Bancos vão aplicar R$ 35,5 bi em tecnologia em 2022
Segundo uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com a Deloitte, o orçamento dos bancos brasileiros para tecnologia chegará a R$ 35,5 bilhões neste ano. O número é 18% maior que o constatado em 2021.
A pesquisa contou com 17 instituições,
que juntas representam 82% dos ativos bancários do País. Os principais
investimentos estão contidos em temas como segurança cibernética, inteligência
artificial e o open finance estão incluídos nos orçamentos.
No ano passado (2021), os bancos
aplicaram R$ 30,1 bilhões em tecnologia, sendo R$ 11,3 bilhões em
investimentos. R$ 18,8 bilhões ficou disponível às despesas.
Diferentemente de 2021, os bancos vão
disponibilizar mais capital para investimentos realizados aos softwares. A
pesquisa projeta que o valor fique em torno de 58%, com R$ 17,4 bilhões. Já as
despesas com equipamentos devem responder por 27% do total, e os serviços de
tecnologia da informação, por 7%.
“Os bancos precisam acompanhar o desenvolvimento
dos hábitos de consumo da população, que está cada vez mais presente nos canais
digitais. Foi-se o tempo de agências lotadas. Os investimentos em tecnologia,
além de agilizar os serviços bancários, trazem mais segurança, previsibilidade
e consistência nas operações. Outro fator secundário é que os bancos, ao
investir em tecnologia, tem o propósito de ganhar a confiança dos clientes”, comenta Jefferson Ribeiro, fundador da
Aprova Bancários.
Novo alcance dos bancos
Também segundo a pesquisa, 53% dos
bancos vão investir em estruturas para o trabalho remoto neste ano, o que
inclui equipamentos, softwares e despesas com segurança da informação e
armazenamento em nuvem. Ao todo, devem ser R$ 46,4 milhões em investimentos.
Outrora segmento praticado por poucas
empresas, o home office já é uma realidade para 15,8 milhões de brasileiros. No
ano passado, os bancos avançaram no trabalho remoto não apenas nas áreas
administrativas, mas também nas agências. Em 82% das instituições consultadas,
alguma forma de trabalho remoto para os funcionários das unidades foi adotada;
73% reduziram o horário de atendimento ao público, e 55% revezaram as equipes.
Mesmo com o crescimento dos serviços
bancários de forma remota, ainda 17,4 milhões de pessoas não têm acesso a uma agência
bancária na sua região, de acordo com o Relatório de Cidade Financeira.
“Com a autorização do Banco Central da
profissão de correspondente bancário home office, agora os correspondentes
podem alcançar as milhões de pessoas que não têm acesso às agências bancárias”, comenta Jefferson.
Para o empresário, a facilidade dos
serviços acaba trazendo novas perspectivas para a população. “Serviços
oferecidos por agências convencionais, como a oferta de produtos de crédito,
podem ser prestados de forma digital por esses profissionais”, diz.
O correspondente bancário seria uma
pessoa jurídica que atua como intermediária entre os Bancos e os clientes,
independentemente de sua atividade principal. O Bacen também precisa autorizar
o correspondente para operar, em conformidade com a Resolução 3.954/2011,
mantenedora do ofício.
“Os profissionais precisam da
certificação correta exigida pelo BACEN e de conhecimento especializado. A
certificação FEBRABAN, por exemplo, é uma das mais pedidas no curso da Aprova Bancários”, finaliza Jefferson, da
Aprova Bancários.
Para o CEO, as vantagens de ser um correspondente bancário vão desde aumentar a sua renda até contar com clientes fiéis que sempre retornam.
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