolvimento de equipes vencedoras é uma alternativa lúdica
extremamente eficiente.
Filmes
trazem situações desafiadoras, conflitos, momentos de stress ou necessidade
extrema e servem de parâmetro para problemas no dia a dia corporativo.
O filme
Moneyball, por exemplo, que tem o Brad Pitt em seu papel principal, forneceu
vários insights para um encontro recente e permitiu os seguintes questionamentos
à equipe:
(1) CENA:
Billy Beane (Brad Pitt), Gerente do time de Baseball Oakland Athletics, pede
mais recursos financeiros para o Presidente do clube, a fim de montar um time
mais competitivo para a próxima temporada. Apesar da insistência, não consegue
retorno positivo e terá que trabalhar com o orçamento pré-definido.
Reflexão 1.
“Qual é o seu maior
desafio atualmente? Como você pode enfrentar este desafio, com os recursos que
tem hoje?”
Depois da
reflexão individual, criou-se uma dinâmica onde uma pessoa do grupo
compartilhava seu desafio e suas ideias, enquanto o(s) outro(s) sugeriam
ideias/ações para ajudar o colega com seu desafio. Depois todos trocaram para
que todos falassem e fossem ouvidos.
Esta troca
foi muito rica, pois trouxe autorresponsabilidade, para que todos olhassem para
os recursos internos a fim de solucionar seus desafios atuais.
(2) Análise Dos Personagens Principais:
Billy Beane é comunicativo, determinado, perspicaz e age pelo propósito.
Enquanto Peter Brand (Jonah Hill) é metódico, analítico, introvertido e enxerga
“fora da caixa”.
Reflexão 2.
“Quanto você tem de Billy?
Quanto você tem de Peter? Faça uma autoanálise e chegue em
um percentual de cada um.”
Depois da
reflexão individual, criou-se uma dinâmica de busca de talentos. O objetivo é
que as mesas ficassem equilibradas, entre “Billys” e “Peters”.
Foi muito
interessante perceber o comportamento mais proativo dos “Billys” e mais
reservado dos “Peters”. Na devolutiva, foi destacada a importância dos Peters
mostrarem mais o seu potencial, para que possam ajudar mais nas equipes e
projetos do empresa.
AutoconheCINEMA
é assim. Olhar profundamente para as questões abordadas pelos filmes e trazer
para o nosso processo evolutivo, exatamente como pregam os treinamentos de
grandes team buildings.
*Luciano Luna é publicitário, com pós-graduação em marketing, roteirista pela Academia Internacional de Cinema e criador da metodologia do AutoconheCINEMA.
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