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Bank as a Service não é para todo mundo: entenda quando é rentável montar a estrutura

Segundo a agência de pesquisa Future Market Insights, o mercado de Bank as a Service faturou em 2020 mais de US$ 2,5 bilhões, e a expectativa é de que em 2031 alcance nada menos do que US$ 12,2 bilhões, crescendo a uma taxa média de 15,7% ao ano até lá - o potencial do BaaS está no fato de possibilitar a qualquer empresa oferecer produtos financeiros adaptados às necessidades de seus clientes.

Quando se constrói uma plataforma bancária que roda dentro da própria cadeia, você consegue criar produtos específicos e aproveitar muito melhor o dinheiro que está lá dentro. “São percentuais que parecem pequenos, mas que num grande volume de negócios dentro de um ecossistema acabam se tornando spreads maiores. É um longo roadmap, assim como toda instituição bancária que demorou para chegar até aqui de forma lucrativa, mas é um processo que a empresa precisa construir para aproveitar melhor as fortalezas do seu negócio”, diz Carlos Benitez, CEO da BMP, pioneira em oferecer serviços de BaaS no país. 

Mas quando vale a pena uma empresa montar uma estrutura de BaaS? “O sistema é apenas despesa quando se resume a oferta de um simples wallet e de um cartão pré-pago. O custo para se montar esse tipo de operação não vai trazer uma rentabilidade muito alta, pois quem vai usar quer uma conta gratuita sem o pagamento de uma tarifa mensal ou quer fazer uma transferência barata ou gratuita”, afirma Carlos.

Tudo isso gera muito custo para se ter sistemas proprietários de antifraude, desenvolvimento interno e atendimento ao cliente. Por exemplo, se o token de autorização de um cliente não funcionar, ele vai ter que ligar no SAC - ou seja, mais despesas. “Por outro lado, se a empresa tem uma cadeia onde existe trânsito de capital que possibilita a oferta de crédito direcionado para os seus participantes, ela tem que partir para a construção de uma estrutura de BaaS. A rentabilidade está no crédito, e não no ambiente transacional de pagamentos”, explica o CEO.

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