A importância dos conectores elétricos e sua evolução
Marcelo Mendes*
Por ser um setor
estratégico para o desenvolvimento econômico do País, o setor de distribuição
de energia necessita de atualização e inovação constantes. Também pelo fato de
ter relevância no próprio bem-estar da população e nas questões de segurança
pública, pois é consenso que locais mais iluminados tendem a ser mais seguros.
Neste universo, os
conectores elétricos exercem papel fundamental para uma boa instalação. Não é à
toa que as conexões elétricas receberam especial atenção das normas brasileiras
de instalações elétricas em baixa tensão: a ABNT NBR 5410:20041 dedicou o
subitem 6.2.8 para elas. O tópico salienta que “as conexões de condutores entre
si e com outros componentes da instalação devem garantir continuidade elétrica
durável, adequada suportabilidade mecânica e adequada proteção mecânica”.
As conexões são
imprescindíveis para que não existam pontos com mau contato na instalação,
gerando insegurança e desperdício de energia através do calor. O mau contato
também provoca queda de tensão, avariando o funcionamento dos equipamentos
eletroeletrônicos alimentados pela instalação.
Conectores elétricos
também podem influenciar na manutenção de uma instalação elétrica,
possibilitando unir ou separar fios e cabos com rapidez e precisão. Conectores
de baixa qualidade possuem baixa resistência mecânica e não têm performance
elétrica para garantir a continuidade da rede, mesmo que visualmente indiquem o
contrário.
Em sua vida útil, uma
conexão elétrica enfrenta contrações e dilatações por conta da exposição a
variações de temperatura. E, mesmo não aparentes, podem sofrer esforços
mecânicos em razão da tração ou do peso de outros cabos, ou pela utilização
incorreta de ferramentas.
Por esses motivos, utilizar
conectores inadequados pode ocasionar acidentes, incêndios e comprometer o
funcionamento dos equipamentos, gerando grandes prejuízos.
Infelizmente, itens de
infraestrutura são subvalorizados no Brasil. É com o uso de peças, como
canaletas, abraçadeiras, prensa-cabos e conectores, que se garante a segurança
da instalação, dos processos e dos trabalhadores. Estes itens são cruciais para
a instalação, manutenção ou inspeção de circuitos elétricos. A atenção dedicada
aos equipamentos eletroeletrônicos também
deve ser direcionada à
infraestrutura, porque os primeiros dependem da segunda.
Conectores modernos são
feitos de materiais de qualidade e desenho eficiente. Eles permitem que a
intervenção na instalação seja promovida de maneira rápida e com poucos riscos.
Uma importante
característica do mercado de conectores é que independentemente do modelo ou
aplicação, praticamente todas as linhas de conectores têm apresentado evolução
tecnológica ao longo dos últimos anos, atendendo às demandas de clientes de todas
as áreas.
No momento atual, tem
aumentado o consumo de conectores voltados à iluminação a LED. Para esse
mercado, o maior desafio está na miniaturização dos conectores, a fim de que
eles atendam às aplicações a LED, passando também a ser utilizados em outras
instalações. No setor de redes de distribuição de energia aérea, a tendência
são os conectores de perfuração do isolante. Isso porque as novas redes são
isoladas na baixa tensão e protegidas na média tensão.
Do ponto de vista
tecnológico, é cada vez mais fácil encontrar no Brasil o que há de mais moderno
globalmente. Mas ainda há bastante espaço para se avançar no País. Não deixar
de investir no desenvolvimento de sistemas e produtos é o caminho a ser
trilhado, pois empresas não se cansam de buscar mais processos e produtos que
proporcionem redução no consumo de energia e o aperfeiçoamento da mão obra.
*Marcelo Mendes é economista e gerente geral da KRJ, especializada em conexões elétricas. www.krj.com.br
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